A homenagem da Ford ao Dia Internacional da Mulher este ano foi feita de forma no mínimo inusitada. A marca apresentou hoje o SUV Explorer "Men's Only Edition", que não traz um único item desenvolvido por mulheres. Este carro não possui piscas e luzes de freio (as indicações luminosas foram aperfeiçoadas por Florence Lawrence, em 1914), abre mão do GPS (o sistema de geolocalização global se tornou mais acessível graças à dra. Gladys West), vem sem retrovisor (este item começou a surgir nos automóveis na década de 1920, a partir da ideia de Dorothy Levitt) e também não possui Wi-Fi (uma tecnologia que se tornou difundida graças ao trabalho de Hedy Lamarr).
As ações da Ford dedicadas ao Mês da Mulher incluem também a publicação de um painel no seu site e redes sociais homenageando mulheres do presente e do passado que deram contribuições históricas à indústria automotiva e servem para inspirar futuras gerações de inovadoras. Entre as homenageadas estão Dorothée Pullinger, fundadora da Galloway Motors, a primeira montadora de automóveis totalmente feminina, com automóveis especificamente pensados para mulheres, com bancos mais altos, volante de direção menor e espelhos para visão traseira.
Mulheres brasileiras que hoje trabalham em projetos globais no Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford em Camaçari (BA) e em Tatuí (SP) também são destaque. A engenheira elétrica Poliana Rocha (foto acima), que atuou no projeto e liberação de peças da caçamba das picapes pesadas Série F SuperDuty, é uma delas. A engenheira mecânica Silvia Iombriller está à frente de outra área importante: a de desenvolvimento de freios dos veículos comerciais da Ford na América do Norte e o time global de freios a ar. A engenheira mecatrônica Amanda Almeida, supervisora de puxadores, fechaduras e mecanismos, coordena a equipe que desenvolveu as novas maçanetas da tampa da caçamba da Maverick.
Na área de veículos elétricos, a engenheira Júlia Matos (foto acima) trabalha no desenvolvimento do Mustang Mach-E, e Jane Maranhão supervisiona um time de 14 pessoas que trabalham no desenvolvimento de requisitos e indicadores de qualidade para baterias. A química Cristiane Gonçalves, há 19 anos na Ford, participou de pesquisas que geraram quatro patentes de novos materiais para automóveis, incluindo compostos de borracha para mangueiras de combustível resistentes ao biodiesel e polipropileno biorrenovável produzido com cascas de pupunha.
A Ford mantém dentro da empresa um grupo de discussão voltado à equidade, o Women of Ford, para promover um futuro cada vez mais diverso e equitativo. Este mês, além de palestras, foi criada a campanha #EmbraceEquity, destacando a importância do avanço social, econômico, cultural e econômico das mulheres.
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