Dirigimos o Mercedes-Benz GLB 200 Progressive (e usamos seus 7 lugares!)

Texto e fotos | Júlio Max, de Teresina - PI
Matéria feita em parceria com @showcarsthe

Lançado no Brasil em outubro de 2020 e incorporando novas versões a partir de 2021, o Mercedes-Benz GLB chegou com uma proposta até então inexplorada: é o único modelo de seu porte com 7 lugares dentro da linhagem da marca da estrela de três pontas. O modelo compartilha a plataforma e a arquitetura eletrônica Mercedes-Benz User Experience (MBUX) com os atuais Classe A, CLA e GLA, mas se diferencia pela carroceria maior e com formas bem mais robustas. A marca destaca o fato de que, considerando as vendas globais, 1 em cada 3 Mercedes-Benz é um SUV. Nada mais natural, portanto, do que diversificar o seu portfólio de utilitários.

O GLB 200 está disponível no nosso País em duas versões: Advance e Progressive. Ambas contam com o motor 1.3 M 282 de quatro cilindros, turbinado e com injeção direta de combustível, que rende 163 cavalos e 25,5 kgfm de torque a partir de 1620 rpm, força transmitida para as rodas dianteiras. Uma característica interessante deste propulsor é a possibilidade de serem desativados automaticamente dois dos quatro cilindros em situações em que o acelerador não é muito demandado, o que favorece o consumo de combustível, juntamente com o Start-Stop (desligamento do motor em paradas). A capacidade do tanque de combustível é de 52 litros.

O motor está aliado ao câmbio automatizado 7G-DCT, de 7 marchas e dupla embreagem, com trocas mais ágeis em relação às transmissões com conversor de torque tradicional. Como é de praxe em boa parte da atual linhagem da Mercedes-Benz, a alavanca de câmbio fica na parte direita da coluna de direção, liberando espaço no console dianteiro para um amplo porta-objetos, enquanto a haste esquerda comanda, ao mesmo tempo, piscas (incluindo função de piscar 3 vezes com um leve toque), farol alto e limpadores. Há também aletas junto ao volante (paddle-shifts) para trocas sequenciais de marcha.

As formas parrudas da carroceria do GLB buscam inspirações no estilo do GLS, o maior SUV da Mercedes. A parte frontal é marcada pelos faróis Full LED retangulares acompanhados de uma grade robusta ao centro, com dois frisos largos e o logo da Mercedes em dimensões amplas. O capô se destaca com seus quatro vincos fortes longitudinais. O para-choque dianteiro traz faróis de neblina circulares e uma moldura cromada que circunda a abertura de ar inferior.

Lateralmente, é possível notar que a área em plástico na parte interior da carroceria vai avançando em direção à traseira e circunda as molduras dos para-lamas. As rodas assinadas pela divisão AMG são de 19 polegadas, em formato de estrela de cinco raios, com pneus Continental PremiumContact 6 SSR de perfil 235/50 run-flat, que podem rodar por mais alguns quilômetros mesmo no caso de serem estourados. A linha de cintura possui uma ligeira elevação a partir da base da janela da porta traseira, caracterizando-se como uma "marca registrada" do estilo do GLB.

Na traseira, as lanternas se infiltram pela tampa do porta-malas, que também acomoda a placa de licenciamento, e chama a atenção, no para-choque traseiro, o amplo aplique cromado que envolve duas molduras que emulam saídas de escape (a ponteira real do escapamento fica mais abaixo, direcionada para a direita). Uma engenhosa função está incorporada na câmera de ré: ela fica embutida na moldura da placa e só "desce" quando a marcha-a-ré é engatada. Quem for muito detalhista vai perceber o rápido movimento para baixo na imagem da câmera transmitida pelo sistema multimídia. 

O interior do GLB é dominado pelas duas telas de 10,25 polegadas, parcialmente saltadas do painel. O monitor da esquerda exibe todas as informações do quadro de instrumentos, que pode ter suas informações configuradas pelo condutor. Velocímetro e conta-giros são as informações que, por padrão, aparecem em destaque, mas podem ser substituídas por diversas outras. O centro da tela pode exibir informações como velocímetro digital, consumo instantâneo de combustível, monitoramento de acelerações/desacelerações/condução uniforme, informações de distância e consumo desde a partida e desde a última vez que foi dado o reset, além de gráficos de distância do veículo à frente, alertas como do sensor de pressão dos pneus e portas abertas.

