Texto e Fotos | Júlio Max, de Teresina - Piauí
Agradecimentos | Assessoria de Imprensa Nissan
As mudanças do Sentra são bem discretas, como vai ser possível entender ao longo da matéria. No design externo, as principais modificações foram efetuadas na dianteira do sedan. A grade dianteira mostra a reinterpretação do estilo "V-Motion" que se tornou um diferencial dos carros da Nissan. Pintada na tonalidade preto-brilhante, ela está mais larga e passa a contar com traços horizontais sobrepostos, como no Versa. Já a área cromada diminuiu, se limitando a duas molduras diagonais nas extremidades, que deixam de ser unidas. Nas laterais do para-choque, as luzes de neblina foram suprimidas e deram lugar a fendas verticais decorativas (fechadas), também na cor preto-brilhante. A parte inferior traz detalhe trapezoidal em preto, que acomoda mais uma entrada para refrigeração do radiador. O Sentra era o único carro da Nissan que ainda não trazia o novo logotipo da marca, e passa a ter esta atualização a partir da linha 2025. Na dianteira, o emblema possui proteção transparente que encobre o radar do piloto automático adaptativo. Foram mantidos os faróis (com luzes de posição, faróis baixos e faróis altos em LED; já os piscas são halógenos) e o capô, com vincos longitudinais mais pronunciados nas laterais.
Tanto no ângulo lateral quanto na traseira, o logo renovado da Nissan é a única novidade para o Sentra. O sedan feito no México mudou menos do que o Sylphy, seu irmão gêmeo fabricado na China, que teve atualização no design interno dos faróis e lanternas, além de estrear novas rodas e para-choque traseiro redesenhado. Na paleta de cores do Sentra 2025, há ainda uma mudança: a inclusão da tonalidade Cinza Atlântico no lugar da tonalidade prata, disponível para as versões Advance (em tom único, por R$ 2.100 adicionais) e Exclusive (onde contrasta com o Preto Premium, que é aplicado ao teto e colunas, e representa adicional de R$ 3.100). Além deste tom de cinza, há as colorações Preto Premium (sem custo adicional), Cinza Grafite (+ R$ 2.100) e Branco Diamond (em tom único na versão Advance, por mais R$ 2.100, e com o teto Preto Premium na Exclusive, por mais R$ 3.100).
As colunas "A" e "C" são cortadas por molduras pretas que criam o efeito do "teto flutuante". Os retrovisores externos trazem luzes de seta de LED e há um friso cromado na parte inferior das janelas laterais. As maçanetas, na cor da carroceria, trazem botões nas portas dianteiras que, quando apertadas, permitem o travamento e destravamento do veículo quando a chave presencial estiver do lado de fora do carro. Especificamente na maçaneta do motorista há uma fechadura exposta. Curiosamente, não há antena na parte externa do teto. Foi mantido o design das rodas de liga leve de 17 polegadas com detalhes diamantados, partes em preto-brilhante e pneus Michelin Primacy 4 215/50, com desenhos assimétricos na banda de rodagem para melhor escoar a água do piso (a Nissan recomenda calibrar os quatro pneus com 33 libras).
A traseira mantém as lanternas que atravessam a tampa do porta-malas e compostas por lâmpadas halógenas. O para-choque traz dois refletores horizontais e uma área central que emula um extrator de ar e é emoldurada por um aplique preto com texturas hexagonais. O brake-light possui LEDs em sua iluminação. Os dois focos de luz para a placa são amarelados. A saída de escape, com ponteira do lado esquerdo do veículo, é discreta.
As mudanças efetuadas no Sentra 2025 não alteraram um milímetro sequer das dimensões da carroceria, que continua a ter 4,65 metro de comprimento, 1,82 metro de largura, 1,46 m de altura e distância entre-eixos de 2,71 metros. Curiosamente, o peso em ordem de marcha da carroceria da versão Exclusive aumentou cinco quilos, totalizando 1410 kg, mas a distribuição desta massa continua igual (61% sobre o eixo dianteiro e 39% sobre o eixo traseiro).
As atualizações internas são tão leves quanto na parte externa. O Sentra 2025 passa a ter novo logotipo no volante, novo design para a chave presencial (acompanhando o estilo visto no Versa e no Kicks, mantendo as funções já conhecidas), além de novos itens, como o travamento automático das portas com o veículo em movimento e a possibilidade de destravamento quando a ignição for desligada. Em caso de acidente, agora ocorre o acendimento automático do pisca-alerta e o destravamento automático das portas. A versão Advance passa a ter itens que só vinham no Exclusive, que são: monitoramento de veículos em pontos cegos, alerta de tráfego cruzado traseiro, alerta de saída da faixa de rodagem com assistente de permanência na pista e comutação automática do facho dos faróis.
A versão Exclusive continua a ter duas opções de cores para os revestimentos internos: totalmente pretos ou numa mescla entre os tons preto e Sand (areia/caramelo), como opcional por R$ 1.700 adicionais - curiosamente, a Nissan considera a opção dos dois tons internos como uma versão diferente ("Exclusive com interior Premium"). Na versão Advance, o interior é sempre preto. A cor Sand está presente em partes do painel, dos forros de porta, dos bancos, dos apoios de braço e do revestimento do console central. Vale destacar que a padronagem dos bancos com estampagens compostas por tramas de losangos e áreas perfuradas é exclusiva da coloração Sand para o interior (no Sentra Exclusive com interior preto, há faixas horizontais mais discretas sobre as superfícies lisas).
