Avaliação: Peugeot 208 Style Turbo encanta pelo design e é incrivelmente bom de dirigir


Texto e Fotos | Júlio Max, de Teresina (PI)
Agradecimentos | Assessoria de Imprensa Stellantis

Lançado no Brasil em 2013 e totalmente repaginado no ano de 2020, o Peugeot 208 chegou à sua segunda geração em uma época em que ainda não se cogitava que os grupos PSA e FCA atuassem em conjunto. Mas a simbiose entre as marcas que passaram a compor o conglomerado da Stellantis a partir do início de 2021 fez com que o 208 passasse a ter motores originalmente concebidos para equipar automóveis da Fiat - algo improvável quatro anos atrás. Nós do Auto REALIDADE rodamos com o 208 Style Turbo por mais de 1000 quilômetros e, agora, relatamos todos os detalhes desta convivência com o hatch compacto turbinado!

Criada para o mercado brasileiro (na Argentina, onde o 208 é produzido, não existe esta alternativa), a versão Style (lê-se "stíle") foi lançada em junho de 2022 e, de início, contava unicamente com o motor 1.0 Firefly aspirado e o câmbio manual de cinco marchas. Com itens incomuns dentro de sua faixa de mercado (como faróis de LED, teto de vidro panorâmico e carregador de celular por indução), ele despertou a atenção de consumidores por conta de sua relação custo-benefício. Desde setembro de 2023, o 208 Style passou a ter, também, a opção do motor 1.0 Turbo aliado ao câmbio automático CVT. Além do conjunto mecânico diferente, o Style Turbo conta com alguns itens que não estão presentes no Style aspirado, como você verá ao longo desta avaliação.

Nesta versão, os faróis são totalmente de LED (com a assinatura Peugeot Full LED Technology) e trazem regulagem automática da altura do facho. As lentes superiores concentram três barras de luzes de posição, além das luzes de pisca separadas e dos fachos baixo e alto envoltos por projetores. Já o para-choque traz dois "dentes de sabre", que são continuações das luzes de condução diurna. A grade dianteira traz frisos em cromo-escurecido. O logotipo "208" fica logo acima do leão da Peugeot na parte superior do para-choque dianteiro. O capô incorpora vincos bem marcantes e o para-choque conta com mais uma abertura abertura de ar na parte inferior. Quando não estão em uso, os limpadores dianteiros ficam abaixo da área transparente do para-brisa; este vidro dianteiro conta com uma tag de débito automático do Sem Parar. Curiosamente, com o capô fechado, não é possível levantar as palhetas, mas quando ele é aberto, o vão permite o movimento.

Na lateral, o 208 Style Turbo ostenta as belas rodas "Bronx" de 17 polegadas com detalhes diamantados e em preto-brilhante, calçadas com pneus Pirelli Cinturato P7 205/45 (que devem receber 29 libras, se o veículo levar motorista e passageiro; com 33 psi na frente e 36 psi atrás, com mais de 2 passageiros e bagagens, ou 36 psi em todos os pneus, para maior economia de combustível). As caixas de roda trazem proteções plásticas. As maçanetas externas seguem a cor da carroceria (a peça do motorista é a única a ter fechadura), enquanto as capas dos retrovisores possuem o tom preto-brilhante, além de luzes de seta incorporadas. O logotipo Style, em azul-piscina, está presente nas colunas traseiras. A antena de teto, convencional, fica na parte traseira do teto.

Na traseira, as lanternas com três barras vermelhas (além de luzes de seta e ré, logo abaixo) utilizam lâmpadas halógenas, trazem o nome "Peugeot" gravado nas laterais e são visualmente interligadas por uma faixa em preto-brilhante com o logo da marca estampado. A tampa também possui as identificações "208" e "Turbo 200", em referência ao novo motor. O aerofólio traseiro possui detalhe em preto-brilhante, brake-light embutido e apêndices aerodinâmicos nas laterais. Já o para-choque traseiro incorpora área em preto-fosco com sensores de estacionamento, alojamento para placa (com luzes halógenas amareladas) e câmera de ré, além de ranhuras aerodinâmicas e ponteira de escapamento cromada.

O Peugeot 208 possui 4,055 metros de comprimento, 1,96 m de largura (incluindo os retrovisores; sem eles, são 1,74 m), 1.45 metro de altura e 2,538 metros de distância entre-eixos. A versão Style Turbo é ligeiramente mais pesada que as demais opções turbinadas: registrando 1177 quilos sobre a balança, o modelo avaliado tem 20 kg a mais que o 208 Allure Turbo e 8 kg a mais que a versão Griffe Turbo. A carroceria possui coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,36.

Por dentro, o 208 conserva as características que se tornaram sua marca registrada, como o i-Cockpit, que consiste no quadro de instrumentos posicionado acima do volante, possibilitando ao motorista enxergar as informações em um local mais próximo do seu campo natural de visão, com menos distrações.

O volante é achatado nas extremidades verticais e possui aro revestido de couro com costuras aparentes. Ele traz dois raios com detalhes em preto-brilhante e frisos em prata-acetinado. No lado esquerdo estão os botões de comandos de voz (serve como atalho para o menu de Bluetooth, se não houver celular pareado, ou ativa os comandos de voz presentes no telefone conectado), alteração do modo de visualização do quadro de instrumentos e volume de mídia; já do lado direito ficam comandos de chamada telefônica, controle da faixa de rádio/música e confirmação de seleção, botão para visualizar lista (para ver playlists e estações de rádio favoritas) e SRC (para alternar a fonte da música). Pela alavanca na parte inferior é possível fazer o ajuste da coluna de direção em altura e profundidade.

O quadro de instrumentos I-Cockpit 3D da versão Style Turbo é o mesmo das opções Roadtrip e Griffe, e se utiliza de uma tela colorida de 10 polegadas encimado por um segundo monitor, cujo princípio de funcionamento lembra o de um head-up display. Porém, ao invés de projetar informações no para-brisa, ele direciona a projeção de alguns itens sobre a tela dos instrumentos, o que dá o efeito visual de tridimensionalidade. Além disso, a cúpula é parcialmente vazada nas laterais, que trazem a inscrição Peugeot i-Cockpit. Outro detalhe bonito: algumas das luzes-espia (entre elas, as de seta) se acendem nas molduras laterais que ficam separadas da tela. Depois de destravar o carro e fechar a porta, ele exibe uma animação do leão da Peugeot. Ao todo, estão disponíveis quatro layouts de visualização do painel (alternando entre eles, é executada uma animação durante a modificação dos modos):

  • Visores: pode ser considerado o "modo padrão". Nele, quatro informações ficam dispostas em semi-círculos. À esquerda fica o indicador de nível de combustível, com autonomia estimada. Ao centro, há duas escalas circulares contrapostas: uma para o velocímetro, à esquerda, e outra para o conta-giros, à direita. Na parte central fica o velocímetro digital e, abaixo, o hodômetro total. Na ponta direita da tela está o indicador da temperatura do líquido de arrefecimento do motor e a posição do câmbio.
  • Mínimo: praticamente idêntico ao modo "Visores", mas as escalas de velocímetro e conta-giros ao centro não são exibidas, minimizando distrações a quem dirige. Um detalhe muito sutil: o velocímetro digital deixa de ser exibido no monitor superior, eliminando o efeito tridimensional existente nos outros modos de visualização.
  • Pessoal 1: neste modo, as escalas de nível de combustível e temperatura do líquido de arrefecimento do motor passam a ser exibidas em barras verticalizadas, que ocupam menos espaço de tela. A parte esquerda passa a exibir informações da mídia em reprodução ou de computador de bordo, conforme configurado pelo sistema multimídia, enquanto o lado direito mostra velocímetro digital, posição do câmbio e hodômetro.
  • Pessoal 2: muito similar ao layout "Pessoal 1", exibe informação de mídia ou a escala completa e circular do conta-giros, com faixa vermelha iniciando em 6 mil rpm. A informação escolhida no modo Pessoal 1 não aparece no Pessoal 2, e vice-versa.

