Há trinta anos, o Volkswagen Logus era apresentado para todo o Brasil. O sedã de duas portas com linhas arredondadas e produzido em São Bernardo do Campo (SP) foi desenvolvido na época da joint-venture Autolatina, concebida com a parceria entre Ford e VW e oficializada no dia 1º de julho de 1987. Mercadologicamente, o modelo que substituiu o Apollo estava em um segmento acima do Voyage e abaixo do Santana.
Lançado em fevereiro de 1993, o Logus era baseado na plataforma da quarta geração do Ford Escort, que deu origem também ao Pointer, hatchback de quatro portas. Os modelos foram os últimos modelos frutos da Autolatina, que acabou desfeita oficialmente em 1º de janeiro de 1996.
No seu curto tempo de produção, o Logus apostou no bom espaço interno: com 4,28 metros de comprimento e distância entre-eixos de 2,52 metros, os passageiros de trás encontravam melhores acomodações, enquanto o porta-malas tinha a capacidade de 416 litros (que chegava a 688 litros com o banco traseiro rebatido). O sedã, que sempre foi produzido somente com duas portas para não tirar vendas do Ford Verona (que foi remodelado em 1993 e passou a ter somente a carroceria de quatro portas), teve inicialmente as versões CL 1.6, CL 1.8, GL 1.8 e GLS 1.8. Na opção topo de linha havia mimos como alarme acionado ao trancar o veículo, vidros elétricos com função um-toque e sistema anti-esmagamento, toca-fitas digital com equalizador e ar-condicionado.
No quesito de mecânica, o Logus trazia sob o capô os motores 1.6 a gasolina ou a álcool de origem Ford ou a família 1.8 AP, este com 86 cavalos e 14,5 kgfm de torque. O carburador eletrônico das versões mais simples dispensava afogador, mantendo a marcha lenta estável, enquanto o câmbio manual de cinco marchas trazia os engates acionados por cabos, ao invés de varões. Nas versões mais completas, o modelo contava com a injeção eletrônica de combustível disponível.
Na linha 1994 chegou a versão GLS 2.0, com potência de até 113 cavalos e trazendo CD Player como opcional. Logo em seguida estreava a série especial Wolfsburg Edition, diferenciada pelo apelo mais esportivo e com cores exclusivas, em homenagem à sede da Volkswagen na Alemanha. Após 125.332 unidades fabricadas, a produção do Logus se encerrou em dezembro de 1996.
A Garagem VW possui um exemplar do Logus produzido em 1995. O modelo, na versão intermediária GL, tem a carroceria pintada na cor Azul Riviera e interior com bancos em tear Guaecá Cinza. Debaixo do capô está o motor 1.8 AP. A unidade traz itens como iluminação interna temporizada, travamento elétrico das portas e vidros com acionamento elétrico. O exemplar da Garagem VW rodou cerca de 3 mil quilômetros em sua trajetória de carro de testes do departamento de Engenharia da Volkswagen do Brasil.
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