Com novo emblema, o volante mantém suas características, como base achatada, revestimento de couro com costuras aparentes, comandos de computador de bordo e som concentrados no raio esquerdo e botões de operação do controlador de velocidade de cruzeiro adaptativos e dos comandos de voz e telefone do lado direito. Há ainda as aletas para trocas de marcha sequenciais. A coluna de direção traz uma coifa de couro na parte superior e ajusta manualmente (através de uma alavanca do lado inferior esquerdo) em altura e profundidade.
Com fundo escuro e iluminação predominante em branco, o quadro de instrumentos lembra muito o da Frontier, e mescla informações digitais e analógicas. Conta-giros, indicador de temperatura do líquido de arrefecimento do motor, velocímetro (com indicações em km/h e mph, priorizando a indicação em quilômetros) e nível de combustível são exibidos com ponteiros. A tela colorida do computador mantém as 7 polegadas e mostra variadas informações, como relógio, autonomia estimada, temperatura externa, hodômetro total (que pode dar lugar à Trip A ou Trip B) e alertas de cintos desafivelados.
Ao centro, é possível ver:
- Velocímetro digital: pode ser acompanhado de informações de música e fonte de áudio ou da velocidade média. Há ainda a opção de não aparecer nenhuma informação ao centro da tela (Blank), como forma de minimizar distrações a quem dirige;
- Média de consumo de combustível, acompanhada de uma barra horizontal azul de consumo instantâneo que mostra se o gasto está sendo maior ou menor do que a média atual (indicada por uma seta). Exclusivamente quando o modo Eco está ativo, aparece o menu Guia do Pedal ECO, que funciona como um econômetro e exibe uma barra horizontal dividida em três partes. Na primeira escala (branca), a condução está sendo menos econômica; na segunda escala (verde-clara), o motorista está sendo mais comedido com o pedal do acelerador e, na terceira escala (verde-escura), o carro está atingindo o melhor de sua economia de combustível. Quando o carro é desligado no modo Eco, o relatório de consumo traz também uma avaliação de uma a cinco estrelas da condução econômica do motorista.
- Trip: exibe distância percorrida e tempo de viagem. A partir desta tela é possível ver a informação da pressão individual dos pneus na escala escolhida pelo motorista, exibida com o sedã em movimento a partir de cerca de 25 km/h, acompanhada da informação da pressão ideal em cada eixo.
- Informações de som: exibe a sintonização AM ou FM de rádio e a estação selecionada, além das informações das demais mídias (USB1 ou 2, Bluetooth, entrada auxiliar e Android Auto ou Apple CarPlay). Pelo botão OK no volante é possível alternar entre as fontes de áudio disponíveis.
- Assistentes: um gráfico mostra quais assistências ao motorista estão ativadas (englobadas em: monitoramento de veículos em pontos cegos, monitoramento frontal e assistência de permanência na faixa de rodagem). Caso o sedã esteja invadindo uma faixa sem dar seta, por exemplo, este visor pisca uma demarcação tracejada para mostrar ao motorista se é a faixa esquerda ou direita que está sendo invadida. Já quando um veículo é detectado na região dos pontos cegos e o motorista do Sentra dá seta exatamente neste momento, uma indicação mostra a direção lateral-traseira em que se encontra um automóvel. Por fim, em caso de iminência de colisão à frente, também é acionado um alerta. Na tela logo abaixo é possível conferir a distância a ser mantida do veículo à frente (há três opções de distanciamento). Caso um veículo seja detectado à frente, o ícone de um carro (que lembra a traseira de um Audi A5 Sportback de primeira geração) vai aparecer na tela.
- Alertas: exibe avisos como o de portas abertas.
- Definições: permite fazer as seguintes configurações:
- Configuração ESP: ativa ou desativa o controle eletrônico de estabilidade.
- Apoio ao condutor: aqui, é possível ativar ou inibir o alerta de saída da faixa, a frenagem autônoma de emergência, definir o apoio ao estacionamento (exibição dos sensores de forma automática, apenas dos sensores dianteiros, traseiros ou ambos, selecionar a distância de detecção entre longa, média ou curta e definir o volume em alto, médio ou baixo), ligar/desligar o alerta de tráfego cruzado traseiro, o alerta de atenção do condutor (o sistema avalia o padrão de condução do veículo e de esterçamento do volante em períodos em que o sedã é conduzido acima de 60 km/h, sugerindo uma pausa para um café no caso de haver uma avaliação de cansaço do motorista), o alerta de temporizador (em 30, 60, 90... minutos, que não possui função específica, mas funciona como um "despertador" para um determinado tempo) e o alerta de temperatura baixa, que adverte o motorista quando a temperatura externa for de menos de 3° C.
- Def. Modo ECO: permite personalizar o modo Eco para o controlador de velocidade de cruzeiro e o uso do ar-condicionado, alterar parâmetros do assistente de direção ECO (para ativar ou desativar o indicador Guia do Pedal ECO e o relatório de condução ECO, que surge toda vez que a ignição é desligada e avalia com até 5 estrelas como foi a condução do motorista). Ao desligar o carro, é possível ver gráficos da média de consumo dos últimos minutos em comparação com as últimas cinco médias de rodagem, computadas quando se roda pelo menos 500 metros com o sedã. No histórico, é possível ver também qual foi a melhor média de consumo de gasolina.