Em todos os quatro modos, apertando o botão da ponta da alavanca dos limpadores, é possível ver momentaneamente (por cerca de 7 segundos) as informações de computador de bordo, que são: Viagem 1, Viagem 2 e Informações Instantâneas. Nas Viagens 1 e 2 é possível conferir os registros de quilômetros percorridos (apenas números inteiros, sem frações decimais), consumo médio de combustível em km/l e velocidade média em km/h. Já no menu de informações instantâneas há o indicador de autonomia estimada e o consumo instantâneo de combustível.

A tela mostra ícone de advertência para porta(s) e/ou tampa do porta-malas aberta, com fundo em vermelho, desde que o motor esteja ligado. Também há aviso de chave não detectada (com fundo âmbar), advertência para por o câmbio em Parking (se o carro estiver de ré e a porta do motorista for aberta, por exemplo) e checagem do veículo, com indicação de quilômetros restantes para revisão e status do carro. O brilho da tela dos instrumentos é alterado através de menu no sistema multimidia.

A ponta da haste de luzes traz as posições desligado (que acende as luzes diurnas dianteiras e as lanternas se o motor for ligado; se a haste estiver nesta posição e a seta for ligada com o motor em funcionamento, todo o conjunto de luzes de posição do mesmo lado da seta se apaga), de luzes de posição dianteiras/traseiras acesas e de faróis baixos acesos. Um leve toque na alavanca, sem acioná-la até o clique, faz com que as luzes de seta pisquem 3 vezes. O comando de farol alto sempre é feito ao puxar a alavanca em direção ao motorista: uma puxada leve lampeja o facho mais intenso e uma puxada mais forte mantém a luz alta ligada. Independente da posição do seletor, as luzes se apagam automaticamente quando a ignição é desligada. Caso o seletor de faróis seja girado com a ignição desligada (acendendo luzes de posição ou faróis baixos), um alerta soa quando a porta do motorista está aberta. Existe ainda um botão na ponta desta haste que possui uma funcionalidade muito específica: resetar o indicador de revisão programada.

Na alavanca dos limpadores, há as posições desligado (0), de acionamento uma vez (logo abaixo de 0), o modo intermitente variável proporcional à velocidade do veículo (Int) e o acionamento contínuo lento (1) ou rápido (2). Ao girar o aro, é possível utilizar o limpador e lavador traseiro. Há um botão na ponta da haste, indicado pelas duas setinhas para a esquerda, que serve para alternar entre as informações do computador de bordo. Ao apertar e segurar este botão por 2 segundos, os dados são resetados.

O 208 Style Turbo conta com uma terceira haste na parte inferior esquerda da coluna de direção. Ela serve para a operação do limitador e controlador de velocidade de cruzeiro. O limitador pode ser definido a partir de 30 km/h, enquanto o piloto automático opera a partir de 40 km/h. Pelo botão central, que gira para cima e para baixo, é possível definir o "regulador" de velocidade (cruise-control), o limitador ou nenhum. Quando o piloto automático ou o limitador de velocidade estão ativos, é possível usar os botões para cima e para baixo atrás da haste para alterar a velocidade (apertando brevemente e soltando, há a regulagem de 1 em 1 km/h; apertando e segurando, o ajuste é feito de 5 em 5 km/h). Há ainda um botão na ponta da haste que permite a pausa de operação.

De série em quase todas as versões (exceto na Like, onde consta como item opcional), o sistema multimídia do 208 conta com tela sensível ao toque de 10,25 polegadas desde 2022 e representa um notável avanço em relação ao aparelho anterior, com monitor de 7 polegadas e entrada USB na moldura direita da própria tela. As funcionalidades são similares às do Citroën C3 Feel que avaliamos recentemente, mas o Peugeot possui layout exclusivo (com fundo predominantemente preto, além de ícones e caracteres brancos) e conta com a funcionalidade adicional da operação do ar-condicionado, além de algumas configurações adicionais. O monitor fica na parte superior central, parcialmente desmembrado do painel e ligeiramente inclinado para o motorista. Dispensando botões físicos ao redor do monitor, o sistema conta com a funcionalidade do espelhamento de conteúdo de celulares sem fio, compatível com Apple CarPlay e Android Auto (que aproveitam praticamente toda a área da tela, com exceção das bordas), além de Bluetooth para chamadas telefônicas e streaming de áudio.

Na parte esquerda da tela ficam os atalhos de volume, do desligamento da tela e para emudecer o som. Se a tela for desligada e depois tocada, ou algum comando no volante for acionado, o sistema volta a exibir o seu layout. Há também outros botões de atalho na parte direita, para menu inicial, rádio, telefone (se converte no ícone de espelhamento de tela de celular, caso ativo) e ar-condicionado.

O menu principal é organizado em oito submenus: rádio, telefone, Android Auto, Apple CarPlay, Mídia USB (com reprodução de áudios e, se o carro estiver parado, de vídeos), Áudio Bluetooth, gerir dispositivos conectados e configurações do veículo. A parte superior do monitor indica a fonte e o nome da mídia, a data e o relógio (e as informações de rede e bateria do celular conectado). Há memória para seis estações de rádio AM e 12 memórias de rádio FM, além de busca automática por estações (AST), e até cinco telefones podem ser conectados ao sistema (acima disso, a central pede para que um dos dispositivos já conectados seja excluído para que outro possa ser pareado).

Quando o carro é desligado, aparece uma mensagem por 10 segundos perguntando se o sistema deve ser mantido ligado ou não (função útil, considerando que, se a ignição for desligada, não existem comandos físicos capazes de religar o sistema). A central do 208 se mostrou mais rápida que a do C3: logo depois da partida, a tela já exibe o seu menu inicial, e começa a reprodução de músicas em dispositivos USB cerca de 11 segundos após a partida (no Citroën, a demora era de aproximadamente 18 segundos). Em uma ocasião, o sistema do Peugeot travou a interface da tela por um curto período de tempo, reiniciando automaticamente.

Pela tela também é possível conferir a câmera de ré Visiopark (somente com motor ligado), que nesta versão conta com as opções de visualização padrão (com linhas de guia que variam conforme o esterço do volante), de 180 graus ou zoom, além da vista Auto, que converte da visualização padrão para zoom quando houver objetos a menos de 30 centímetros do para-choque traseiro. Se o veículo se deslocar para trás enquanto a câmera estiver acionada, o entorno do ambiente é momentaneamente "gravado", o que cria uma visão aérea similar à dos carros com câmeras em 360 graus. Esta imagem gerada, no entanto, começa a ser apagada depois de cerca de 15 segundos. Esta vista do lado direito incorpora os gráficos dos sensores de ré; pelo ícone no canto superior direito é possível verificar somente estes gráficos em maior tamanho.

