Audi Q5 Sportback S line Black 2.0: como anda o SUV com pegada de Coupé

Texto e fotos | Júlio Max, de Teresina - PI

Utilitário de médio porte derivado da plataforma do A4, o Audi Q5 já possui um significativo tempo de mercado no Brasil. A primeira geração do modelo foi comercializada entre 2009 e 2017. Em seguida, chegou ao mercado a sua segunda geração, que passou por uma reestilização apresentada ao nosso País em meados de 2021, passando a ter dois tipos de carroceria: SUV e Sportback (este último também é um SUV, mas com traseira que incorpora uma curvatura mais suave, ao estilo dos cupês). Nós do Auto REALIDADE já havíamos feito uma postagem com os detalhes da versão de entrada Prestige do Q5 SUV. Agora, relatamos para você as impressões ao dirigir o SUV em sua versão S line Black Sportback!

A gama de versões do Q5 Sportback se diferencia da linhagem do Q5 pelo fato do SUV-cupê não dispor da opção básica Prestige. Em ambas as carrocerias, é possível escolher entre as versões S line e S line Black. Ambas compartilham entre si o motor, câmbio e demais componentes mecânicos, diferenciando-se pelos detalhes de estilo e pelo pacote de equipamentos.


Vistos de frente, o Q5 SUV e o Q5 Sportback se diferenciam por detalhes como o formato das entradas de ar da grade octogonal e o estilo das molduras laterais do para-choque dianteiro. A largura da carroceria, as bitolas, a distância entre-eixos, o balanço dianteiro e até a distância entre a abertura do porta-malas e o solo são exatamente as mesmas entre as duas carrocerias, que são concebidas sobre a plataforma modular MLB Evo do grupo Volkswagen. O que muda entre os modelos é a altura (o Sportback é 0,2 centímetro mais baixo) e o balanço traseiro (esticado em 0,7 cm no Sportback), que interfere no comprimento total da carroceria (de 4,689 metros no Sportback e 4,682 m no SUV).


Os faróis do Q5 são Full LED em todas as versões, agora com formato menos trapezoidal do que no modelo anterior, e incorporam a tecnologia Matrix, que reconhece a presença de outros veículos no trânsito e pode diminuir parte de seu facho para não ofuscar outros condutores. Os LEDs estão presentes nas luzes de condução diurna, farol baixo, farol alto, luzes de posição, luzes de seta dinâmicas, iluminação de conversão estática, luzes de estacionamento (iluminação frontal ao dirigir em marcha-a-ré) e faróis de longo alcance; além disso, as luzes possuem regulação automática e dinâmica. Uma funcionalidade interessante é que, a partir da rota determinada pelo GPS, a iluminação em curvas já é preparada momentos antes do volante ser esterçado. Outro recurso é o temporizador dos faróis (Coming/Leaving Home), que mantém os faróis acesos logo após o SUV ser destravado e também alguns segundos após o desligamento da ignição. Também há limpadores dos faróis e, na traseira, luzes de seta dinâmicas e LEDs para as luzes de ré, placa, freio e lanternas.


A versão S line Black se diferencia ao trazer rodas de 20 polegadas assinadas pela Audi Sport com pneus 255/45 Michelin Latitude Sport 3, além de capas dos retrovisores externos, rack de teto, frisos dos para-choques, molduras das janelas e insertos das soleiras externas em preto brilhante (na versão S line, o rack de teto é em alumínio, as rodas são de 19 polegadas e os frisos em torno das janelas são cromados). 


Atrás, um friso na tampa do porta-malas "une" as lanternas. A traseira do Q5 Sportback traz uma inclinação maior na tampa do porta-malas, cujo vidro é envolto por molduras para melhorar a aerodinâmica da carroceria. As lanternas com luzes de seta dinâmicas são semelhantes às do Q5 SUV (em ambos, estas peças levantam junto com a tampa do porta-malas), mas o para-choque do Sportback é mais arrojado, trazendo duas protuberâncias na parte inferior que lembram extratores de ar e acomodam alguns dos sensores de estacionamento traseiros. Assim como no Q5 SUV, o para-choque traseiro conta com lanternas e piscas complementares, que se acendem quando a tampa do porta-malas está aberta.