O volante, revestido de couro e com regulagem manual de altura e profundidade, conta com botões sensíveis ao toque: basta arrastar os dedos para cima, para baixo ou para os lados para alternar as informações exibidas na tela dos instrumentos. É preciso certo tempo, porém, para se habituar com o modo que os botões entendem os gestos. Também há comandos para regular o controlador de velocidade adaptativo Distronic, que mantém uma distância segura do veículo à frente, e também a operação do assistente de permanência na faixa, enquanto no raio direito do volante estão as configurações de som, telefone, voz e controle do sistema multimídia.

A tela do lado direito, que é sensível ao toque, exibe as informações de espelhamento de tela de celular (através do Android Auto e Apple CarPlay, via cabo), som, GPS e configurações do veículo, onde é possível ativar ou desativar diversos recursos, existindo até um menu de acesso rápido para as funções mais utilizadas. Um dos principais destaques é a possibilidade de executar comandos de voz de forma coloquial, como se você estivesse conversando com uma pessoa, sem precisar se prender a frases exatas para ser compreendido. A assistente virtual, de voz feminina, é capaz de executar funções como de abrir as persianas do teto panorâmico ou mudar a estação de rádio, por exemplo. Porém, algumas vezes ela simplesmente ignorou o fato de alguém na cabine estar chamando por ela, ou perguntou como podia ajudar quando os ocupantes falavam sobre outra coisa e não solicitaram auxílio.

No menu de assistência é possível ajustar o funcionamento de recursos como a câmera de ré, os sensores de estacionamento, o assistente de permanência na faixa de rodagem, o assistente de frenagem de emergência, o alerta de atenção ao motorista, entre outras funções.

No menu do veículo, é possível acessar o seletor de modos de condução (Dynamic Select, com os modos Eco, Comfort, Sport e Individual), o ajuste do banco do motorista (ele pode ir eletricamente para trás ao desligar o carro, facilitando a saída do condutor do veículo) e o pré-tensionamento dos cintos dianteiros.

No menu de luz, há a possibilidade de controlar por quantos segundos as luzes de cortesia externas embutidas nos retrovisores ficarão acesas. Os para-sóis dispõem de iluminação e espelhos, enquanto o retrovisor interno possui lente anti-ofuscante. O forro de teto na cor preta traz como destaque o teto solar panorâmico, com abertura da parte frontal e cortina também elétrica, que pode ser aberta por comando de voz. 

No menu Sistema, o motorista pode selecionar o layout do quadro de instrumentos entre os estilos Clássico (dois mostradores grandes nas pontas se destacam, os caracteres são brancos e a iluminação de fundo é azul), Esportivo (o fundo de tela fica mais escuro e os instrumentos mudam do tom branco para amarelo), Progressivo (as graduações dos instrumentos são reduzidas, dando lugar a informações exibidas de forma mais simplificada e com fundo vermelho) e Sutil (a graduação do velocímetro se torna ainda mais simples, o conta-giros é substituído por um relógio de horas e as informações centrais desaparecem).

O sistema multimídia também pode ter certas funções operadas através do touchpad no console dianteiro, que possui até uma almofadinha para não cansar o pulso. Além do porta-objetos dianteiro, com tampa corrediça em black-piano e que esconde dois porta-copos, uma entrada para celular e um carregador de celular por indução, também há um profundo porta-objetos embutido no apoio de braço dianteiro, que se abre em duas partes e é revestido de carpete. Ali estão mais duas entradas USB do tipo C.

O GLB conta com ar-condicionado de duas zonas com ajuste de meio em meio grau Celsius (entre 16 e 28 graus), modo automático e possibilidade de sincronização de temperatura do passageiro com a selecionada pelo motorista, podendo também ser ajustado pela voz. Um recurso muito interessante: se o passageiro dianteiro for a pessoa que der o comando de voz, o carro reconhece de que lado está sendo emitida a fala e entende que a temperatura deve ser alterada somente do lado dele. 