O sistema de som conta com 4 alto-falantes e 2 tweeters. A qualidade de reprodução de áudio lembra muito a do C3: é boa em baixo volume e com a equalização longe dos extremos; há também o recurso de ampliação automática do volume de mídia conforme a velocidade aumenta. No 208, não foi possível reproduzir vídeos e áudios em Flac que puderam ser conferidos no modelo da Citroën.

A tela do sistema multimídia também é o local da operação do ar-condicionado, que possui somente alguns botões de atalho para funções mais primordiais. Todo 208 traz ar-condicionado digital, operado pela tela de mídia, mas só as versões turbinadas do modelo também dispõem do modo automático de funcionamento do aparelho. Pelo menu de climatização é possível alterar a temperatura da zona única em uma escala curiosa: de um em um grau Celsius entre 16° C e 20° C, de meio em meio grau Celsius entre 20,5° C e 25,5° C e novamente de um em um grau centígrado dos 26° C até 30° C, além de alterar a ventilação em 8 intensidades e selecionar por onde vai haver a difusão de vento. Há ainda os botões A/C para ativar ou desligar o compressor de ar, Auto (que permite a operação do aparelho de forma automática) e Off, para desligamento.

Logo abaixo das saídas de ar centrais há uma fileira de botões, que a Peugeot chama de "Toggle Switches" e servem como atalho para itens primordiais do carro. Da esquerda para a direita, as funções são as seguintes: recirculação do ar ou captação de ar externo (acende luz verde com a recirculação), acesso ao menu Climatização do sistema multimídia, A/C Max (o ar-condicionado passa a trabalhar com ventilação máxima e temperatura mínima, além de ativar a recirculação de ar; acende luz verde quando acionado), acionamento do pisca-alerta (este botão acende quando apertado), travamento e destravamento centralizado das portas (acende luz vermelha quando as portas são trancadas), além do acionamento do desembaçador dianteiro e do vidro traseiro, que acendem luzes vermelhas quando estão em operação.

A junção do painel com o console traz moldura em preto-brilhante e duas entradas USB: uma do tipo C, com corrente de 3 Ampères exclusiva para carregamento de aparelhos, e outra do tipo A com leitura de dados e carregamento. Quando a tampa retrátil é apertada pela parte superior e aberta, ela revela uma divisória que pode servir para encaixar um celular na horizontal (porém, na vertical o aparelho não é bem alojado); também há um nicho com carregador por indução (Qi 1.1). Nesta região, o fundo é emborrachado. Há outro porta-objetos aberto à frente da alavanca de câmbio, com plástico rígido texturizado.

Conservando uma característica típica dos produtos da PSA concebidos antes da era Stellantis, as posições de marcha são indicadas dentro de um pequeno retângulo que fica no lado esquerdo do porta-objeto. P, N e D são indicadas por luzes verdes; enquanto a indicação da ré engatada possui a cor laranja. Pomo e coifa da alavanca de câmbio são revestidos em couro, e há detalhes em prata-anodizado.

O console central dispõe da alavanca de freio de mão do lado esquerdo (em cinza-escuro, inclusive no botão de gatilho), além de dois porta-copos com fundo emborrachado (o da frente é um pouco maior que o de trás, que acomoda de forma justa um copo de 500 mL), um porta-objetos aberto no fim do console (também com fundo macio ao toque) e uma tomada de 12 Volts/120 Watts com tampa. Para o motorista, há um apoio de braço retrátil e fixado na lateral direita de seu banco, que pode ficar recolhido na vertical ou posicionado na horizontal.

O porta-luvas oferece bom espaço e nicho na própria tampa para objetos menores - ainda bem, pois o habitáculo exige que o motorista se estique muito para alcançar objetos em seu interior. Desde a linha 2024, todas as versões do 208 contam com iluminação do porta-luvas, que se acende com a ignição ligada. A maçaneta na tampa é posicionada na vertical, como no C3.

O retrovisor interno possui haste dia/noite. A luz de teto tem foco único na dianteira e acendimento em fade; ela se apaga 30 segundos após fechar todas as portas. A versão Style traz forro de teto, para-sóis e colunas em preto a partir da linha 2024, tanto nesta opção 1.0 Turbo quanto na 1.0 Firefly aspirada. O forro, aliás, é confeccionado em tecido macio aerado. Esta versão dispõe de fábrica do teto panorâmico fixo Cielo, com persiana que corre manualmente ao ser deslizada e 0,66 m² de vidro escurecido. Feitas de plástico rígido, as duas sombreiras possuem tampas, abas porta-documentos e espelhos. Há também três alças de teto retráteis e de retorno suave para os passageiros na dianteira e traseira.

A parte esquerda do painel possui um botão para ativar ou desativar o modo Sport do veículo (quando ativo, o botão passa a ter um filete alaranjado aceso). Depois de desligar o carro, a próxima ignição é feita no modo tradicional de condução. A versão Style dispõe de proteções metálicas para o apoio do pé esquerdo e sobre os pedais - as pedaleiras em alumínio são exclusivas desta opção do 208. Na parte esquerda fica a alavanca de abertura do capô (que, por motivos de segurança, não pode ser completamente puxada se a porta do motorista estiver fechada). De carpete e com áreas em borracha e material sintético, os tapetes trazem a identificação Style e são fixados por duas presilhas na peça do motorista. Seus versos trazem pontas que servem para evitar o deslizamento sobre o carpete do assoalho, que é perceptivelmente espesso.

A porta do motorista concentra os comandos dos retrovisores externos elétricos, dos vidros elétricos nas quatro portas (com função um-toque e recurso anti-esmagamento) e do bloqueio das janelas traseiras (uma luz vermelha acende quando o bloqueio é feito). Depois do veículo ser desligado, ainda é possível utilizar os vidros elétricos por 45 segundos. Nas portas dianteiras, há revestimento de couro preto com costuras azuladas, porta-objetos (que permitem levar com folga uma garrafa de 1 litro) e frisos em preto-brilhante. Curiosamente, uma pequena ponta das janelas dianteiras fica visível mesmo ao baixar totalmente os vidros.

Os bancos são revestidos em mescla de tecido, suede e material sintético. Na dianteira, há soleiras em alumínio com o nome Peugeot e etiquetas exclusivas da versão Style, com barras entrelaçadas (mais acima, outras etiquetas indicam a presença de airbags laterais incorporados aos bancos da frente). Os encostos de cabeça ajustam em altura, assim como o assento do motorista. Já os cintos ajustam somente em inclinação e dispõem de pré-tensionadores pirotécnicos e limitadores de carga. Os fechos dos dois cintos da frente possuem as laterais recobertas em carpete.

Atrás, os três apoios de cabeça são reguláveis em altura e o encosto do banco traseiro é rebatível e inteiriço, enquanto o assento é fixo. Para ocupantes de cerca de 1,80 metro de altura, o espaço para pernas é suficiente apenas para não encostar os joelhos no banco da frente; já a amplitude para a cabeça é um pouco melhor. Quem senta ao meio precisa flexionar mais os pés por conta do túnel central alto. O forro de teto traz mais um foco de iluminação para os ocupantes traseiros. Quando abertos totalmente, os vidros traseiros ainda ficam cerca de 1/3 visíveis. As fendas das duas fixações Isofix para cadeirinhas infantis são cobertas por práticos zíperes; atrás do banco ficam as duas fixações Top Tether. Porta-revistas, só na versão Griffe. O fecho do cinto do meio é parcialmente revestido em carpete para evitar ruídos quando estiver em contato com a peça do cinto traseiro direito. Não há locais para alojar o cinto durante o rebatimento do banco, o que faz com que seja necessário um cuidado extra na hora de colocar o encosto em sua posição original.