- Configurações TPMS: permite ajustar a pressão dos pneus a ser utilizada para os pneus dianteiros e traseiros, além de selecionar a unidade de pressão (kPa, psi, bar ou kgf/cm²) e redefinir o sensor.
- Relógio: é possível ajustar manualmente o horário e definir se o relógio irá aparecer no formato de 12h ou de 24 horas.
- Definições: é dividido em quatro submenus. Em Iluminação, é possível controlar o acendimento das luzes de boas-vindas e a regulagem automática das luzes do habitáculo, escolher a sensibilidade do acendimento automático dos faróis em quatro níveis e estabelecer o temporizador do apagamento dos faróis (após desligar o motor) entre 0 e 180 segundos. Em Bloquear, há as funções para ativar ou desativar o botão externo do i-Key para travar e destrancar o veículo pela presença da chave), destravamento seletivo (só a porta do motorista é destravada ao apertar o botão da chave ou todas as portas são destravadas juntas), destravamento automático das portas (ao por o câmbio em P ou desligar a ignição; é possível desativar esta função) e buzinar uma vez ao trancar. Em limpador do para-brisa, é possível habilitar a função intermitente variável dependente da velocidade. Por fim, o alerta de esquecimento de objetos no banco traseiro pode alertar e buzinar, emitir somente o alerta no quadro de instrumentos ou permanecer desativado.
- Manutenção: o sistema de controle de óleo define com quantos quilômetros deve haver a próxima troca de óleo, e permite estabelecer lembretes quando o veículo chegar à quilometragem recomendada para troca de óleo/filtro, pneus e outros componentes, em intervalos de 500 em 500 km.
- Em definições do ecrã, no menu "Seleção do menu principal", é possível ocultar ou mostrar os menus já mencionados. Já em relação ao efeito de boas-vindas, é possível escolher se o sedã irá ou não girar os ponteiros até o fim da escala e mostrar a animação em 3D do Sentra que "para" na visão traseira do sedã quando o menu de assistências é o escolhido para ser exibido. Também há a definição trans. ecrã Cruise e, no menu de orientação de luzes e limpa-vidros, é possível ativar ou desativar as informações na tela quando a haste dos faróis e/ou dos limpadores for utilizada.
- Unidade/idioma: além do ajuste da unidade de pressão dos pneus, já comentada acima, tambem é possível alterar a exibição em quilômetros e consumo em km/l, quilômetros e consumo em litros por 100 km, bem como alterar a medida de temperatura (°C ou °F) e o idioma do computador de bordo (entre inglês dos Estados Unidos ou do Reino Unido, espanhol, francês e português).
- Por fim, é possível retornar às configurações de fábrica.
O exemplar cedido pela Nissan trouxe alguns acessórios comercializados nas concessionárias, como função tilt-down do espelho externo direito ao engatar a ré (R$ 294,00, mais mão-de-obra) e os frisos laterais na cor da carroceria com o logo "Sentra" cromado (R$ 513,00, mais mão-de-obra). A função tilt-down, por sinal, nos desagradou pelo fato de sempre ser acionada ao engatar a ré, qualquer que seja o direcionamento do seletor de espelho - e posicionar o espelho muito fora do campo de visão original.
Impressões ao dirigir
Voltar a dirigir o Sentra foi uma experiência interessante, do ponto de vista que os nossos parâmetros sobre os automóveis vão sempre se atualizando. Quem acompanha o Auto REALIDADE deve ter percebido que o volume de carros que dirigimos aumentou bastante com o passar do tempo, de modo que estamos cada vez mais atentos aos pormenores de cada automóvel. Como você verá ao longo dos próximos parágrafos, o Sentra conserva qualidades, ainda possui alguns pontos a serem melhorados e registrou dados de consumo e desempenho parecidos com os dos exemplares anteriormente dirigidos.
Ao entrar no Sentra, o motorista se surpreende positivamente com algumas características e pode estranhar algumas outras. A posição de dirigir é um dos pontos que conquista quem dirige, principalmente quem prefere o posicionamento baixo do assento. Entre os carros que dirigimos este ano, o sedan da Nissan é um dos que melhor "veste" o condutor, trazendo boas regulagens para coluna de direção, cinto e banco, com boas abas laterais de apoio, regulagem lombar e densidade agradável, que minimiza perceptivelmente a fadiga mesmo em trajetos longos. O volante tem formato ergonômico - mas as costuras, que lembram as da Frontier, são perceptivelmente grossas.
Outro aspecto do Sentra que exige um tempo para se acostumar é o freio de estacionamento acionado por pedal. Ele exige certo esforço do pé esquerdo para ser liberado ou travado - menos mal que seu curso é curto, e ele fica afastado dos outros pedais. Por ser importado do México e destinado à exportação para Estados Unidos e Canadá, onde é um carro relativamente barato (nos EUA, ele possui versões pouco acima de US$ 21 mil), ainda é aceitável o Sentra ter este mecanismo de freio de estacionamento, que é robusto e de usabilidade familiar para os norte-americanos, por estar presente em algumas picapes e utilitários. Dentro do primeiro dia de uso, é possível se acostumar ao uso deste freio de pé - mas é um item que nem de longe traz a comodidade do freio de estacionamento eletrônico com Auto Hold (que permite liberar o pé direito do freio em paradas), itens presentes em outros modelos da mesma categoria e/ou mesma faixa de preços. Vale dizer que o Sylphy, irmão gêmeo do Sentra vendido na China, já dispõe destes dois itens.
