O plano original da Great Wall Motor (GWM) era revelar a atualização da terceira geração do SUV Haval H6 no Salão de Pequim, previsto para 21 a 30 de abril próximos. Mas o evento foi adiado para junho em razão de um surto inesperado e localizado de Covid-19 na China. Há 11 anos o H6 é o SUV médio mais vendido no maior mercado de veículos do mundo.
A estratégia para o
Brasil não se alterou. Importação do H6 começa neste segundo semestre e produção
em Iracemápolis (SP) um ano depois. Na realidade o carro já está aqui e inicia
agora os testes de rodagem para acertos finais de suspensão, além de
equipamentos específicos para o País. A GWM revelou foto do carro camuflado e
suas dimensões: 4,65 m de comprimento, 1, 89 m de largura e 2,74 mm de entre-eixos.
Porte semelhante ao Equinox, RAV4 e Tiguan, entre outros.
Sua motorização híbrida plugável apresenta característica inédita: bateria com alcance de 200 km, ou seja, o dobro em relação aos melhores deste segmento em nível mundial. Haverá também um híbrido convencional com preço atraente. O H6 não terá versão só com motor a combustão.
Queda de vendas acentuada no primeiro trimestre
Apesar de março ter
três dias úteis a mais que fevereiro, os emplacamentos de veículos leves e
pesados no primeiro trimestre deste ano (405.616 unidades) foram 23,1%
inferiores ao mesmo período do ano passado (527.827 unidades), de acordo com a
Fenabrave. O resultado refletiu a escassez de semicondutores, guerra entre
Rússia e Ucrânia, aumento de preços dos combustíveis e das taxas de juros.
“Tudo isso impacta
nas decisões de compra”, afirmou José Andreta Jr., presidente da entidade. Entretanto,
manteve a previsão de crescimento das vendas este ano de 4,6% sobre 2021. No
final do segundo trimestre haverá uma revisão.
Fiz uma sondagem
junto a alguns consultores. A maioria prevê crescimento zero do mercado de
veículos como melhor hipótese para este ano bem complicado nos campos político
e econômico, não só no Brasil. No final do mês passado, o governo acenou com
mais uma redução nas alíquotas do IPI.
Caso a diminuição no IPI venha mesmo, a Bright Consulting estima uma queda teórica nos preços dos carros com até 1 litro de cilindrada de 1,2% (em março) para 1,7% (em abril). O desconto para veículos acima de 2 litros a gasolina subiria de 4,1% para 5,3%, mas estes representam apenas 2% das vendas.
Compass híbrido: desempenho e preço altos
Importado da Itália,
o Compass S 4xe é o primeiro dos modelos híbridos plugáveis que a Jeep pretende
trazer para o Brasil. Numa primeira avaliação, o motor 1,3 L turbo de 180 cv/27,5
kgf.m (só gasolina) e outro traseiro elétrico de 60 cv/25,5 kgf.m entregam
acelerações muito boas mesmo com o peso adicional de 319 kg. São 240 cv de
potência combinada. A Jeep indica 0 a 100 km/h em 6,8 s.
Alcance puramente
elétrico é de 44 km, porém um segundo motor elétrico acoplado ao a combustão
pode atuar como gerador no modo e-Save e recarregar automaticamente até 80% da
bateria de tração.
Consumo urbano, 25,4
km/l; rodoviário, 24,2 km/l. Com tanque de apenas 36,5 litros pode rodar até
927 km (cidade) e 883 km (estrada) uma vantagem de 47% e 21%, respectivamente,
frente ao Compass tradicional usando gasolina.
Como todo híbrido plugável o preço é alto, próximo ao de um elétrico puro: R$ 349.990.
Frontier evolui em estilo e segurança
A modernização
estilística da Frontier era mais do que necessária e a Nissan fez um bom
trabalho ao harmonizar grade e novo conjunto óptico em um conjunto imponente.
Agora há seis versões, das quais três inéditas, incluindo a Pro-4X de apelo off road. É a primeira picape a oferecer
teto solar. Os dois motores a diesel disponíveis não mudaram, mas os amortecedores
são novos. Há quatro modos de condução inclusive para a função reboque.
Destaca-se o pacote
de tecnologias inteligentes que melhoram a segurança ativa. Entre os recursos
mais úteis está o alerta de colisão frontal que monitora até dois veículos à
frente. Juntamente com o assistente inteligente de frenagem diminui a
possibilidade de engavetamento.
Os preços se mantiveram: R$ 230.190 a 314.590
AMG dá outra alma aos Mercedes GLA e GLB
São dois SUVs – GLA,
de cinco lugares e GLB, de sete – com o toque inconfundível de um Mercedes-AMG.
Distâncias entre-eixos de confortáveis de 2,73 m e 2,83 m, respectivamente. Fáceis
de reconhecer pela grade dianteira de frisos verticais, novos para-choques, rodas
de 21 pol., defletor de teto e saídas de escapamento ovais.
Motor é o 2-litros
turbo de 306 cv e robustos 40,6 kgf.m. Tração integral 4Matic sob demanda (só
dianteira ou até 50% para cada eixo) com câmbio automatizado de duas embreagens,
oito marchas. Há cinco modos de condução: conforto, piso escorregadio, Sport, Sport
+ e individual. A fábrica informa aceleração de 0 a 100 km/h em 5,2 s e 5,3 s
(GLA e GLB, respectivamente) com controle de largada.
O GLA na pista do Haras Tuiuti reagiu de forma mais precisa nas curvas. Tem 100 kg a menos de massa total frente ao GLB. Preços: R$ 494.900 e 504.900, respectivamente.
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