Internamente, é possível escolher entre bancos em bege e painel em preto e bege, bancos em cinza com painel em preto e cinza, bancos em marrom e painel preto ou bancos em preto com painel preto, como no carro do test-drive. Em termos de acabamento, o Q5 possui forro de teto moldado em tecido preto, materiais macios ao toque na parte superior do painel e nas portas dianteiras e traseiras (na parte superior e até em áreas mais inferiores), além dos fundos dos porta-objetos emborrachados nas portas dianteiras e no console central, bem como veludo revestindo o porta-luvas e o porta-objeto com tampa à esquerda do painel, carpete em todo o porta-malas e couro revestindo bancos, volante, apoios de braço e insertos nas portas.


O quadro de instrumentos Audi virtual cockpit com tela de 12,3 polegadas pode ser visualizado em três layouts: Clássico, S Performance e Dinâmico, alternados pela tela do sistema multimídia. Cada modo tem mais duas formas de visualização, alternadas pelo botão "View" do volante: o conta-giros e velocímetros podem ficar maiores ou aparecerem em menor escala para abrir espaço para as informações que aparecem ao centro. No modo clássico, conta-giros e velocímetro assumem a aparência de instrumentos analógicos (circulares e com "ponteiros"). No modo esportivo, estes dois instrumentos assumem a forma de duas barras horizontais (caso estejam "minimizados") ou, no modo maximizado, o conta-giros é exibido como prioridade em uma escala crescente e engloba informações como o velocímetro e a posição do câmbio. Já no modo dinâmico, conta-giros e velocímetro são exibidos em barras contrapostas (o conta-giros "evolui" da direita para a esquerda, de modo inverso ao velocímetro).

Entre as diversas informações exibidas na tela do quadro de instrumentos, estão: indicação individual de porta aberta (inclusive porta-malas), ícones relacionados ao uso (ou não) dos cintos de segurança, monitor de pressão dos pneus, temperatura externa e indicações do nível de combustível e temperatura do líquido de arrefecimento do motor. Além disso, a parte central da tela exibe os seguintes menus:

  • Display do computador de bordo: exibe data e hora, consumo de combustível médio e gráfico de consumo instantâneo, informações de "memória de curto prazo" (que apaga as informações coletadas depois de 2 horas após a última ignição) e "memória de longo prazo", que acumula as informações (cada memória registra sua distância percorrida, tempo de viagem, velocidade média e consumo médio), além do "consumo conforto" (mostra qual equipamento do carro está afetando mais o seu consumo de combustível; normalmente, é o ar-condicionado).
  • Display de alertas: exibe informações que devem ser verificadas pelo motorista.
  • Display do rádio: mostra as frequências e nomes das rádios, permitindo alternar entre elas.
  • Display do telefone: caso conectado, ele exibe informações do celular pareado.
  • Display do GPS: permite conferir o mapa do entorno do veículo.

O Q5 coloca em posição de destaque a central multimídia com tela sensível ao toque, que possui 10,1 polegadas. Ela traz layout semelhante ao de outros Audi mais recentes, como Q3 e Q7, e dá um feedback de toque e som quando é clicada. Com isso, foi eliminado o antigo touchpad com botões de atalho, que virou um porta-objeto que pode acomodar a chave. A central é compatível com espelhamento de tela de celular, e é denominada MMI Navegação plus, por contar com GPS integrado que pode ser visualizado também no quadro de instrumentos. 


O sistema de som também é de boa qualidade, com 10 alto-falantes (inclusive subwoofer), amplificador de 6 canais e potência de 180 Watts. O exemplar desta matéria possui o som Bang & Olufsen, opcional. Ele possui 755 watts de potência, 16 canais, nada menos que 19 alto-falantes (incluindo subwoofer no porta-malas), ajuste de volume dependente da velocidade e reprodução "3D" do som.


