20 de janeiro é o Dia Nacional do Fusca, e, por ocasião desta data especial, a Volkswagen recebe membros de clubes do modelo pela primeira vez na Garagem VW. O acervo da marca conta com três unidades raras do querido besouro. Mais de 3,1 milhões de unidades do modelo foram vendidas no Brasil, e estima-se que 1,7 milhão de exemplares do Fusca continuam circulando no País.
Quando a Volkswagen do Brasil produziu o primeiro Fusca nacional, em 1959, o carismático modelo era oficialmente chamado de Sedan. O modelo que saía da linha de produção da fábrica Anchieta já era diferente do modelo trazido da Alemanha completamente desmontado (CKD) e montado no Ipiranga a partir de 1953. Uma das novidades para o modelo brasileiro foi a introdução de uma barra estabilizadora para o eixo dianteiro. Na ocasião, o Fusca tinha um índice de nacionalização de 54%. Em seu primeiro ano de produção, o Fusca vendeu 8.406 unidades e, a partir de 1962, já era líder do mercado, com um total de 31.014 unidades - o Fusca manteria a liderança no mercado de automóveis novos por 23 anos.
No Dia Nacional do Fusca, a VW recebe membros do Fusca Clube do Brasil e Fusca Club ABC, e apresenta três unidades do seu acervo na "Garagem VW - parte II", inaugurada em dezembro de 2022.
Conheça detalhes sobre os Fuscas da Garagem VW:
Fusca 1986, o último antes do hiato
Este exemplar, que saiu diretamente da linha de produção para o acervo, está entre os últimos fabricados na “primeira fase” do modelo, que foi de 1959 a 1986. Esse Fusca vermelho traz o motor de 1600 cm³ movido a álcool.
Fusca 1993, o "Itamar"
Fora de linha desde o fim de 1986, o Fusca voltaria a ser fabricado em 1993. Seu renascimento, inédito no mundo, veio de um pedido do então presidente da República, Itamar Franco, que via na retomada da produção um caminho para a geração de empregos e um estímulo econômico no setor de automóveis. Um plano de isenção tributária foi especialmente moldado à motorização refrigerada a ar, beneficiando Fusca e Kombi.
O exemplar, de chassi número 9BWZZZ11ZPP000001, é justamente o primeiro exemplar produzido na segunda fase de manufatura e o mesmo veículo apresentado a Itamar Franco na celebração do retorno da produção.
Cabelos ao vento no Fusca 1996
Em 1996, três anos após ter sua produção retomada a pedido do então presidente da República, Itamar Franco, o Fusca deixaria novamente de ser fabricado na Planta Anchieta. Para a aposentadoria definitiva no Brasil, a Volkswagen criou a Série Ouro: eram 1.368 exemplares diferenciados dos demais Fuscas "Itamar", que traziam faróis auxiliares, lanternas escurecidas, logotipo diferenciado nas laterais e a plaqueta "Fusca", no capô traseiro, em dourado.
No interior, havia bancos com o mesmo material do revestimento do Pointer GTI, volante de dois raios do Gol "Bola", quadro de instrumentos com fundo branco e vidros verdes. Encerrada a produção do Série Ouro, outros três exemplares foram convertidos em conversíveis pela Sulam (tradicional transformadora de veículos fundada em 1973). O último desses carros, com chassi número 9BWZZZ113TP006623, pertence ao acervo histórico da Volkswagen do Brasil. Pintado na cor branca, com capota preta, este exemplar traz o motor 1600 cm³ a gasolina, com uma particularidade: a injeção de combustível que nunca foi adotada no Brasil, mas que existia no modelo para o mercado mexicano, onde era chamado de "Vocho".
Carro que iniciou as operações da Volkswagen no Brasil, em 1953, ele começou a ser montado em um galpão no bairro do Ipiranga. Seu motor tinha 1200 cm³. A partir de 1959 começou a ser fabricado no País, já na unidade conhecida como Anchieta, até 1986.
Durante todo esse período, o Volkswagen Sedan foi equipado com diferentes versões do motor quatro-cilindros boxer refrigerado a ar – o câmbio foi sempre manual de quatro marchas e a tração, traseira. Primeiro, o motor passou de 1200 cm³ para 1300 cm³, a partir de 1967, com 45 cv brutos. Em seguida, ganhou a versão de 1500 cm³, introduzida em 1970, com 52 cv brutos. A potência veio associada à bitola traseira 6,2 centímetros maior, o que alterou o porte do modelo e lhe rendeu o apelido de "Fuscão".
A versão de 1600 cm³ viria em 1974, com dupla carburação, que rendia 65 cv brutos. Essa mudança veio acompanhada de aumento na bitola dianteira, além de para-brisa maior, ventilação interna e pisca-alerta.
Ao longo dos anos foram sendo introduzidas melhorias, como coluna de direção bipartida, duplo circuito de freios independentes e comando do limpador de para-brisa na coluna de direção (1977), volante de polipropileno texturizado, lanternas traseiras grandes e arredondadas apelidadas de "Fafá"(1979), aquecimento interno e ignição eletrônica (1983), entre outros avanços. O modelo teve também várias leves reestilizações e séries especiais, como a Prata, de 1979.
O nome foi oficialmente substituído por Fusca em 1983. Em 1984, o modelo ganhou freios a disco no eixo dianteiro e passou a ser produzido apenas com motor 1600 – no ano seguinte, receberia a opção movida a álcool. Sua produção foi retomada em 1993 e durou até 1996.
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