Os bancos dianteiros possuem ajustes elétricos (feitos através de botões embutidos nas portas dianteiras), três posições de memória (tanto para os dois assentos quanto para os retrovisores externos), ajustes lombares em quatro direções (em botões incorporados aos próprios bancos), extensores manuais para as coxas e a função de cinética do banco, em que são feitos automaticamente ajustes na posição dos assentos para que os ocupantes mexam seus corpos e não se cansem tanto em viagens longas.

O acabamento é de boa qualidade, mesclando os tons preto e bege, trazendo painel com superfície superior (preta) macia ao toque, portas dianteiras e traseiras com revestimentos em couro na parte superior e nas superfícies próximas dos puxadores, teto em tecido preto macio e detalhes em madeira escura open-pore no painel e nas portas da frente. O interior do porta-luvas, os porta-objetos das portas dianteiras, os nichos do console central e os porta-trecos da última fileira de bancos possuem fundo emborrachado (ou acarpetado, no caso do porta-objeto sob os apoios de braço dianteiros). As molduras em preto-brilhante no painel e no console central, no entanto, deixam poeira e marcas de dedos muito evidentes.

O estilo das saídas de ar internas foi inspirado nas turbinas dos aviões. No canto inferior esquerdo do painel estão concentrados os comandos de faróis (incluindo luzes automáticas e iluminação de estacionamento), freio de estacionamento elétrico, graduação do brilho dos instrumentos e botões para acionar os faróis de neblina e a lanterna de neblina (embutida na peça traseira esquerda). O GLB 200 também conta com a função Hold, que dispensa a necessidade de manter o pé no freio em paradas mesmo quando o câmbio está em Drive.

A chave, presencial, conta com a moldura prateada típica dos Mercedes. Traz comandos para travamento e destravamento das portas, além do botão para abertura da tampa do porta-malas. O botão de partida do motor fica no painel, à direita do volante, e está acompanhado de um botão para desativar o Start/Stop, que desliga o motor em paradas de trânsito.

Em termos de segurança, o GLB 200 conta com 7 airbags (dois frontais, dois laterais dianteiros, dois do tipo cortina e um para os joelhos do motorista), rebatimento elétrico dos retrovisores externos ao travar o veículo, assistente de partida em ladeiras, alerta de veículos em pontos cegos, assistente de desembarque (caso alguma porta seja aberta muito próxima de outros veículos em movimento, o GLB emite um alerta nas lentes dos retrovisores), fixações para cadeirinhas infantis (na segunda e na terceira fileira de bancos) e o Pre-Safe, que no caso de iminência de uma colisão, pré-tensiona os cintos, põe os bancos em inclinação mais vertical e fecha os vidros e o teto solar na tentativa de evitar ferimentos mais sérios aos ocupantes. 

No quesito freios, uma função interessante é o pré-carregamento que ocorre assim que o motorista tira o pé do acelerador. Nesta situação, as pastilhas de freio se aproximam dos discos, para que a frenagem seja mais eficiente. Além disso, os discos de freio contam com a função de secagem (Brake Drying).

A porta do motorista concentra os comandos dos retrovisores elétricos, travas (próximo à maçaneta interna, cujo posicionamento poderia ser melhor), vidros elétricos (com função um-toque para cima e para baixo) e, mais abaixo, o botão para abertura elétrica da tampa do porta-malas. As portas dianteiras possuem luzes que, ao mesmo tempo, servem como iluminação de cortesia para enxergar melhor o chão em locais escuros e também alerta outros condutores sobre a presença de um veículo parado. Curiosamente, motorista e carona dispõem de alças de teto retráteis.

Quem senta na segunda fileira de bancos dispõe de duas saídas de ar, redes atrás dos bancos dianteiros para guardar objetos, apoio de braço central (com dois porta-copos retráteis), alças de teto (com focos de iluminação e ganchos fixos) e mais uma entrada USB do tipo C. Aqui, é importante abrir parênteses: as primeiras unidades do GLB traziam uma tampa no fim do console que podia ser aberta e revelava duas portas USB; nos exemplares a partir de 2021, essa parte é fixa e conta com somente uma entrada. O banco da fileira do meio tem encosto tripartido (na proporção 40/20/40), corre sobre trilhos e possui ajuste de inclinação do encosto para as costas. Tanto o espaço para cabeça quanto para as pernas é bem satisfatório.