Pela tela do sistema multimídia é possível verificar o seletor de modos de condução (Audi drive select), que conta com seis modos de direção (auto, efficiency, comfort, dynamic, offroad e individual, este último personalizável pelo condutor), que interferem na assistência da direção elétrica, nas respostas da transmissão e na gestão do motor. Há ainda diversas funcionalidades do veículo que podem ser alteradas nesta central.


O ar-condicionado é automático, digital e possui três zonas de temperatura: uma para o motorista, outra para o passageiro e mais uma exclusiva para os ocupantes traseiros. Os comandos de ar estão abaixo das saídas centrais de climatização e incluem visores dianteiros de temperatura (ajustável de meio em meio grau Celsius, entre 16º e 28º C) incorporados aos próprios botões giratórios, além de botões para os desembaçadores frontal e traseiro, desligamento do aparelho, controle da recirculação e direcionamento de ar, além da possibilidade de sincronizar todas as zonas com a temperatura escolhida pelo motorista. Atrás, o controle do ar é mais simples, contemplando apenas o ajuste da temperatura de 0,5 em 0,5º C através de dois botões. Se o motorista quiser, é possível regular a temperatura de trás ao alternar do modo "3-Zone" para "Rear".


Abaixo dos comandos de ar há uma fileira de botões para alternar entre os modos do drive select, desligar o Start-Stop, desabilitar os controles eletrônicos, abrir o menu da câmera de ré com linhas de guia dinâmicas e dos sensores de estacionamento (por motivo que desconhecemos, o Q5 vendido no Brasil não dispõe do assistente de estacionamento semi-automático que Q3 e A3 possuem), acionar o controlador de velocidade de descida (que permite ao motorista liberar o freio e o acelerador em locais íngremes) e desligar a tela do sistema multimídia. Correndo os olhos para baixo, é possível encontrar o botão de partida do motor, a tomada de 12 Volts dianteira e um porta-objetos iluminado acompanhado da entrada USB "1" com leitura de dados.


O Q5, aliás, conta com quatro entradas USB, sendo três do tipo A e uma do tipo C, na contramão, por exemplo, do A3, que traz todas as entradas do tipo C. No Q5, a USB do tipo C fica no porta-objeto sob o apoio de braço dianteiro (este apoio pode ser puxado para a frente ou ficar em posição elevada). Já os ocupantes traseiros passam a ter mais duas entradas USB abaixo dos comandos de ar-condicionado, exclusivas para carregamento e acompanhadas de mais uma tomada de 12 Volts. 


Os bancos dianteiros possuem estilo encorpado e esportivo, trazendo ajustes elétricos (na altura, distância, inclinação do encosto, inclinação do assento e lombares, em quatro vias), extensores manuais para as coxas e duas memórias de posição para o banco do motorista e os espelhos externos. Já as soleiras internas das portas dianteiras possuem a inscrição S e são iluminadas. No Sportback, a altura entre o assento e o forro de teto se manteve em relação ao Q5 SUV (1,059 metro).


Atrás, o encosto do banco traseiro é tripartido e reclinável em seu encosto na proporção 40:20:40 (o assento é bipartido na proporção 60:40 e é corrediço). As saídas de ar estão presentes tanto no fim do console central quanto na região dos pés. Assim como na maior parte dos automóveis da Audi, o túnel central tem altura elevada, para acomodar o eixo cardã. As duas versões do Sportback possuem o "Pacote Porta objetos", composto por redes atrás do encosto dos bancos dianteiros, dois porta-copos retráteis embutidos no apoio de braço traseiro, compartimento do lado esquerdo do painel, tampa do porta-luvas com fechadura e rede no assoalho do porta-malas. 


Por conta da curvatura mais acentuada do teto, os ocupantes traseiros dispõem de 1,6 cm a menos de espaço para a cabeça em relação ao Q5 SUV, o que não chega a prejudicar os ocupantes de maior estatura. As janelas das portas de trás descem quase até o final.