Com a capacidade de 265 litros no padrão VDA, o porta-malas é destravado pelo botão externo na fenda da tampa traseira ou pelo comando na chave. Há iluminação amarela no lado esquerdo (por motivo que desconhecemos, no carro avaliado esta luz nunca acendeu), gancho para sacola no lado direito e, sob o forro, o estepe com roda de ferro de 15 polegadas e pneu de perfil 125/85, que deve receber 60 psi. O forro da tampa dispõe de duas cavidades em seu forro para auxiliar no fechamento. Diferentemente do C3, o 208 traz a área em volta do trinco protegida com plástico. Uma pequena maleta, que traz velcros em sua parte inferior para fixação com o carpete do porta-malas, guarda as ferramentas para a troca do pneu.

Presencial, a chave dispõe de três botões para travamento das portas (acende as luzes de seta uma vez; ao apertar este botão, o alarme perimétrico fica ativo; apertando este botão se o carro já estiver travado, as luzes internas e de pisca acendem, para localizar o veículo), destravamento da tampa do porta-malas (basta um toque breve para poder puxar a tampa; também destrava as outras portas) e destrancamento das portas (acende as luzes de seta 4 vezes). Se o motorista entrar na zona entre 1 e 2 metros em torno do 208 com a chave, o veículo é destravado; caso ele se afaste 2 metros, o carro é automaticamente trancado. Não há, porém, sensor ou botão incorporado na maçaneta externa que permita o travamento ou destravamento do veículo. Com o carro travado, ao apertar e segurar o botão de travamento das portas, as janelas esquecidas abertas são eletricamente fechadas - se o comando for pressionado até o fim da operação; caso contrário, os vidros param de subir. Se o carro for destrancado mas nenhuma porta for aberta, o retravamento ocorre automaticamente em 30 segundos.

Quando o carro é destravado, as luzes de teto (e as iluminações para os pés dos ocupantes dianteiros, disponíveis como acessório nas concessionárias) se acendem. Ao abrir a porta, a tela do quadro de instrumentos se acende mostrando o hodômetro total. Ao fechar a porta do motorista, é exibida a animação de boas-vindas do Peugeot i-Cockpit 3D e a instrução de pisar no freio e apertar o botão de ignição. Por cerca de 30 segundos, ficam acesos a luz que indica a marcha engatada, o quadro de instrumentos e o botão de partida: eles se apagam nesta ordem, com poucos segundos de diferença.

Na cabine, com luzes de posição acesas ou faróis ligados, ficam iluminados os comandos do volante, o botão Sport no painel, os botões de operações de retrovisores e vidros (nas portas dianteiras, quando somente a ignição está acionada, e nas portas traseiras, com motor em funcionamento), o botão de ignição, as teclas do painel, a moldura da entrada USB-C (do lado esquerdo) e a moldura de posições de marcha. O ajuste de brilho através da tela do sistema multimídia também afeta a iluminação do quadro de instrumentos, da moldura da USB-C e dos botões do volante, do modo Sport, do painel (exceto o comando do pisca-alerta) e da indicação das posições de câmbio. Quando a ignição é desligada, os botões dos 4 vidros elétricos, a indicação de posição de câmbio ligada, os instrumentos e o botão de partida continuam acesos por 45 segundos. Curiosamente, se o pisca-alerta estiver acionado, o som de tique para de soar em cerca de 1 minuto (mas as luzes continuam a acender).

Em termos de segurança, o 208 Style Turbo traz 4 airbags (frontais e laterais nos bancos dianteiros), freios com antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de frenagem (REF), controles eletrônicos de tração e estabilidade, acionamento automático das luzes de emergência após frenagem brusca, alerta visual e sonoro de não-uso do cinto de segurança do motorista e passageiro dianteiro, travamento automático das portas com o veículo acima de 10 km/h, assistente de partida em ladeiras e alerta sonoro de portas abertas com o veículo em movimento, entre outros itens.

O motor 1.0 "Turbo 200" de três cilindros em linha e 12 válvulas entrega 130 cavalos com etanol a 5750 rotações por minuto e 125 cv com gasolina, também a 5750 rpm. Já o torque é o mesmo com os dois combustíveis: 20,4 kgfm (ou 200 Newtons-metro, daí o nome adotado para o propulsor), disponível a 1750 rpm. Além do turbocompressor, este motor conta com injeção direta de combustível e comando de válvulas com acionamento por corrente, variável na admissão. Antes que alguém venha perguntar por que a Peugeot não equipou o 208 com o motor 1.6 THP, é preciso dizer que este propulsor dificilmente caberia no seu cofre (o 1.6 aspirado já precisou de reduções de alguns componentes para ser acomodado na atual carroceria) e, por ser um propulsor importado e em uma faixa de Imposto sobre Produtos Industrializados mais elevada, o preço final do hatch certamente seria bem maior.

Há manta de isolamento acústico no capô e a capa do motor com o nome Turbo é macia ao toque, assim como as espumas laterais. Além disso, no reservatório do fluido do limpador de para-brisa há uma tampa com redinha, que serve como filtro contra impurezas. A haste de sustentação fica do lado esquerdo e não possui espuma ou empunhadura plástica, o que faz com que o metal esquente e machuque a mão se o capô for aberto logo depois do motor ser desligado.

Na dianteira, o conjunto de suspensão é independente McPherson com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos telescópicos pressurizados à gás e barra estabilizadora. Atrás, as rodas são ligadas por eixo de torção, também com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos telescópicos pressurizados à gás e barra estabilizadora. Para o 208 Turbo, estes amortecedores foram reajustados. Os freios utilizam discos ventilados na dianteira e tambores no eixo traseiro.

O tanque de combustível tem a capacidade de 47 litros e pode receber gasolina, etanol ou a mistura de ambos em qualquer proporção. Sua portinhola fica no para-lama traseiro esquerdo e é travada ou destravada junto com as portas do carro; para abrir, basta aperta-la pela extremidade traseira.

É possível instalar reboque no 208 e puxar até 400 quilos, se o trailer não tiver freios. Também há pontos de fixação, acessados com as portas abertas, que são pensados para a instalação de barras de teto: desde que não tenham mais de 40 centímetros de altura, elas podem levar até 65 quilos.

Fabricado em El Palomar, na Argentina, o Peugeot 208 Style Turbo atualmente tem preço de tabela de R$ 111.490, mas vale uma pesquisa nas concessionárias para verificar a possibilidade de descontos. Estão disponíveis quatro opções de cores para a carroceria deste modelo: Preto Perla Nera (metálica, sem custo adicional), Azul Quasar (metálica, por R$ 1.950 adicionais), Cinza Artense (metálica, por R$ 1.950 adicionais; é a tonalidade do carro desta avaliação) e Branco Nacré (perolizada, por R$ 1.950 adicionais). O exemplar testado vem com o Pack Launch, que inclui spoilers incorporados aos para-choques dianteiro e traseiro, além de saias laterais, ponteira de escapamento esportiva, luz interna branca, luzes ambiente na região dos pés dos ocupantes dianteiros e projetores de luz que se acendem ao abrir uma das portas dianteiras, exibindo o logo da Peugeot no chão, por R$ 4.330. Se fossem adquiridos separadamente, estes itens custariam R$ 4.848,24. Outro item acessório presente neste exemplar é o tapete termomoldado para o porta-malas, com preço sugerido de R$ 256,18.