No mesmo dia em que recebemos este Sentra, devolvemos um exemplar de test-drive do BYD King. Foi possível perceber que a direção elétrica do sedan da Nissan é um tanto mais pesada nas manobras do que no sedan oriundo da China, mas ainda assim em um patamar aceitável; ela vai ganhando rigidez já em baixa velocidade para o motorista poder fazer curvas com menor movimentação do volante. É mais fácil manobrar o Sentra do que parece, graças ao diâmetro de giro de 10,4 metros - mais curto do que o de alguns carros compactos. A direção tem respostas diretas, mesmo com pouca movimentação do volante, e a progressividade é bem trabalhada em todas as situações. A buzina, entretanto, é um tanto difícil de ser acionada de leve.
O conforto transmitido pelo conjunto de suspensão segue sendo um dos destaques do Sentra. Em conjunto com o controle dinâmico do chassi, que integra recursos como o Active Engine Brake (que ajusta a intensidade do freio-motor a partir das condições de rodagem) e o Active Ride Control (ajusta o torque do motor e os freios de acordo com as condições da via que o veículo percorre, a fim de amortecer os solavancos verticais), o sedan da Nissan oferece ótimo nível de suavidade na maior parte das situações, ainda que, em buracos mais profundos, se sintam baques secos (ligeiramente mais acentuados que no King). A altura em relação ao solo é suficiente para que o Sentra encare bem as lombadas e valetas, desde que se passe devagar pelos obstáculos. Ao mesmo tempo, a estabilidade da carroceria é muito boa: mesmo em desvios rápidos de rota, o Sentra obedece com rapidez aos comandos do condutor e segue a trajetória pretendida.
O nível de vibrações da cabine é admiravelmente baixo, mesmo na fase fria de funcionamento do motor. Sob condução tranquila, o motor se mantém em um patamar relativamente contido de rotações: a 100 km/h, o ponteiro do conta-giros fica pouco acima dos 1500 rpm. Porém, por se tratar de um propulsor aspirado, é preciso pisar mais fundo no acelerador em determinadas situações - e neste caso o motor se faz mais audível na cabine em cerca de 2500 rpm, "gritando" mais a partir dos 3000 rpm. Mesmo com o pé mais pesado no acelerador, as trocas das relações de marcha são executadas de maneira praticamente imperceptível e com nítida agilidade. No modo Sport, o giro do motor é instantaneamente elevado, deixando o carro mais preparado para ultrapassagens, mantendo-se o conforto mesmo com a utilização deste modo esportivo em baixas velocidades. No modo Eco, a rotação permanece praticamente a mesma do modo automático.
Esguichos e limpadores funcionaram adequadamente. O ar-condicionado trabalhou com boa eficiência mesmo sob temperaturas externas de até 43º C. Os pedais de freio e acelerador possuem angulações bem distintas e operações previsíveis. À noite, agradam a iluminação dos faróis de LED e as luzes alaranjadas dos botões e comandos da cabine, além da possibilidade de ajustar o brilho dos instrumentos (muito embora do nível máximo de brilho para o nível logo abaixo haja uma diferença muito grande de iluminação) e da tela do sistema multimídia.
Os retrovisores externos são relativamente pequenos, mas com bom campo de visão, e ficam próximos das portas; o retrovisor interno também é amplo, mas a visão traseira é parcialmente obstruída pelos encostos de cabeça traseiros fixos e pelo tampão traseiro razoavelmente elevado. Outro detalhe que colabora no aspecto de visibilidade é o fato de que, quando os limpadores estão desligados, eles ficam abaixo da área transparente do para-brisa, garantindo maior campo de visão. O capô traz elevações nas laterais que ajudam o motorista a ter uma melhor noção da largura do carro, mas a noção de comprimento da frente do sedã é um pouco prejudicada por conta da curvatura do capô. As câmeras de visão em 360 graus possuem definição baixa para os padrões atuais, mas representam uma ajuda valiosa nas vagas apertadas, juntamente com os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.
Ao usar as aletas junto do volante, o quadro de instrumentos passa a exibir em qual marcha o Sentra está. O carro é capaz de avançar marchas automaticamente quando o pedal do acelerador é totalmente pisado, além de efetuar reduções automáticas nas frenagens e emitir bipes que soam quando se tenta utilizar uma marcha inadequada em determinadas situações. Se o motorista quiser sair do modo sequencial, basta segurar alguma das aletas (pode ser a "-" ou a "+") por alguns segundos até que a tela mostre que a transmissão está em D. Este retorno à posição Drive também acontece de forma automática, caso o pedal do acelerador seja pouco demandado. Ao deixar o Sentra em Drive, o carro alcança entre 8 a 9 km/h. A operação da alavanca de câmbio é facilitada por conta do trilho reto e do console central estar em posição mais elevada. Na posição Low do câmbio, é bem perceptível que o freio-motor "segura" mais o carro em descidas; a operação é totalmente gerenciada pelo carro e dispensa as trocas sequenciais por parte do motorista.