Seu porta-malas leva entre 510 litros (com os bancos na posição normal; 10 litros a menos que o Q5 SUV) e 1480 litros (com a segunda fileira rebatida; 40 L a menos que o SUV). O Sportback vem, em todas as suas versões, com a tampa motorizada do porta-malas, que pode ser aberta eletricamente por um botão na chave do veículo, por um comando na porta do motorista ou pelo botão da própria tampa do porta-malas. 


Um botão na face interna da tampa do porta-malas está disponível para fecha-la eletricamente, acompanhado de outro botão para travar o carro por inteiro. Além disso, com um movimento de chute abaixo do para-choque traseiro é possível abrir e fechar o compartimento de bagagem (porém, foi mais difícil para este sensor reconhecer o movimento do pé em relação ao Mercedes-Benz GLB 200 que dirigimos recentemente). A tampa também possui um foco de iluminação e pode ser operada manualmente. O habitáculo possui espaços com redes nas laterais para acomodar pequenos objetos, dois feixes de iluminação de LED, bagagito retrátil, maçanetas para o rebatimento dos encostos do banco traseiro e ganchos para amarrar cargas. 


Uma curiosidade sobre o estepe "Space Master" do Q5 é o fato de ele ser inflável; para poupar espaço do porta-malas, ele fica desinflado, mas, com a ajuda de um compressor alojado na parte esquerda sob o forro, é possível fazer com que o pneu 195/75 envolva a roda de ferro de 18 polegadas, a fim de que o Audi possa ser conduzido até a borracharia mais próxima. Segundo a Audi, o estepe deve ser calibrado com 51 libras, enquanto os demais pneus, em condições de rodagem convencional, devem receber 33 libras (ou, no caso de lotação máxima, 36 psi no eixo traseiro).


Entre outros itens, o Q5 Sportback conta com ancoragens ISOFIX e Top Tether para o banco traseiro, volante com base aplanada ajustável manualmente em altura e profundidade com shift paddles para trocas sequenciais de marcha, faróis altos automáticos, sensor de chuva, retrovisores externos com ajuste elétrico, rebatíveis, aquecíveis e com lentes anti-ofuscantes (o retrovisor interno também é eletrocrômico), vidros elétricos com função um-toque para cima e para baixo, alarme, chave presencial (com comandos de travamento das portas, destravamento do veículo e abertura da tampa do porta-malas), partida do motor do botão, porta-copos dianteiros com garras flexíveis, freio de estacionamento eletromecânico com função Auto Hold (dispensa a necessidade de manter o pé no freio em paradas, mesmo com o câmbio em Drive), airbags frontais, laterais dianteiros e de cortina, cintos de segurança com sensor de afivelamento e sistema Start-Stop de desligamento automático do motor em determinadas situações para poupar combustível. 


Curiosamente, o teto solar elétrico panorâmico e o carregador de celular sem fio (Audi phone box light) são descritos como itens de série para o Q5 Sportback, mas o exemplar deste test-drive não dispõe destes equipamentos, em função da falta de componentes que afeta a produção de automóveis em todo o mundo. Pelo menos o SUV manteve a prática bandeja removível para celular sob o apoio de braço dianteiro.


Em termos de assistências de condução ao motorista, o Q5 Sportback felizmente é mais completo do que o A3 Sedan S line Limited que dirigimos recentemente e conta com o controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo (ACC), que mantém a velocidade e uma distância programada do veículo à frente. Quando um veículo é reconhecido adiante, o sistema pode tanto acelerar como frear o Q5, a depender da distância segura e da velocidade programada. O Audi também é capaz de frear completamente e voltar a andar sozinho em situações de "anda-e-para" ou congestionamentos, podendo atuar em velocidades entre 0 e 250 km/h. O ACC se utiliza dos sensores de radar montados à frente do veículo, da câmera frontal montada no para-brisa e dos sensores de ultrassom.