A garantia de fábrica é de 3 anos, iniciada no dia da entrega do veículo, sem limite de quilometragem. Já as revisões ocorrem em intervalos de 10 mil em 10 mil quilômetros, ou de 12 em 12 meses, com tolerância para mais ou para menos de 1000 km ou 1 mês. Veja os valores:

10.000 quilômetros: R$ 722,00
20.000 quilômetros: R$ 722,00
30.000 quilômetros: R$ 884,00
40.000 quilômetros: R$ 924,00
50.000 quilômetros: R$ 722,00
60.000 quilômetros: R$ 1.462,00

Impressões ao dirigir

Quando a atual geração do Peugeot 208 chegou ao mercado brasileiro, em setembro de 2020, nós pudemos dirigir o hatchback poucos dias antes do lançamento, em sua versão Active Pack com motor 1.6 16v e câmbio automático - foi uma alternativa logo acima da opção básica Active, e que durou menos de um ano na gama da marca. O exemplar tinha camuflagem em toda a carroceria e, naquela ocasião, nós tentamos descobrir itens e detalhes do modelo sem ter informações divulgadas pela fábrica ou manual do proprietário à disposição - sem dúvidas, esta foi uma experiência diferenciada e memorável. A versão Style Turbo que avaliamos agora, ao contrário do 208 que conhecemos quatro anos atrás, é uma alternativa "quase-topo-de-linha". Nas quase duas semanas de convivência e após mais de mil quilômetros rodados, foi possível conhecer muitos detalhes deste hatchback.

A posição de dirigir do Peugeot 208 é muito particular deste modelo: afinal, o volante é posicionado para ficar abaixo do quadro de instrumentos. Ele é achatado nas extremidades verticais e tem duas abas para o posicionamento das mãos na parte superior, além de ser mais largo nas laterais. O revestimento do aro é muito agradável ao tato. A condução é feita em posição baixa e ligeiramente esticada, o que reforça a pegada esportiva transmitida por este hatch. Os bancos possuem texturas agradáveis e apoiam bem o corpo, ainda que os assentos sejam um tanto quanto curtos para as coxas. A ignição demanda que o botão seja pressionado e segurado por cerca de 1 segundo para ligar e desligar (o normal em outros veículos é que seja um toque mais breve).

A direção elétrica é bastante cômoda e tem progressividade muito agradável. Recalibrada especificamente para as versões turbinadas, ela tem o peso correto para todas as situações, sendo leve nas manobras (nem excessivamente imprecisa, nem pesada em demasia) e mais firme em velocidades mais altas. Além disso, o diâmetro de giro é de reduzidos 10,4 metros, o que melhora a manobrabilidade do veículo em espaços mais apertados.

A visibilidade do 208 é, no geral, boa. O para-brisa é amplo e as colunas dianteiras são razoavelmente finas; o capô é bem inclinado e praticamente não é visto, e as palhetas dos limpadores ficam escondidas quando não estão em uso. Assim como no C3, os retrovisores externos são relativamente compactos, mas suas lentes oferecem bom campo de visão. Tanto o espelho interno quanto o vidro traseiro e os três apoios de cabeça (que podem ser postos para baixo quando não estão em uso) colaboram com a visibilidade para trás, mas o posicionamento deste retrovisor central, associado à significativa inclinação do vidro, criam um pequeno ponto cego à frente; além disso, as colunas traseiras são razoavelmente largas.

Sensores de ré e câmera traseira ajudam nas manobras, mas há alguns inconvenientes. O primeiro é a definição notavelmente baixa da câmera; além disso, na vista Padrão, a imagem da câmera fica muito baixa, apontando mais para o chão. Se os bipes dos sensores estiverem programados para serem acionados, não há comando para desativar o alerta sonoro e, se a ré estiver engatada, várias funções do 208 ficam temporariamente inoperantes: todos os ícones do sistema multimídia são bloqueados, inclusive o de operação do ar-condicionado (se o carro estiver com ar desligado, só é possível liga-lo acionando o botão físico A/C Max; apertando uma segunda vez, o aparelho passa a trabalhar na temperatura e ventilação programados anteriormente), e no volante não é possível alternar entre faixas ou fonte de áudio: somente os comandos de volume e de operação do quadro de instrumentos permanecem ativos em marcha-a-ré.

O conjunto de suspensão é bem-trabalhado no 208: mesmo com as rodas grandes e os pneus de perfil baixo, o hatch da Peugeot consegue absorver com maciez as irregularidades do piso; além disso, a altura em relação ao solo (16,5 centímetros) permite ao 208 superar buracos e lombadas sem raspar nenhuma vez, mesmo com as "aeroparts" do exemplar avaliado. A estabilidade nas curvas é um de seus principais méritos; desvios rápidos e curvas são feitos com segurança e precisão. A solidez de rodagem do modelo da Peugeot lembra muito mais o comportamento de um hatch médio do que de um rival de porte compacto.

Tanto o controlador quanto o limitador de velocidade demandam algum tempo para se acostumar com o posicionamento das teclas. Depois que se pega o jeito, é fácil fazer a utilização, mesmo com os comandos "escondidos" pelo volante. O controlador pode manter a velocidade estabelecida até que se pise no freio ou o controle de estabilidade entre em ação (situação em que o carro entende que é mais seguro desativar o regulador de velocidade). Se a velocidade estabelecida pelo limitador for superada, um alarme sonoro é disparado para o motorista se atentar a este fato. Já se o carro estiver andando mais rápido do que o estabelecido pelo limitador e este sistema for ativado, também é emitido o alerta sonoro e a velocidade vai diminuindo gradualmente até chegar no patamar que foi programado. O assistente de partida em ladeiras mantém o 208 parado por dois segundos antes do veículo descer.

O alcance dos faróis de LED é muito bom. O facho alto ilumina por cima da luz baixa, já que ambos estão sob o mesmo projetor. Em algumas situações, como nos momentos depois da partida, é possível observar que o facho das luzes dianteiras ajusta automaticamente a altura. Limpadores (tanto dianteiros quanto traseiros) e esguichos também funcionaram adequadamente, assim como o desembaçador. Os freios seguram o 208 de forma previsível e a modulação do pedal é boa, assim como o posicionamento das pedaleiras.

O ar-condicionado é bastante eficiente, mesmo com baixas velocidades de vento - assim, aliás, como no C3. Ao ser ligado, o aparelho joga vento para a região dos pés na dianteira por alguns segundos antes de direcionar a ventilação para o painel. Mas em dias quentes, se tornam inconvenientes o teto com a persiana aberta (mesmo levemente escurecido, o vidro deixa o calor do Sol entrar) e o fato de que o carregador por indução não possui refrigeração. Quando a tampa do console é fechada, é comum o celular esquentar e simplesmente não carregar. Também desagrada o fato de que, sob Sol forte, as molduras prateadas do quadro de instrumentos e da tela do sistema multimídia refletem muita luz.

Curiosamente, o 208 mantém o velocímetro digital zerado se a velocidade for inferior a 5 km/h, mas, se estiver acima deste patamar, mostra a velocidade também se estiver andando de ré. Ao engatar o Drive, o Peugeot anda para a frente no ritmo constante de 7 km/h.