No modo Sport, é perceptível que as rotações do motor ficam mais elevadas, mas ainda é possível dirigir com parcimônia neste modo sem surgirem reações truncadas. Já no modo Eco, o acelerador fica bem menos reativo em seu início de curso e, dessa forma, demanda que o motorista pise mais no pedal direito para respostas mais rápidas.
A atuação do assistente de permanência em faixa é diferente da maioria dos outros carros que dispõem deste recurso, capazes de esterçar levemente o volante para manter o veículo na pista. No Sentra, o que ocorre é uma vibração no volante para alerta (junto com o ícone de faixa piscando no quadro de instrumentos), e o sistema atua freando as rodas opostas à direção da saída, visando manter o carro dentro da faixa. O assistente ajuda na prática e chega a reduzir significativamente a velocidade do carro para que o carro continue a permanecer dentro da faixa, ajudando o motorista a ter mais tempo para puxar o volante caso necessário. No Sentra, o assistente de permanência em faixa precisa ser habilitado a cada nova ignição ao apertar o botão com o ícone do carro entre faixas no canto esquerdo do painel, enquanto o alerta de saída da faixa (com indicação nos instrumentos e vibração do volante) pode ser ativado sempre que o veículo é ligado.
O controlador de velocidade de cruzeiro pode ser programado para ficar mais afastado ou mais próximo do veículo à frente em três níveis: com a velocidade estabelecida em 100 km/h, o Sentra fica a cerca de 60 metros afastado do veículo à frente no modo longo de distância, a cerca de 45 metros na distância padrão e a 30 metros na distância mais curta. A velocidade é ajustada automaticamente com base no ritmo do automóvel à frente; caso o Sentra detecte que a pista está livre, a velocidade programada é rapidamente retomada. O Sentra é capaz de frear automaticamente (aplicando até cerca de 40% da força de frenagem total) para que a distância do automóvel adiante seja mantida, acendendo as luzes de freio durante este ato. O sistema opera entre 32 e 144 km/h, e o radar frontal é capaz de detectar até 200 metros adiante. O controle do veículo retorna totalmente para o motorista quando a velocidade do Sentra cai para menos de 24 km/h e não são detectados veículos à frente, ou quando o motorista excede a velocidade de operação do piloto automático. Se o motorista preferir, é possível usar somente o controle de velocidade fixa de cruzeiro ao apertar o botão no volante à esquerda do comando de voz por 1,5 segundo.
Na cidade, em velocidades reduzidas e acompanhando o tráfego adiante, o Sentra é capaz de parar totalmente de forma autônoma atrás do veículo que estiver à frente. Ele permanece a 0 km/h por alguns segundos; em seguida, um bipe sonoro é emitido, e logo depois o Sentra volta a andar para a frente em Drive. Vale destacar que o sistema também é capaz de detectar motocicletas que estejam trafegando ao centro das faixas.
Já o alerta de veículos em pontos cegos opera a partir de cerca de 32 km/h e é transmitido de forma visual por uma luz amarelada na moldura interna dos espelhos - tornando a indicação mais visível do que as luzes instaladas diretamente na área refletiva dos retrovisores. Se o motorista der seta enquanto houver veículos detectados na região lateral-traseira (em uma região de aproximadamente 3 metros de largura e de comprimento atrás do sedã), bipes e ícones são emitidos recomendando que o condutor ainda não mude de faixa. Na prática, o sistema foi capaz até mesmo de detectar ciclistas em algumas situações. Vinculado a este sistema está o alerta de tráfego cruzado traseiro, que atua em manobras de ré ao detectar um veículo cruzando em direção transversal a uma distância de até 20 metros. É, portanto, uma faixa de detecção bem maior do que a distância possível de ser captada pelos sensores traseiros de estacionamento.
A frenagem autônoma de emergência começa a operar com o carro em movimento a partir de 5 km/h e pode atuar quando o motorista não reagir ao alerta de colisão frontal ou não pisar forte o suficiente no freio. Este alerta surge de forma sonora e no quadro de instrumentos quando um veículo bem mais lento está à frente, ou quando o Sentra está rápido demais para frear de forma autônoma com segurança.
O assistente de partida em ladeiras atua tanto em subidas, em Drive, quanto em descidas, de ré, mantendo o veículo totalmente freado por aproximadamente dois segundos - tempo para o motorista poder liberar o pedal do freio e acelerar. No nosso teste prático, o sistema funcionou de forma adequada. O conjunto de freios é eficiente e opera de forma previsível.