O assistente de permanência na faixa de rodagem, por sua vez, auxilia o motorista a evitar uma saída da pista não intencional. As faixas no asfalto são reconhecidas pelo sistema e, se o motorista não tiver acionado a seta, o assistente auxilia o motorista à voltar para a faixa de rodagem, esterçando o volante na direção contrária. Também é possível ativar uma vibração do volante para alertar que o motorista está "queimando" a faixa. Essa funcionalidade está disponível entre cerca de 60 km/h até no máximo 250 km/h.


O Audi Q5 Sportback dispõe da iluminação da cabine com LED brancos, que estão presentes nas luzes de teto dianteiras e traseiras, na iluminação dos para-sóis, do porta-luvas e do porta-malas (nos lados direito e esquerdo), nas maçanetas, no console central dianteiro e na região dos pés, na parte dianteira. A parte inferior do painel também possui discretos feixes de iluminação.


O S line Black traz frisos internos em Black Piano (no lugar dos detalhes prateados do S line), presentes no painel, na moldura em torno da alavanca de câmbio e nos forros de porta dianteiros e traseiros. Em termos de segurança, os diferenciais da versão mais completa são o Audi pre sense rear (que utiliza os dados dos sensores de radar atrás do veículo e calcula a probabilidade de uma colisão traseira, acionando, caso necessário, o tensionamento dos cintos dianteiros, a regulagem elétrica dos bancos dianteiros para uma posição mais segura em caso de impacto, além de fechar os vidros, acionando também o pisca-alerta para chamar a atenção de outras pessoas no trânsito), o aviso de veículos em pontos cegos (que alerta o motorista através de luzes nos retrovisores sobre automóveis nas proximidades das laterais traseiras, inclusive com a possibilidade da direção ser automaticamente esterçada para evitar uma colisão), bem como o exit warning (que funciona com o veículo parado e desligado, alertando os ocupantes sobre o risco de acidente com ciclistas, motocicletas ou até mesmo pedestres caso uma porta seja aberta, acendendo luzes nas portas e nos retrovisores) e o assistente de trafego traseiro, que funciona ao rodar em marcha-a-ré e alerta sobre possíveis colisões com outros veículos transitando transversalmente ao sair de vagas de estacionamento com o Q5, avisando o motorista de forma visual e, em situações críticas, de forma sonora ou até mesmo com o funcionamento autônomo dos freios, para evitar acidentes.


O motor 2.0 TFSI EA-888 (abastecido com gasolina de pelo menos 95 octanas) de quatro cilindros em linha tem rendimento de 249 cavalos entre 5000 e 6000 rpm e torque de 37,7 kgfm entre 1600 e 4500 rpm. O SUV conta com bateria de íons de lítio e um alternador de correia (BAS) em um sistema elétrico primário de 12 volts. 


O câmbio é o automatizado S tronic de dupla embreagem e sete marchas, com alavanca ao estilo shift by wire, e a tração é integral quattro ultra sob demanda gerenciada eletronicamente, que direciona o torque exclusivamente para as rodas dianteiras em condições normais de direção, e, no momento em que a tração nas quatro rodas é considerada necessária, a força é transferida para o eixo traseiro através de duas embreagens. O Q5 Sportback tem peso de 1930 quilos e o tanque de combustível possui capacidade aproximada de 70 litros. 


Fabricado em San José Chiapa (México), o Q5 Sportback S line atualmente tem preço de tabela de R$ 421.990, enquanto o Sportback S line Black tem valor de R$ 447.990. Opcionalmente, para a versão S line, é possível incluir projeção de informações relevantes no para-brisa (head-up display), além dos estribos laterais + rodas de liga leve de 20 polegadas com pneus 255/45. Para a versão S line Black ainda é possível adicionar as lanternas traseiras com tecnologia OLED, pacote exterior "carbono" ou estribos laterais + rodas de 20 polegadas exclusivas e sistema de som Bang & Olufsen.


