GWM anuncia fábrica no Brasil em maio de 2024 e terá dois novos modelos


A GWM Brasil divulgou nesta quinta-feira (27) como será a operação de sua fábrica em Iracemápolis (SP). O Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em pronunciamento realizado ao lado do CEO Américas da GWM, James Yang, revelou que o início das atividades da fábrica será no dia 1° de maio de 2024.

 


A GWM pretende ser a primeira fabricante do Brasil dedicada exclusivamente à produção de veículos híbridos e elétricos. A partir do primeiro semestre de 2023, haverá o início do projeto de modernização e ampliação da linha de montagem, para viabilizar o aumento da sua capacidade instalada. Os planos da marca preveem que a fábrica de Iracemápolis terá sua capacidade ampliada dos atuais 20.000 veículos por ano para até 100.000 unidades anuais, o que vai possibilitar a geração de aproximadamente 2 mil empregos diretos.

 

Além de suprir a demanda do mercado nacional pelos automóveis da GWM, a linha de produção de Iracemápolis deverá se tornar um polo de exportação de veículos para toda a América Latina. A fábrica brasileira será a quarta base completa de produção da GWM no mundo (e a primeira fora da Ásia - as outras plantas ficam localizadas na China, na Rússia e na Tailândia). 

 

James Yang também antecipou que veículos híbridos flex, com motores a combustão movidos a gasolina e etanol, estarão à disposição dos consumidores brasileiros e da América Latina a partir do próximo ano. Os recursos necessários para a ampliação da fábrica, contratação de funcionários e início da produção fazem parte do plano de investimento de R$ 10 bilhões que a GWM destinou para a operação no Brasil, com prazo de duração de dez anos, anunciado em janeiro do ano passado. Vale lembrar que a marca tem o compromisso de atingir a emissão zero de poluentes em todos os seus mercados mundiais até 2045.

 

A GWM também confirmou que a fábrica de Iracemápolis vai produzir dois veículos: um SUV da linha Tank e uma picape, ambos modelos híbridos, que vão compartilhar plataforma e motorização. Os dois veículos deverão ser exportados para toda a América Latina e já estão tendo suas características adaptadas às preferências do consumidor brasileiro e às condições de rodagem do território nacional - principalmente motorização, suspensão, direção e conectividade.



Um dos modelos que será produzido na planta de Iracemápolis será a picape média Poer (pronuncia-se “póuer”). A GWM Poer foi exibida aos jornalistas e autoridades presentes com uma camuflagem parcial, ocultando o estilo da grade dianteira e o estilo da traseira, indicando que ela já está na fase de desenvolvimento de projeto para atender à legislação e às exigências do mercado nacional. O estilo da picape lembra a versão Cannon Vanta oferecida em mercados internacionais, mas traz detalhes exclusivos para o Brasil, como o estilo da grade dianteira e as molduras dos para-lamas.



A GWM pretende que a Poer seja a primeira picape híbrida produzida no Brasil. A montadora também confirmou que o modelo será flex, podendo ser abastecido com etanol para reduzir suas emissões de dióxido de carbono. A picape Poer será também o primeiro automóvel flex do mundo desenvolvido pela GWM. 

 

A aposta da GWM em modelos com motores flex se explica pelo fato de que a matriz energética elétrica do Brasil hoje é composta por mais de 80% de fontes renováveis, como o etanol - muito superior à média mundial, que é de cerca de 30%. Nos próximos anos, a marca também pretende oferecer uma gama de modelos elétricos e movidos a hidrogênio, além dos híbridos atuais. 


Comentários