Com o câmbio automático CVT, a Peugeot preferiu abolir o trilho sinuoso da transmissão (que ainda é mantido na versão Roadtrip 1.6 automática e no Citroën C4 Cactus, ambos com transmissões automáticas convencionais com conversores de torque, acompanhado de uma coifa que esconde o desenho do trilho): aqui, entre P e D, basta deslocar a alavanca para frente e para trás em uma linha reta, de forma bem mais prática; a partir da posição Drive, é só deslocar para a esquerda para utilizar o modo sequencial, com reduções jogando a alavanca para a frente; para subir marchas, a manopla deve ser deslocada para trás. Curiosamente, é possível desligar o 208 em Drive ou até mesmo no modo sequencial da transmissão, e sequer é exibida uma recomendação para que a alavanca seja posta em Parking. Mas se for tentada a partida com a ré engatada, o quadro de instrumentos instrui o motorista a levar antes a alavanca para a posição P. O motor também pode ser ligado com o câmbio em Neutro. A operação da transmissão é suave: em alguns momentos, é possível sentir as mudanças das relações de marcha.

No modo sequencial, a tela do quadro de instrumentos passa a exibir o número da marcha engatada (exemplo: M1, M2...). Assim como nos Fiat CVT que já dirigimos, a operação passa a ser bem permissiva, permitindo levar o motor a patamares de giro mais elevados e sem retornar automaticamente para o modo automático tradicional quando o acelerador é pouco demandado. Não há sugestões para o avanço de marchas, mas a transmissão faz reduções automaticamente nas desacelerações (e também avança automaticamente para a marcha seguinte nas acelerações mais intensas, quando o conta-giros está próximo de sua faixa vermelha) e pisca o ícone de marcha quando é tentada uma operação inadequada, como passar para uma marcha alta com o carro devagar.

Confira agora as velocidades em que a transmissão autoriza as mudanças das relações de marcha, em piso plano e com desativação do modo Sport (as velocidades em que as mudanças nas relações de marcha ocorrem sempre estão sujeitas a variarem conforme as condições do ambiente, da condução e do veículo):

De 1ª para 2ª marcha: 17 km/h
De 2ª para 3ª marcha: 24 km/h
De 3ª para 4ª marcha: 32 km/h
De 4ª para 5ª marcha: 45 km/h
De 5ª para 6ª marcha: 55 km/h
De 6ª para 7ª marcha: 72 km/h

Veja agora as velocidades em que a transmissão realiza as reduções automaticamente nas desacelerações:

De 7ª para 6ª marcha: 65 km/h
De 6ª para 5ª marcha: 50 km/h
De 5ª para 4ª marcha: 38 km/h
De 4ª para 3ª marcha: 27 km/h
De 3ª para 2ª marcha: 17 km/h
De 2ª para 1ª marcha: 11 km/h

O modo Sport eleva as rotações do motor mantendo-se o patamar de aceleração e torna mais rápidas as reações do pedal do acelerador. O mapa de trocas das relações de marchas também é feito com um regime mais esportivo. Quando o carro é desligado, o modo Sport é desativado na ignição seguinte. Apesar de ser iluminado, este botão fica em posição muito baixa e fora do campo de visão do motorista; não há indicação de sua ativação no quadro de instrumentos, somente a luz alaranjada do próprio botão.

No 208, o funcionamento do motor 1.0 Turbo Flex é similar aos Fiat que tivemos a oportunidade de avaliar. Ouve-se em patamar moderado o ronco do propulsor (principalmente após 2500 rpm) e, na fase fria de funcionamento, as vibrações são perceptíveis. Se o carro estiver parado com motor ligado, é possível ver os fechos dos cintos tremendo, quando desafivelados. Mesmo assim, está em um patamar bem aceitável em se tratando de um propulsor de três cilindros. É divertido acelerar até cerca de 4 mil rpm e aliviar o pé do acelerador para ouvir o suspiro do turbocompressor. Esta é uma característica que também relatamos na Fiat Strada Ranch Turbo em nossa avaliação. A 100 km/h constantes, o patamar de giros do motor em piso plano e em Drive é de 2000 rpm.

Acelerando mais intensamente, o 208 rapidamente passa a roncar mais alto, e o modo Sport eleva o patamar de rotações do motor. Mantendo a velocidade de 50 km/h, em Drive o conta-giros marca cerca de 1500 rpm, enquanto no modo esportivo a rotação chega a 2000 rpm. O controle de tração (ASR) só pode ser desativado pela tela do sistema multimídia se o carro estiver a até 50 km/h; acima deste patamar, ele é novamente reativado. Com o ASR desativado, os pneus cantam brevemente durante a arrancada.

Ao pressionar ao mesmo tempo o freio e o acelerador, o ponteiro do conta-giros fica em cerca de 2500 rpm. Confira agora os resultados dos nossos testes, realizados em ambiente seguro, com uma pessoa a bordo, gasolina no tanque, ar-condicionado desligado, controles eletrônicos ativados, câmbio em Drive e cronometragem automática pelo aplicativo GPS Acceleration:

Aceleração de 0 a 100 km/h: 9,3 segundos
Retomada de 40 a 80 km/h: 5,6 segundos
Retomada de 60 a 100 km/h: 6,1 segundos
Retomada de 80 a 120 km/h: 7,9 segundos

Condições do teste

Temperatura externa: 29º C
Altitude (estimada): 71 metros
Pressão dos pneus: não disponível
Nível de combustível (aproximado): reserva (90 km de autonomia)
Quilometragem do veículo durante os testes: 4231 km

Com etanol, o 208 registrou o tempo de aceleração de 0 a 100 km/h de 8,7 segundos - três décimos de segundo melhor que o resultado declarado pela Peugeot. Já o resultado com gasolina ficou 0,1 segundo acima do resultado de fábrica.

O consumo de combustível do Peugeot 208 Style Turbo ficou um patamar abaixo dos modelos da Fiat que já pudemos avaliar com este conjunto de motor e câmbio, e o exemplar avaliado apresentou imprecisões na indicação de autonomia e no marcador de combustível - não foram raras as vezes em que o quadro de instrumentos indicava a reserva e inesperadamente o nível de combustível aumentava, fazendo a luz apagar. O indicador de autonomia estimada possui variações de 10 em 10 quilômetros até chegar ao patamar logo abaixo dos 200 km, em que as indicações passam a ser de 5 em 5 km. A luz de reserva se acende a partir de 95 km de autonomia com gasolina e de 75 km com etanol. Quando a estimativa é inferior a 30 km, são apresentados traços. O 208 não gosta de rodar na reserva, e, se for ligado na condição mais crítica, chega a alertar o motorista de 1 em 1 minuto (por bipe e mensagem no quadro de instrumentos) que o nível de combustível está baixo. Mediante um complemento de combustível de pelo menos 5 litros, a autonomia é calculada de novo e apresentada se ultrapassar os 100 km estimados. Já o cálculo de consumo instantâneo de combustível é exibido a partir de 30 km/h. Ao todo, foram 1048 quilômetros percorridos com o 208 Style Turbo.

