Nos últimos dois anos, a linhagem da Nissan passou por mudanças significativas. Foram promovidas renovações em três dos quatro modelos do atual line-up da marca: o Versa estreou sua nova geração em novembro de 2020, enquanto o Kicks foi reestilizado em fevereiro de 2021 e a nova Frontier é apresentada agora em sua linha 2023. O hatch médio elétrico Leaf, disponível no nosso País há três anos, passou a ser vendido em mais concessionárias em território nacional a partir do ano passado. Durante os últimos anos, outros modelos deixaram de ser fabricados ou importados, como March, Versa V-Drive, Sentra e GT-R. E a Nissan aproveitou o evento de lançamento da Frontier 2023 e a presença de jornalistas brasileiros e argentinos entre os dias 04 e 06 de abril para antecipar alguns de seus planos futuros e investimentos para o mercado brasileiro e sul-americano.
Se tornou um chavão na indústria automotiva utilizar expressões como "mais do que um novo carro, o modelo X representa uma nova marca". Mas, no caso da Nissan, a estratégia que se inicia com o lançamento da Frontier 2023 de fato é o prenúncio de uma nova e ambiciosa fase, em que a montadora almeja fortalecer a participação de mercado em todos os segmentos em que atua e fechar este ano-fiscal de 2022 com maior market share do que em 2021.
O CEO global da Nissan, Ashwani Gupta, e o presidente da Nissan da América do Sul, Guy Rodriguez, anunciaram diversos investimentos para a região: a fábrica de Resende (RJ), que produz o Kicks e o motor 1.6 Flex Fuel, receberá um aporte de US$ 250 milhões e começará a operar em segundo turno, garantindo emprego para mais 578 funcionários. O dinheiro será aplicado na modernização da linha de produção e também no desenvolvimento de novos produtos, visando expandir a fábrica fluminense como um hub de exportação.
Já a fábrica de Santa Isabel (Córdoba, Argentina), que produz a Frontier, também começa a operar em segundo turno, empregando mais 550 pessoas e suprindo à demanda adicional pela nova picape, que teve sua gama de versões ampliada de quatro para seis opções.
Os anúncios deste novo ciclo de investimentos são coerentes com o avanço na performance de vendas da Nissan na América Latina. No ano-fiscal de 2021, houve um crescimento de 19% em vendas em relação ao ano anterior, sendo 26% na Argentina, 6% no Brasil, 36% no Chile e 79% no Peru. De acordo com a marca, o Kicks teve 47.638 unidades comercializadas no ano-fiscal de 2021, sendo 42.462 delas vendidas no Brasil e mais 6.965 exportadas. Já a Nissan Frontier teve 25.743 exemplares vendidos ao longo do último ano-fiscal, sendo 18.641 delas distribuídas no mercado local e mais 12.457 exportadas.
Um exemplar do crossover elétrico Nissan Ariya fez uma aparição surpresa durante a conferência de imprensa organizada pela montadora em Puerto Iguazu, Argentina. Trata-se de um modelo de especificação japonesa (inclusive com volante à direita) e de porte médio, que rivaliza com o Volkswagen ID.5. O Ariya, que é produzido em Tochigi (Japão) desde janeiro deste ano, está nos planos futuros da marca, mas por enquanto ainda não há data definida para a comercialização do modelo em nosso mercado. Existem duas opções de conjunto motriz para o modelo: uma com bateria de 65 kWh e autonomia entre 430 a 450 quilômetros, e outra com 90 kWh e autonomia de 580 a 610 km.
A marca não esconde a ambição de ser líder no segmento de veículos elétricos, animada com o bom desempenho em vendas alcançado pelo hatch médio Leaf: ele fechou o ano de 2021 como o automóvel elétrico mais vendido do Brasil, da Argentina e do Chile. A Nissan segue no propósito de "desmistificar" os veículos zero emissão, inclusive em relação ao carregamento das baterias, que pode ser feito em casa sem maiores contratempos.
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