A Nissan confirmou recentemente que a oitava geração do Sentra estreia no mercado brasileiro no mês de março. O sedã médio é produzido desde o ano de 1982 e foi um dos primeiros produtos da empresa japonesa a ser comercializado com a marca Nissan nos Estados Unidos (antes, havia a subsidiária Datsun), tomando o lugar do sedã 210. Inicialmente, o Sentra chegava importado do Japão, mas posteriormente passou a ser produzido no México e nos Estados Unidos.
O sedã foi vendido com diferentes nomes pelo mundo, como Sunny (de 1982 a 2006), Tsuru (de 1984 a 2017), Sylphy (de 2013 até hoje), Pulsar (entre 2013 e 2017) e Lucino (de 1994 a 2000). Sentra é uma palavra derivada do grego “kentron”, que significa “centro”. No Brasil, a trajetória do sedã começou no ano de 2004, quando passou a ser importado oficialmente para o nosso mercado. Confira um pouco mais sobre as gerações do Sentra:
1ª Geração - B11 (1982)
A primeira geração do Sentra foi vendida de 1982 a 1986 nas carrocerias sedã de duas ou quatro portas, perua (quatro portas) e Hatchback Coupé (duas portas), com as opções de motor 1.5 a gasolina, 1.6 a gasolina ou 1.7 a diesel, todos com quatro cilindros em linha. Já as opções de transmissão eram: manual de 4 marchas, manual de 5 marchas ou automática de 3 velocidades. Em maio de 1985, o modelo passou a ser fabricado em Smyrna (Tennessee), nos Estados Unidos, chegando a representar cerca de 22% das vendas da marca na América do Norte em 1986. Esta primeira geração também foi produzida em Zama, no Japão, e em Cuernavaca, no México, onde se chamava Tsuru e ficou em linha até 1987.
2ª Geração - B12 (1987)
Nessa primeira remodelação, as opções de carroceria eram: Sport Coupé (duas portas), sedã (duas ou quatro portas), hatchback (duas portas) e perua (quatro portas). A suspensão independente nas quatro rodas, já presente na geração anterior, foi radicalmente modificada, e em alguns mercados o modelo passou a ter freios a disco nas quatro rodas. No México, foi batizado de Nissan Tsuru II. O cupê foi batizado de Nissan Hikari. Em 1988, foi lançada no mercado mexicano uma versão esportiva rara, a Turbo EGI, que trazia motor 1.6 turbinado com injeção eletrônica de combustível. A segunda geração também foi exportada para alguns mercados da América Central e do Sul, como Peru, Chile e Bolívia. No Chile, o carro mexicano recebeu o emblema Sentra.
3ª Geração - B13 (1990)
O design ganhava formas mais aerodinâmicas e arredondadas. Resistiram somente as carrocerias cupê de duas portas e sedã de quatro portas, com opções de câmbio manual de quatro ou cinco marchas e automática de três ou quatro velocidades. Entre as opções de motor, havia o 1.6 com injeção eletrônica de combustível que desenvolvia até 126 cavalos. Tinha as versões básica (sem nome próprio), E, XE, SE e GXE. Alguns exemplares desta geração do Sentra chegaram a ser importadas de forma independente para o Brasil em 1991, logo depois da reabertura do mercado aos veículos estrangeiros, mas as operações na época não eram gerenciadas pela matriz.
Em 1993, o modelo recebeu uma reestilização leve que incluiu novidades na dianteira e na traseira, bem como atualizações internas; além disso, o airbag do motorista de série para a versão topo de linha GXE e como opcional para as opções mais simples. Esta também foi a primeira geração do Sentra SE-R, esportivo que chegou na carroceria de duas portas com motor de 140 cavalos. O desempenho era animador: a aceleração de 0 a 100 km/h era feita em 7,6 segundos. O Tsuru mexicano baseado nesta terceira geração do Sentra foi fabricado até maio de 2017.
4ª Geração - B14 (1995)
O nome Sentra foi mantido apenas para o sedã de quatro portas, e a suspensão traseira independente foi substituída pelo conjunto com eixo de torção. Tanto o motor 2.0 de 140 cavalos quanto o 1.6 vinham com correntes de distribuição ao invés de correias dentadas - algo que os modelos da marca japonesa mantêm até hoje. Em 1998, recebeu atualizações na grade dianteira e nas lanternas na traseira, além de rodas de liga leve de 14 polegadas (na versão topo de linha GXE). Também houve as edições especiais SE e Special, que vinham com rodas de liga leve de 15 polegadas. No ano de 1999, a grade frontal foi novamente redesenhada.