Curiosamente, o Sentra não permite a operação do modo sequencial com o carro parado ou em velocidade muito baixa. A partir de cerca de 13 km/h, é possível fazer uso das aletas junto do volante. Confira agora as velocidades mínimas em que é possível fazer as trocas de marcha sequencialmente, trafegando sobre piso plano e com aceleração leve, no modo Normal de condução:
1ª marcha: desde 0 km/h
2ª marcha: 13 km/h
3ª marcha: 17 km/h
4ª marcha: 23 km/h
5ª marcha: 29 km/h
6ª marcha: 37 km/h
7ª marcha: 46 km/h
8ª marcha: 58 km/h
Mesmo na comparação com motores turbinados, o Sentra entrega um nível de força bem suficiente para a utilização cotidiana. O sedan possui válvula de controle de fluxo de ar de várias seções (TCV), que, mesmo distante da rotação de entrega integral do torque (4000 rpm), garante respostas melhores nas situações de tráfego urbano em que os giros do motor são menos elevados. As trocas das relações de marcha podem ser feitas a até pouco mais de 6000 rpm quando o pedal do acelerador é totalmente pressionado. Em termos de desempenho, o Sentra 2025 não chegou a superar o exemplar de frota de imprensa de 2023 na aceleração de 0 a 100 km/h, mas ficou muito próximo ao dado de fábrica (9,4 s). Veja os nossos números obtidos em pista sem tráfego de veículos, com ar-condicionado desligado, câmbio em Drive, somente o motorista a bordo, controles de tração/estabilidade ativos e cronometragem automática pelo aplicativo GPS Acceleration:
Consumo de combustível: 8,9 km/l
Distância percorrida: 351,6 km
Velocidade média (estimada): 24 km/h
Consumo de combustível: 9,4 km/l
Distância percorrida: 497,9 km
Velocidade média (estimada): 26 km/h
Consumo de combustível: 9,7 km/l
Distância percorrida: 621,3 km
Velocidade média (estimada): 26 km/h
Consumo de combustível: 9,6 km/l
Distância percorrida: 652,3 km
Velocidade média (estimada): 26 km/h
Design = 9,5
Mesmo cerca de dois anos depois de seu lançamento no Brasil, o Nissan Sentra continua a atrair olhares, graças à harmonia de suas linhas e proporções - e os retoques na carroceria feita nesta leve reestilização agradam. Os modelos Advance e Exclusive tem pouquíssimas diferenciações estéticas entre si - afinal, não há logotipo identificando a versão. Apenas o teto solar, a pintura da carroceria em dois tons e a presença das câmeras adicionais entregam, do lado de fora, que se trata da versão topo-de-linha. Os novos logotipos da Nissan contam com pintura em prata-fosco e caracteres brancos, transmitindo mais sofisticação do que o escudo cromado com letras pretas. As rodas de 17 polegadas também são belas e permitem a adoção de pneus de perfil ligeiramente mais alto, que contribuem para maior conforto ao rodar. A paleta de cores para a carroceria do Sentra no Brasil é composta por poucas opções de tons: branco, duas opções de cinza e preto. Por outro lado, as duas opções de cores para o interior do Sentra Exclusive dão poder de escolha aos consumidores. Em nossa opinião, a Nissan poderia considerar a importação do Sentra SR para o nosso País, para atrair a clientela que faz questão de um visual mais esportivo e rivalizar com o Corolla GR-Sport.
Espaço interno = 9,0
Os ocupantes desfrutam de bom espaço principalmente para ombros e pernas, e o teto solar da versão Exclusive não prejudica o espaço para a cabeça dos ocupantes - nem mesmo de quem senta atrás. Quem vai ao meio do banco traseiro lida com uma elevação no assento, que deixa sua cabeça bem mais próxima do teto, e também com o túnel do assoalho. O aproveitamento de espaço para objetos no Sentra é muito bom, especialmente no console central, que dispõe de vários porta-objetos e um amplo "baú" sob o apoio de braço frontal. Há ainda porta-óculos no teto e bons nichos para garrafas nas portas dianteiras e traseiras. Já o porta-malas de 466 litros tem capacidade na média do segmento - quase empatando com os 470 litros do seu arqui-inimigo Toyota Corolla, mas tem melhor acesso, com fundo mais elevado e abertura larga.
Conforto = 9,0
O Sentra se destaca pelo conjunto de suspensão que absorve bem as irregularidades do piso (mesmo com a altura em relação ao solo mais baixa entre os modelos da Nissan oferecidos no Brasil) e pela atuação do controle de chassi, proporcionando ótimo nível de conforto para os ocupantes. A ergonomia da cabine é, de um modo geral, bem-planejada: apenas os botões do canto inferior do painel ficam parcialmente ocultos pelo volante. Este, por sua vez, tem ótima empunhadura e a assistência elétrica progressiva da direção passa bom equilíbrio entre comodidade e controlabilidade. Com diversos ajustes possíveis, a posição de dirigir é excelente, e os bancos são cômodos a ponto de o motorista mal sentir que passou horas dirigindo. Há também um bom apoio para o pé esquerdo do condutor (de carpete, porém) e fácil acionamento dos pedais e alavanca de câmbio. Só o freio de estacionamento exige mais atenção e força no pé esquerdo, principalmente para o travamento. O ar-condicionado eficiente, mesmo sob temperatura externa de até 43° C, e o baixo nível de ruído e vibrações também contribuem para o bem-estar a bordo do sedã.
Acabamento = 9,25
O Sentra agrada por trazer materiais macios ao toque na faixa central do painel e na parte superior das portas dianteiras, além de vir com material sintético no volante, nos bancos, em áreas dos forros de porta dianteiros e traseiros, na manopla da alavanca de câmbio e nos apoios de braço. O material do forro de teto é o mesmo para modelos com e sem teto solar. A versão Exclusive traz alguns detalhes de acabamento mais refinados que no Advance, como a presença de material sintético nas laterais do console central e na área vertical dos forros de porta traseiros, logo acima dos puxadores. O porta-trecos abaixo das entradas e tomadas dianteiras tem tapete macio ao toque. O emborrachamento dos porta-objetos do console central seria extremamente bem-vindo, pois objetos plásticos acomodados neles são propensos a causar ruídos. Já o porta-malas traz bom revestimento do habitáculo e da face interna da tampa. Os cuidados com o acabamento do Sentra também são perceptíveis ao abrir o capô e nas vedações das portas.