Os principais rivais do Q5 Sportback são o BMW X4 xDrive30i M Sport (a partir de R$ 472.950) e o Mercedes-Benz GLC Coupé 300 4MATIC AMG Line (a partir de R$ 548.900). A carroceria do Q5 Sportback S line Black pode ser encomendada nas seguintes cores: Branco Ibis (sólida), Cinza Quantum (sólida), Azul Navarra (metálico), Branco Geleira (metálico), Prata Florete (metálico), Preto Mito (metálico), Ultra Azul (metálico), Verde District (metálico; é a cor do carro desta matéria) e Cinza Daytona (perolizado).

Impressões ao dirigir


Logo ao assumir o banco do motorista do Q5 Sportback, a posição de dirigir elevada é bastante perceptível, fator que aumenta a sensação de segurança e melhora a visibilidade, auxiliada pelos ótimos retrovisores externos e pelo vidro traseiro - que, apesar da maior inclinação no Sportback, transmite uma boa visão para trás. 


Outro destaque é o fato da luz que indica veículos em pontos cegos estar incorporada na carcaça dos retrovisores, alertando de melhor forma o motorista do que em outros veículos, onde uma luz pequena acende na lente do próprio espelho (e se torna menos visível em caso de luzes fortes refletindo sobre os espelhos, por exemplo). Vale dizer que, se o motorista acionar a seta enquanto um veículo estiver sendo detectado pelo monitoramento de pontos cegos, esta luz vai piscar para advertir o motorista de que não é o momento adequado para se mudar de faixa.


O controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo (ACC) funciona muito bem: basta apertar o botão "Set" e acionar a alavanca para cima e para baixo para alterar a velocidade. Pela haste também é possível ajustar a distância do veículo à frente. Em nosso test-drive, o sistema atuou de maneira bastante satisfatória, reduzindo a velocidade quando necessário e acelerando automaticamente para manter a velocidade necessária quando a pista estava livre. Se o ACC estiver desativado e o condutor estiver mais próximo do veículo à frente do que o programado, um ícone vermelho no quadro de instrumentos adverte o motorista sobre este fato.


Já o assistente de permanência na faixa de rodagem, acionado por um botão na extremidade da haste de seta, não chegou a ter funcionamento adequado. Em estradas com faixas bem demarcadas, ele corretamente identificou a distância do veículo em relação à borda da pista, mas poucas vezes foi capaz de esterçar automaticamente o volante para evitar que o veículo invadisse a outra pista. Por outro lado, ele aplicou força ao volante em um trecho em obras onde as faixas já estavam desgastadas, demonstrando que este sistema ainda precisa ser aprimorado. Caso o motorista passe muito tempo sem segurar o volante, um aviso aparece no quadro de instrumentos alertando que o motorista deve segura-lo de volta, mas em uma ocasião, provavelmente por conta do volante ter sido mantido na mesma posição por certo tempo, também foi notificado que o motorista devia por as mãos de volta, mesmo quando a direção já estava sendo manuseada.


O Q5 Sportback surpreende positivamente pela força de seu motor 2.0 TFSI, que é significativamente mais forte do que o propulsor 2.0 TFSI disponível nas versões do A4 Sedan e A5 Sportback vendidas no Brasil (com 204 cv e 32,6 kgfm - fontes garantem que este motor da dupla também estará na linha A3 em breve no lugar do atual 2.0 de 190 cv, sendo aposentado o motor 1.4). Quando o acelerador do SUV é totalmente pressionado, um urro discreto e agradável invade a cabine, e o SUV ganha velocidade com tanto vigor que é possível fazer ultrapassagens na estrada com uma rapidez inesperada, até mesmo em modos de condução mais "tranquilos". Na aceleração de 0 a 100 km/h, por exemplo, o Q5 repetiu conosco o mesmo tempo informado pela Audi, sendo mais ágil, por exemplo, do que o Volkswagen Jetta GLI (2.0 de 230 cv, com tempo de 0 a 100 km/h de 6,8 s), sedã que possui pretensões assumidamente esportivas. Confira agora os resultados dos nossos testes, realizados em pista sem tráfego, com uma pessoa a bordo, ar-condicionado desligado, gasolina no tanque, controles eletrônicos ativados, modo de condução comfort e cronometragem automática pelo app GPS Acceleration: 