5ª Geração - B15 (2000)
A distância entre-eixos permaneceu idêntica à da geração anterior (2,535 metros), mas o redesenho da carroceria fez o Sentra passar pela primeira vez da fronteira dos 4,50 metros de comprimento. Construído sobre a plataforma Nissan MS, as suas opções de motor eram: 1.8 de quatro cilindros com 126 cavalos e transmissão automática de quatro marchas ou câmbio manual de cinco marchas, e o 2.5 quatro cilindros de 165 cavalos de potência (que passavam para 175 cv na versão esportiva SE-R Spec V), propulsor que originalmente foi criado para o Altima, de maior porte. O Sentra SE-R Spec V tinha bancos inspirados nos do Nissan Skyline e um volante de maior diâmetro revestido de couro.
A Nissan atualizou o Sentra para o ano-modelo de 2004, que apresentava leves mudanças de design interior e exterior – essa versão foi a que estreou no mercado brasileiro em outubro de 2004, a tempo de ser apresentada no Salão do Automóvel de São Paulo daquele ano. Com estilo bastante conservador, o sedã trazia motor 1.8 de 115 cavalos e câmbio automático de 4 marchas. A lista de equipamentos da versão única GXE incluía ar-condicionado, rádio com CD Player, chaveiro com comandos de travamento e destravamento das portas, airbags frontais, freios ABS, faróis de neblina e rodas de liga leve.
Em mercados onde o Sentra ou o Sunny não eram vendidos, como no Japão, a Nissan oferecia um modelo semelhante chamado Bluebird Sylphy. Na Europa, este modelo era conhecido como Almera e, na Austrália e Nova Zelândia, como Pulsar.
6ª Geração - B16 (2006)
Em 2007, chegou ao mercado brasileiro a sexta geração, conhecida pelo slogan "Não tem cara de tiozão" de seu comercial de lançamento. Além do estilo mais anguloso e robusto, com traseira curta, o Sentra passou a ter motor 2.0 de 142 cavalos, que passou a aceitar álcool e gasolina a partir de 2009. A versão SE-R chegou a ser cotada para ser comercializada em nosso País, numa época em que Civic Si e Golf GTI polarizavam as atenções dos fãs de esportivos. Apenas duas unidades do modelo foram trazidas para apresentações e uso interno da Nissan, sendo um exemplar da versão Spec V.
Na linha 2010, o Sentra recebeu um discreto face-lift, que alterou grade frontal, para-choque dianteiro e rodas. O sedã posteriormente passou a ter séries especiais como a SR (2011), a Unique (2011) e a Special Edition (2012), além de receber novos equipamentos.
7ª Geração - B17 (2013)
Para essa geração, a Nissan decidiu que Sentra e Sylphy seriam um único modelo - mudaria apenas o nome, a depender do mercado. O sedã foi revelado no Salão de Pequim de 2012 como Nissan Sylphy. O desenho da carroceria foi pensado para ser aerodinâmico e trazia destaques como a presença de luzes de LED nos faróis e lanternas. Já a parte interna ficou mais sofisticada em seu acabamento, trazendo o material macio ao toque na porção superior do painel que a geração anterior dispensou. Tinha ainda itens inéditos como a chave presencial i-Key, botão de ignição e ar-condicionado automático digital com duas zonas de temperatura.
Em outubro de 2013 chegou ao Brasil o Sentra de sétima geração, com motor 2.0 Flex Fuel de 140 cavalos e diversas melhorias, como o porta-malas ampliado de 442 para 503 litros e os novos equipamentos. A partir de 2015, passou a ter a série Unique e a dispor de controles eletrônicos de tração e estabilidade.
A última grande mexida no Sentra em nosso mercado ocorreu em maio de 2016, quando foi reestilizado e ganhou equipamentos. Passou a ter somente versões com câmbio automático (S, SV e SL). Em junho de 2018, a Nissan passou a equipa-lo com a central multimídia Multi-App. No Brasil, esta geração do Sentra deixou de ser oferecida no ano de 2021.
8ª Geração (B18) - 2019
O interior do Sentra também incorporou formas mais fluidas e radicais em relação à geração anterior. O volante passa a ser semelhante ao do Kicks e Versa, com aletas para trocas de marcha sequenciais. O quadro de instrumentos lembra muito o da nova Frontier, e mescla informações digitais e analógicas. A tela colorida do computador de bordo ficou maior em relação à geração anterior (cresceu de 5 para 7 polegadas). Já a tela sensível ao toque de 8 polegadas do sistema multimídia, antes embutida no centro do painel, passa a ficar saltada e assume posição de destaque.
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