Equipamentos = 9,5
Na versão Exclusive, a lista de equipamentos do Sentra é extensa e inclui ar-condicionado automático digital de duas zonas, chave presencial com partida remota do motor, banco do motorista com ajustes elétricos (inclusive lombares), teto solar elétrico acionado por um-toque, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, central multimídia com tela sensível ao toque de oito polegadas e até aquecedores para os assentos dianteiros. A Nissan atendeu ao clamor da imprensa especializada e dos consumidores, e passou a adotar o travamento automático das portas com o veículo em movimento. Sente-se a falta do acionamento por um-toque para todos os vidros, luz do porta-luvas, fechamento das janelas ao travar o veículo e carregador de celular por indução.
Instrumentos, Multimídia & Sistema de Som = 9,0
O quadro de instrumentos do Sentra oferece fácil leitura tanto dos itens analógicos, com os detalhes mais importantes, quanto das informações da tela digital - que é colorida e possui 7 polegadas, exibindo velocímetro digital, informações de som, registros de distância percorrida, gráficos dos assistentes de condução, consumo instantâneo de combustível, portas abertas e configurações do veículo, entre outros itens. Seria bem-vinda uma maior integração entre as informações do computador de bordo, pois a velocidade média aparece em um menu separado da distância percorrida, que por sua vez não aparece junto do consumo médio. Também seria interessante a exibição de mais de um registro de consumo médio.
No Sentra, o sistema multimídia traz tela em posicionamento elevado (mais fácil de visualizar e mais próximo das mãos), contando com botões físicos para facilitar sua operação, mas o layout é basicamente o mesmo desde a estreia da Frontier fabricada na Argentina, no fim de 2018. Estão ausentes alguns recursos mais modernos, como o espelhamento sem fio dos aplicativos de celular, a conexão a redes de Wi-Fi para atualização (que outros Nissan possuem) e o carregador de smartphone por indução. Ainda assim, é preciso destacar o fato do Sentra ser um dos poucos do segmento de sedãs a trazer câmeras de visão em 360 graus, que ajudam bastante a conferir o que se passa ao redor da carroceria e contam com vários modos de visualização, complementado pelo detector de objetos em movimento. Outro ponto positivo é a presença simultânea de entradas USB do tipo A e C, acompanhadas da tomada 12 Volts e da entrada auxiliar. A chegada de modelos como Toyota Corolla reestilizado e BYD King, ambos com quadros de instrumentos totalmente digitais e centrais multimídias mais modernas, fizeram com que o Sentra perdesse alguns décimos de sua nota em relação à avaliação de 2023, por não ter evoluído nestes aspectos.
Por fim, o sistema de som assinado pela Bose se destaca pelos oito alto-falantes que reproduzem as músicas com excelente definição, pouca distorção mesmo em alto volume e perceptível distribuição espacial, mas o som fica perceptivelmente projetado para a frente mesmo com a equalização centralizada.
Desempenho = 9,25
O motor 2.0 aspirado conta com bons índices de entrega de potência e torque, mesmo sem recorrer ao turbocompressor: tanto a injeção direta de combustível quanto o sistema CVVTCS (Continuosly Variable Valve Timing Control System: variação contínua do tempo de abertura das válvulas) contribuem para o desempenho satisfatório. Além disso, o centro de gravidade da carroceria é perceptivelmente baixo e o câmbio automático CVT realiza operações rapidamente, alterando as oito relações de marcha com agilidade, além de permitir as trocas de marcha sequenciais - garantindo autonomia adicional ao motorista.
Dirigibilidade = 9,75
Este é um aspecto de destaque no Sentra: mesmo com carroceria de 4,65 metros de comprimento, o seu diâmetro de giro é equivalente ao de modelos com 4 metros cravados de para-choque a para-choque. A estabilidade da carroceria é surpreendente, até em desvios rápidos e repentinos de trajetória. A direção é direta em seu manejo e o câmbio tem operação bastante precisa em todas as situações, avançando marchas e fazendo reduções com rapidez. O baixo centro de gravidade da carroceria baseada sobre a nova plataforma CMF-C/D também contribui para a boa dirigibilidade do sedã.
Segurança = 9,5
O Sentra Exclusive traz um pacote abrangente em termos de itens de segurança e de assistência à condução, que é idêntico ao do modelo disponível na América do Norte. Vem com seis airbags, frenagem autônoma de emergência, alerta de tráfego cruzado traseiro, controle de velocidade e distância do veículo à frente, alerta de saída da faixa com assistente de permanência na pista (que atua de forma discreta), monitoramento de veículos em pontos cegos, fixações Isofix e Top Tether para cadeirinhas infantis, controles de tração e estabilidade, entre outros recursos. Os faróis de LED iluminam bem e a atuação dos freios (a disco ventilados nas quatro rodas) é muito boa, mesmo em situações de pânico.