Aceleração de 0 a 100 km/h: 6,3 segundos
Retomada de 40 a 80 km/h: 3,9 segundos
Retomada de 60 a 100 km/h: 4,5 segundos

Em termos de consumo de combustível, o Q5 Sportback registrou conosco um resultado dentro do esperado, considerando que, conforme o Inmetro, o consumo urbano é de 7,8 km/l e, na estrada, o modelo faz 9,5 km/l. Confira nosso resultado rodando com gasolina e com Start & Stop ativado, que efetuou a partida do motor de forma rápida em todas as ocasiões:

Consumo de combustível médio: 9,43 km/l
Distância percorrida: 92,3 km
Velocidade média (estimada): 30 km/h

O conjunto de suspensão independente nas quatro rodas influi para que o Q5 tenha boa estabilidade nas curvas e também consegue transmitir bom nível de conforto para os ocupantes, apesar das rodas de 20 polegadas calçadas com pneus de perfil baixo para um SUV.


Quando o motorista liga o carro (ao toque de um botão), o cinto do motorista eventualmente dá um "puxão" para trás para que o condutor posicione suas costas próximas ao encosto do banco, em um posicionamento mais seguro. Os assentos dianteiros possuem ótimas abas e seus ajustes elétricos são feitos de forma cômoda; além disso, os apoios retráteis para as coxas aumentam o conforto em jornadas mais longas. O silêncio ao rodar e o nível bastante contido de vibrações é um dos grandes destaques do Q5, graças à boa qualidade de seu acabamento e à aerodinâmica da carroceria (seu coeficiente de arrasto aerodinâmico de 0,30 é reduzido para um SUV). Também é preciso dar créditos ao motor, que trabalha em baixo regime de rotações na maioria das situações: a 100 km/h, o ponteiro do conta-giros está marcando pouco mais de 1600 rpm, faixa em que o torque já está integralmente disponível.


Já a direção é bastante cômoda, com excelente progressividade e volante ergonômico e agradável para as mãos, além de dispor do ajuste manual em altura e profundidade. O diâmetro de giro de 11,7 metros é compatível com as dimensões do modelo. O câmbio S tronic executa trocas de marcha ágeis e praticamente imperceptíveis nas situações de condução com mais parcimônia. Quando o motorista alterna do Drive para o modo sequencial, a marcha engatada passa a aparecer no quadro de instrumentos, e uma seta sugere ao condutor sobre o momento de avançar para a marcha seguinte. 


Outras comodidades do Q5 são o Auto-Hold (que mantém o veículo freado mesmo quando o câmbio está em D, podendo ser desabilitado por botão), a redução automática do volume de mídia quando o SUV está em marcha-a-ré e o fato de que, ao apertar o botão de desligar o carro, o câmbio é automaticamente engatado na posição P e o freio de estacionamento é acionado, permitindo ao motorista sair do carro de forma rápida e sem sustos.


Sem dúvidas, o conjunto entregue pelo Q5 Sportback é bastante atraente no segmento dos SUVs-cupês médios. Comparado ao Q5 tradicional, o design do Sportback é mais ousado e tem o apelo da novidade, em contraponto ao jeitão mais "caixote" do SUV - que é basicamente o estilo apresentado em 2017 com algumas atualizações. Mas o Q5 SUV dá o troco por representar uma compra mais racional, já que conta com espaço ligeiramente maior na traseira e ainda custa exatamente R$ 30.000 a menos do que o Sportback (ambos nas versões S line Black), uma diferença de valor suficiente para adicionar alguns opcionais. É uma questão de gosto, no fim das contas. E você, prefere o SUV tradicional ou levaria para a garagem o SUV-Coupé?

Vem conferir a Galeria de Fotos do Audi Q5 Sportback S line Black 2.0 TFSI quattro!












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