GASOLINA

Primeiro tanque

Consumo de combustível: 8,6 km/l
Distância percorrida: 341 km
Velocidade média (estimada): 22 km/h

Primeiro reabastecimento, ocorrido com 100 km de autonomia (logo acima da reserva): 27,829 litros

Consumo de combustível: 10,9 km/l
Distância percorrida: 331 km
Velocidade média (estimada): 28 km/h

Total

Consumo de combustível médio: 9,6 km/l
Distância percorrida: 673 km
Velocidade média (estimada): 25 km/h

ETANOL

Primeiro reabastecimento, ocorrido com tanque na reserva: 26,386 litros

Consumo de combustível: 8,5 km/l
Distância percorrida: 198 km
Velocidade média (estimada): 33 km/h

Segundo e terceiro reabastecimento, ocorrido com tanque na reserva: 18,46 litros + 5,28 litros

Consumo de combustível: 7,2 km/l
Distância percorrida: 177 km
Velocidade média (estimada): 24 km/h
Autonomia estimada na devolução: 40 km

Total

Consumo de combustível médio: 7,9 km/l
Distância percorrida: 375 km
Velocidade média (estimada): 25 km/h

Boletim comentado do Peugeot 208 Style Turbo

Design = 9,75

Mesmo mais de três anos depois do seu lançamento no Brasil, o Peugeot 208 ainda atrai muitos olhares - e a versão Style, intermediária, chega a ser mais bonita do que a opção topo-de-linha Griffe. Isso porque as novas rodas de 17 polegadas "Bronx", similares às do 208 GT Line vendido na Europa e parecidas com as do elétrico e-208 GT oferecido no Brasil, casam muito bem com as linhas e as proporções da carroceria. As assinaturas de luzes dos faróis em LED, os vincos marcantes em toda a carroceria, o teto panorâmico, as entradas de ar agressivas, o aerofólio pronunciado e as lanternas com detalhes escurecidos e interligação em preto-brilhante estão entre os outros detalhes que agradam no hatch da Peugeot. Para o ano de 2024, existe a expectativa de uma reestilização para o hatchback da Peugeot, mas as mudanças serão leves e com detalhes que deverão dividir opiniões, como o estilo das rodas. Do jeito que está, já é muito bonito. Sabe aqueles carros que você tem vontade de ficar admirando quando está estacionado? O 208 é assim.

Espaço interno = 8,0

Neste aspecto, bem que o 208 poderia ser melhor. O assoalho para o passageiro dianteiro é verticalizado, o que limita o espaço para os pés; para quem senta atrás, a área para as pernas é apenas suficiente para não encostar os joelhos no banco da frente, e o ocupante do meio precisa lidar com o túnel elevado. Já o espaço para a cabeça é bom em todas as posições. Com 265 litros, o porta-malas é um dos mais compactos deste segmento de hatches, onde Polo, Argo e HB20 são membros do "clube dos 300" (litros); além disso, em todas as versões o encosto do banco traseiro é inteiriço. O porta-luvas é amplo e há uma quantidade razoável de nichos para objetos no console e nos forros de porta dianteiros, incluindo os grandes porta-garrafas e o útil nicho do carregador de celular por indução, que pode ter a tampa fechada ou, quando aberta, ser usada para apoiar o telefone.

Conforto = 9,0

O conjunto de suspensão do Peugeot 208 é uma das características que agradam bastante em sua condução. Mesmo com as rodas de 17 polegadas e os pneus de perfil baixo, o hatch transmite mais conforto do que se poderia esperar. A direção também possui calibração cômoda para a utilização cotidiana, o aparelho de ar-condicionado é eficiente e a ergonomia, de um modo geral, é boa - ainda que alguns comandos fiquem "escondidos" para o motorista. Os bancos oferecem bons apoios laterais, mas poderiam ser um pouco mais compridos na região das coxas.

Acabamento = 8,75

A versão Style traz volante com textura agradável para as mãos, além de bancos em mescla de tecido, suede e material sintético - este último também está presente em volta dos apoios das portas dianteiras. O forro de teto é moldado em tecido macio e há itens emborrachados, como a superfície do carregador por indução e de parte do alojamento para celular, além do fundo dos porta-objetos na parte de trás do console. Há diversas superfícies de plástico rígido no painel, portas e console, mas os plásticos, de um modo geral, são bem-recortados e existem variações de textura para compor um visual mais agradável aos olhos. A superfície texturizada do painel que se estende para as portas dianteiras, por exemplo, é agradável ao tato. Porém, as várias superfícies em preto-brilhante evidenciam demais a sujeira. As peças plásticas são bem-encaixadas e com recortes uniformes, sendo difícil notar rebarbas ou parafusos aparentes.

Equipamentos = 9,0

O pacote de equipamentos do 208 Style inclui uma lista bem-servida de itens de fábrica - entre eles, ar-condicionado automático digital, controlador e limitador de velocidade de cruzeiro, câmera traseira, sensores de ré, teto panorâmico, carregador de bateria de celular por indução, direção elétrica com ajuste de altura e profundidade e chave presencial com partida do motor por botão. Para o segmento de hatches compactos oferecidos no mercado brasileiro, é um pacote bem interessante. Em nossa opinião, bem que o Style poderia ter como opcional um pacote de equipamentos que incluísse os itens da versão Griffe. Ou o 208 topo-de-linha poderia contar, como opcional, com as belas rodas de 17 polegadas do carro avaliado. Fazem falta alguns itens no hatch da Peugeot, como encosto do banco traseiro bipartido e entradas USB direcionadas para os ocupantes traseiros.

Instrumentos, Multimídia & Sistema de Som = 9,0

O quadro de instrumentos i-Cockpit 3D com tela de 10 polegadas e projeção holográfica possui aparência futurista, gráficos sofisticados e animações bem-executadas, enchendo bem mais os olhos do que a instrumentação da versão Allure, com itens analógicos acompanhados de uma tela monocromática para o computador de bordo. Mas, parando para explorar mais atentamente os instrumentos do Style Turbo, é possível perceber que sua informatividade é limitada. Não há um simples monitor de pressão dos pneus (que até o Citroën C3, com sua instrumentação resumida, traz; é um item fundamental para a segurança para exibir se algum pneu necessita de atenção, além de ajudar a poupar combustível adotando a calibragem correta). São quatro modos de visualização, mas apenas três menus de computador de bordo (viagem 1, viagem 2 e informações instantâneas). Ao menos há a indicação individual de porta ou tampa traseira aberta. Além disso, houve imprecisão na marcação do nível de combustível.

O sistema multimídia possui tela de 10,25 polegadas e oferece espelhamento de conteúdo de celular sem fio, reprodução de áudio e vídeo, ajustes de som e acesso a configurações. A mais que o Citroën C3, o 208 traz o menu de operação do ar-condicionado e alguns ajustes adicionais no menu para configuração. Também conta com os botões físicos no volante, que tornam a operação mais prática. A tela também mostra a câmera de ré - os três modos de visualização ajudam nas balizas, mas a imagem possui baixa definição em todas as alternativas de visão.

Por fim, o sistema de som, com quatro alto-falantes e dois tweeters, tem boa qualidade de reprodução. Em baixo volume, transmite nitidez e bom efeito de distribuição espacial. Em volume mais alto, os graves fazem com que a sonoridade não seja tão agradável, exigindo o ajuste da equalização.

Desempenho = 9,5

A entrega de força do 208 Turbo é bem satisfatória, e em um patamar superior ao da maior parte dos hatches compactos. Nas acelerações, é possível perceber o vigor principalmente no momento inicial, ainda que o Peugeot não entregue esta força de forma tão arisca. Com números significativamente maiores de potência e torque diante de seus rivais com motores 1.0 turbinados (Hyundai HB20, Chevrolet Onix e Volkswagen Polo), o 208 é mais ágil. Além disso, o Peugeot também supera os demais modelos da Stellantis com este mesmo motor e câmbio, graças ao menor peso e ao centro de gravidade da carroceria mais baixo. Com o torque atingido desde baixas rotações, o 208 se dá bem com subidas e nas ultrapassagens.

