CAOA Chery segue negociações com sindicato de trabalhadores da fábrica de Jacareí



No último dia 05 de maio, a CAOA Chery anunciou a paralisação das atividades de sua fábrica em Jacareí (SP) por tempo indeterminado e a intenção de readequar esta linha de produção para a fabricação de automóveis eletrificados (híbridos ou 100% elétricos). Hoje (14 de maio), a marca emitiu nota à imprensa especializada, informando que noticiou ao Sindicato de Trabalhadores a necessidade de uma longa interrupção de suas atividades produtivas na fábrica de Jacareí, com a consequente readequação de seu quadro de empregados.

A CAOA Chery reforça que a alteração do estabelecimento de Jacareí (e de seu maquinário) decorre do contexto internacional da Chery e, também, da necessidade da empresa em se adequar a novas tecnologias, visando contar com uma linha de veículos totalmente eletrificada até o final de 2023.



A montadora afirma que propôs à entidade sindical a negociação de uma indenização aos trabalhadores, adicional à integral quitação das verbas legais decorrentes das rescisões dos contratos de emprego. O Sindicato de Trabalhadores acabou se opondo à oferta da CAOA Chery, e apresentou uma contraproposta pleiteando o estabelecimento de um lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) de 5 meses (com três meses de estabilidade).

A CAOA Chery garante que os seus empregados vêm recebendo seus salários desde março de 2022, mesmo com a extinção das atividades da fábrica de Jacareí. Na época da decisão (segundo a marca, sempre em constante negociação), outro lay-off já havia sido proposto pelo Sindicato de Trabalhadores, mas a marca aguardou a complementação de seus estudos, buscando a negociação efetiva. Como não será possível retomar as atividades da fábrica da forma como ela se encontra, a montadora considera que o sistema proposto não corresponde à realidade fática em questão.

Diante da insistência do Sindicato de Trabalhadores na contraposta do lay-off, a CAOA Chery ratifica que as partes não devem utilizar tal expediente, pois a restruturação do estabelecimento e do maquinário demandarão um maior espaço de tempo (embora não esteja definido um prazo para isto). A montadora afirma que o lay-off, admitido na atual legislação trabalhista brasileira, destina-se aos casos de suspensões das atividades com rápida retomada da produção e do trabalho. Sendo assim, a CAOA Chery considera que não devem as partes usar desse expediente utilizando-se de benefícios e de verbas públicas para remunerar seus empregados, quando têm a ciência prévia de que não retomarão as atividades em curto espaço de tempo.

A CAOA Chery afirma que segue as negociações e que está disposta a apresentar propostas econômicas efetivas e mais vantajosas aos empregados. A marca solicitou ao Sindicato de Trabalhadores que submeta aos seus representados a proposta de indenização adicional aos empregados, que poderá alcançar o teto máximo de 15 salários-base para os empregados que contem com sete anos ou mais de empresa no dia 01/03/2022, e, no mínimo, 7 salários (para aqueles com até dois anos de contrato). A marca declara que aguarda para o início da semana a resposta do sindicato e de seus representados. Por fim, a CAOA Chery é enfática ao dizer que, caso mantido o impasse com custos adicionais, a empresa será obrigada a declinar a proposta.

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