Consumo de combustível = 8,75
As modificações feitas pela Nissan no conjunto mecânico e na aerodinâmica da carroceria, em comparação com a geração anterior do sedan, surtiram efeito - mas, na prática, o consumo médio do Sentra 2025 durante nossa avaliação foi um pouco mais alto do que a informação do Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro (11,0 km/l): o sedã registrou 10,0 km/l durante nossos percursos majoritariamente urbanos. Com o tanque de 47 litros, a autonomia na cidade gira em torno dos 470 quilômetros.
Relação custo-benefício = 9,0
As duas versões do novo Nissan Sentra atendem bem ao público que está interessado em um sedan de porte médio. O Advance passa a ter mais assistentes de condução e vem de série com itens que são valorizados pelos consumidores, como banco do motorista com ajustes elétricos, ar-condicionado automático digital de duas zonas com aquecimento dos bancos dianteiros e assentos totalmente revestidos em couro preto. Já a versão Exclusive traz diferenciais interessantes para a utilização cotidiana, como visão em 360 graus em torno do veículo, alerta de tráfego cruzado traseiro, partida remota do motor e sistema de som Bose, só para citar alguns exemplos. Ainda que os preços de tabela do Sentra tenham sido significativamente reajustados desde o seu lançamento, as concessionárias Nissan costumam oferecer condições de compra interessantes.
As mudanças desta leve reestilização do Sentra 2025 dão a ele um visual mais atraente - e, no mais, é o Nissan que já conhecemos: um carro que conserva qualidades admiráveis e mantém os pontos que poderiam ser melhores. Como o sedã vendido no Brasil vem do México para ter preços mais competitivos, o Sentra acabou não passando pelas evoluções aplicadas ao Sylphy chinês, que possui mais detalhes externos atualizados, tela ampliada para o sistema multimídia, freio de estacionamento eletrônico e feixes de iluminação ambiente, para citar alguns itens. Na Ásia, porém, o sedan possui motores menos potentes (1.6 aspirado de 137 cv ou 1.2 e-Power híbrido de 134 cv) e a suspensão traseira traz eixo de torção. Ainda este ano, o Sentra vai passar por uma mudança de geração na América do Norte, e deverá posteriormente ser comercializado no Brasil - mas ainda não se sabe se, no nosso mercado, ele manterá o atual posicionamento de mercado. Mesmo sem mudanças tão profundas, o Sentra continua a ser uma alternativa interessante no segmento de sedãs médios, conquistando os fãs cativos desta categoria (e cada vez mais órfãos de alternativas) pela sua dirigibilidade interessante.
Nota Final = 9,2
As notas são atribuídas considerando a categoria do automóvel analisado, os atributos oferecidos pelos concorrentes (diretos ou por aproximação), além das expectativas entre o que o modelo promete e o que, de fato, oferece. Um mesmo carro avaliado duas vezes pode ter sua nota diminuída em uma avaliação posterior, caso não evolua para os níveis de exigência que se aprimoram continuamente no mercado automotivo. Frações de pontuação adotadas: x,0, x,25, x,5, x,75. Em caso de notas com valores fracionados na casa dos centésimos, os décimos da nota do resultado final são arredondados para cima. Critérios - Design = analisado o aspecto estético do automóvel, considerando-se as linhas e formas do veículo, bem como as proporções entre tamanho de rodas e o restante da carroceria, a presença de itens de estilo diferenciados, entre outros detalhes. Espaço interno = julgada a amplitude do espaço para passageiros (dianteiros e traseiros, de acordo com a capacidade declarada do carro), locais para acomodar objetos e bagagem. Conforto = considera o nível de comodidade transmitida pelo conjunto de suspensão e pela operação de transmissão, pedais, alavancas e outros mecanismos, bem como o nível de ruído e de vibrações dentro do automóvel, a posição de dirigir, a ergonomia interna e outras amenidades adicionais. Acabamento = analisada a atenção aos detalhes internos do veículo (encaixes de peças, qualidade dos materiais empregados e padronagens dos revestimentos). Equipamentos = analisam-se itens de série e opcionais disponíveis no automóvel avaliado. Aqui são considerados os equipamentos de conveniência. Instrumentos, Multimídia & Sistema de som = na análise do quadro de instrumentos, são julgados a facilidade de leitura e a disponibilidade de informações. O sistema multimídia do veículo é avaliado de acordo com os recursos disponíveis (espelhamento de tela de celulares, entradas para dispositivos, facilidade de operação do aparelho, visualização de câmeras, etc). Caso o veículo avaliado não possua um sistema multimídia mas disponha de rádio, este aparelho será analisado sob os mesmos critérios. Se o automóvel não dispuser de sistema de áudio, iremos considerar a presença de pré-disposição para som (fiação, antena e falantes). Desempenho = julgadas a aceleração do veículo, as retomadas de velocidade e a entrega de torque e de potência pelo automóvel. Dirigibilidade = são analisados o comportamento em curvas, a manobrabilidade do veículo (incluindo diâmetro de giro e número de voltas de batente a batente do volante) e o funcionamento da transmissão. Segurança = levam-se em conta a visibilidade pelos retrovisores e pela carroceria, a iluminação do veículo, os itens de proteção ativa e passiva, o desempenho nas frenagens (assim como a modulação do pedal do freio) e a presença e facilidade de operação dos assistentes de condução. Consumo de energia/combustível = energia/combustível gasto durante a avaliação e autonomia. Custo-benefício = avaliada a relação de vantagem entre o preço pago e o que o carro entrega.
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