Dirigibilidade = 9,75

O Peugeot 208 é um daqueles carros que deveriam ser o parâmetro de comparação para outros modelos deste segmento, como o Volkswagen Golf era em sua categoria. Mesmo diante de hatches compactos bons de dirigir, o 208 se destaca pela dinâmica excelente, praticamente irretocável: ficamos muito tentados em dar nota 10 ao Peugeot neste aspecto. Só não tira a nota máxima porque ele poderia ter paddle-shifts para as trocas sequenciais de marcha e mais modos de condução (não há o Eco ou outras opções de customização, por exemplo). A direção oferece respostas extremamente previsíveis, a estabilidade em curvas é muito boa e o posicionamento de condução é bastante agradável.

Segurança = 8,5

Em termos de equipamentos de proteção, o Peugeot 208 Style não chega a se destacar diante dos rivais, já que boa parte dos itens de segurança ativa (como alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, comutação automática do facho dos faróis, reconhecimento de placas de velocidade, detector de fadiga e assistente de permanência em faixa), além dos airbags de cortina, só existem na versão topo-de-linha Griffe - poderiam ser disponibilizados também no Style como opcional. O 208 desta avaliação vem com 4 airbags (frontais e laterais nos bancos dianteiros), alerta do não-uso dos cintos dianteiros, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em ladeiras, fixações para cadeirinhas infantis e freios ABS com EBD - que, hoje, são itens encontrados em todos os seus demais rivais. HB20 e Onix trazem airbags de cortina em todas as versões. Avaliado pelo Latin NCAP em dezembro de 2021 sob protocolos de testagem que permanecem vigentes, o 208 vendido no Brasil obteve duas estrelas de cinco possíveis (mesma nota geral, por exemplo, do Fiat Pulse). O hatch da Peugeot obteve as notas de 52% para proteção a adultos, 55% em proteção a crianças, 54% em proteção a pedestres/usuários vulneráveis e 56% em termos de presença de itens de segurança. A estabilidade da carroceria é muito boa, assim como a atuação e modulação dos freios.

Consumo de combustível = 7,25

Neste aspecto, o 208 não foi tão bem quanto os resultados divulgados pelo Inmetro, especialmente com gasolina - o que para nós foi uma surpresa, pois os Fiat PulseFastbackStrada com o mesmo motor 1.0 Turbo que avaliamos anteriormente conseguiram médias significativamente melhores de consumo. Os 9,6 km/l que obtivemos em percursos urbanos ficaram muito distantes dos 12,0 km/l que constam no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro. Já nossa média de consumo de etanol (7,9 km/l) ficou bem próxima da média que aparece no PBEV para esta versão (8,3 km/l). O tanque de combustível tem a capacidade de 47 litros, dentro da média da categoria.

Relação custo-benefício = 9,25

Com o motor 1.0 Turbo Flex e do câmbio CVT, o Peugeot 208 está bastante atrativo no mercado nacional. É uma alternativa que merece ser considerada por quem busca um hatch turbinado que entregue bom desempenho e dirigibilidade agradável para o dia-a-dia - e que não priorize tanto os aspectos de espaço para passageiros na traseira, porta-malas ou altura em relação ao solo (quesitos em que seu primo Citroën C3 se destaca mais). Mesmo quase quatro anos após sua chegada ao Brasil, o 208 continua com visual muito atraente e boa lista de equipamentos de série. É esperada uma reestilização ainda este ano, seguindo o estilo do modelo europeu, mas serão mudanças leves.

A diferença de preço entre o 208 Style Turbo e a versão Allure com o pacote opcional Excellence, que adiciona teto panorâmico, bancos, volante e painéis de porta em couro, apoio de braço para o motorista, travamento e destravamento do veículo pela aproximação da chave, partida do motor por botão no painel, carregador por indução e iluminação de teto na traseira, é de R$ 7.000. Para justificar o valor adicional, a versão Style vem de série com rodas de liga leve de 17 polegadas, faróis Full LED, câmera de ré Visiopark 180º, ponteira de escape cromada, quadro de instrumentos i-Cockpit 3D, interior escurecido, pedaleiras em alumínio, além de bordados em azul nos bancos (em tecido, materiais sintéticos e suede) e nos painéis de porta. Já da versão Style para a Griffe, o pulo é de R$ 5.000, e o 208 passa a ter airbags de cortina, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, alerta de colisão frontal com frenagem de emergência automática, comutação automática do facho dos faróis, reconhecimento de placas de velocidade, detector de fadiga e alerta com correção para permanência em faixa.

Nota Final = 8,9

As notas são atribuídas considerando a categoria do automóvel analisado, os atributos oferecidos pelos concorrentes (diretos ou por aproximação), além das expectativas entre o que o modelo promete e o que, de fato, oferece. Um mesmo carro avaliado duas vezes pode ter sua nota diminuída em uma avaliação posterior, caso não evolua para os níveis de exigência que se aprimoram continuamente no mercado automotivo. Frações de pontuação adotadas: x,0, x,25, x,5, x,75. Em caso de notas com valores fracionados na casa dos centésimos, os décimos da nota do resultado final são arredondados para cima. Critérios - Design = analisado o aspecto estético do automóvel, considerando-se as linhas e formas do veículo, bem como as proporções entre tamanho de rodas e o restante da carroceria, a presença de itens de estilo diferenciados, entre outros detalhes. Espaço interno = julgada a amplitude do espaço para passageiros (dianteiros e traseiros, de acordo com a capacidade declarada do carro), locais para acomodar objetos e bagagem. Conforto = considera o nível de comodidade transmitida pelo conjunto de suspensão e pela operação de transmissão, pedais, alavancas e outros mecanismos, bem como o nível de ruído e de vibrações dentro do automóvel, a posição de dirigir, a ergonomia interna e outras amenidades adicionais. Acabamento = analisada a atenção aos detalhes internos do veículo (encaixes de peças, qualidade dos materiais empregados e padronagens dos revestimentos). Equipamentos = analisam-se itens de série e opcionais disponíveis no automóvel avaliado. Aqui são considerados os equipamentos de conveniência. Instrumentos, Multimídia & Sistema de som = na análise do quadro de instrumentos, são julgados a facilidade de leitura e a disponibilidade de informações. O sistema multimídia do veículo é avaliado de acordo com os recursos disponíveis (espelhamento de tela de celulares, entradas para dispositivos, facilidade de operação do aparelho, visualização de câmeras, etc). Caso o veículo avaliado não possua um sistema multimídia mas disponha de rádio, este aparelho será analisado sob os mesmos critérios. Se o automóvel não dispuser de sistema de áudio, iremos considerar a presença de pré-disposição para som (fiação, antena e falantes). Desempenho = julgadas a aceleração do veículo, as retomadas de velocidade e a entrega de torque e de potência pelo automóvel. Dirigibilidade = são analisados o comportamento em curvas, a manobrabilidade do veículo (incluindo diâmetro de giro e número de voltas de batente a batente do volante) e o funcionamento da transmissão. Segurança = levam-se em conta a visibilidade pelos retrovisores e pela carroceria, a iluminação do veículo, os itens de proteção ativa e passiva, o desempenho nas frenagens (assim como a modulação do pedal do freio) e a presença e facilidade de operação dos assistentes de condução. Consumo de energia/combustível = energia/combustível gasto durante a avaliação e autonomia. Custo-benefício = avaliada a relação de vantagem entre o preço pago e o que o carro entrega.

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