E quem viaja no fundão conta com um console entre os bancos com porta-copos e entradas USB do tipo C nas extremidades, onde também há porta-objetos com fundo emborrachado. Segundo a Mercedes-Benz, a terceira fileira é adequada para pessoas de até 1,68 metro de altura viajarem com conforto. Assim como na segunda fileira, também é possível fazer a fixação de cadeirinhas infantis na terceira fileira de bancos. Os bancos da terceira fileira possuem apoios de cabeça ajustáveis e cintos de três pontos que podem ser fixados a clipes de plástico quando não estiverem em uso.

Apenas a título de curiosidade, eu, com 1,80 metro de altura, me instalei atrás. Mesmo rebatendo e afastando a segunda fileira de bancos o mais para a frente possível, o acesso aos dois bancos é bastante exíguo, especialmente na hora de sair do carro. O espaço para cabeça é justo: os cabelos começam a tocar no forro de teto. Um adulto de minha altura só consegue acomodar as pernas ao afastar o banco significativamente para a frente (e posicionando o encosto do banco na vertical), mas o assoalho alto faz com que os joelhos fiquem muito flexionados para cima. Assim, o melhor mesmo é que somente pessoas de menor estatura se sentem na última fileira de bancos.

A tampa do porta-malas é operada eletricamente, podendo ser aberta através de botão na porta do motorista ou, do lado de fora, pela função hands-free: passando o pé por baixo do para-choque traseiro, a tampa é aberta automaticamente e também pode ser fechada da mesma maneira, desde que o motor do veículo esteja desligado. Diferentemente de outros carros, que nem sempre entendem o gesto do pé sob o para-choque, o GLB reconheceu muito bem a ação. Caso haja risco da tampa bater em algum objeto, é possível parar a operação elétrica através do botão Stop, acompanhado de outro botão para fazer o fechamento. A face interna da tampa possui um foco de iluminação e dois vãos para ajudar a fechar a tampa, um processo que pode começar manualmente e terminar eletricamente.

O porta-malas possui a capacidade de 130 litros com os 7 bancos em uso, mas basta rebater a última fileira de bancos para que o espaço seja ampliado para 500 litros (até a altura dos encostos dos bancos). E, com a fileira do meio também rebatida, o volume chega a 1680 litros até o teto. Uma característica interessante é o fato de que, quando os bancos de trás são rebatidos, eles ficam praticamente planos em relação ao assoalho do porta-malas, o que facilita na hora de carregar as malas. Tiras de tecido facilitam o trabalho de rebater ou armar de volta os bancos. Abaixo do forro do porta-malas ficam a cobertura retrátil do porta-malas (no caso de se rebater a terceira fileira de bancos) e o kit de reparo de pneu (não há estepe).

Fabricado em Aguascalientes, no México, o GLB 200 Progressive tem preço a partir de R$ 311.900, enquanto a versão Advance tem valor de R$ 289.900, ambos com sete lugares. Os diferenciais da versão Progressive são: rodas de 19 polegadas (no Advance, são de 18''), banco do passageiro dianteiro com ajustes elétricos, teto solar, controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo, monitoramento de veículos em pontos cegos e assistente de permanência na faixa de rodagem. É possível escolher qualquer uma das cores da carroceria sem custo adicional. Há duas opções sólidas (Branco Polar e Preto Noite) e os tons metálicos Prata Iridium, Azul Denim, Cinza Montanha, Preto Cosmos, Azul Galaxy e Branco Digital. O interior pode ser encomendado nas colorações totalmente preto ou preto + bege macchiato.

Impressões ao dirigir

Ao assumir o banco do motorista do Mercedes-Benz GLB 200, é possível perceber de cara que a posição de dirigir é nitidamente elevada, fator que ajuda na visibilidade e é complementada pelos retrovisores bem-dimensionados, com bordas que permitem um maior campo de visão. A alavanca de câmbio que fica à direita da coluna de direção pode causar estranheza em um primeiro momento, mas é muito fácil se adaptar a ela. Com um movimento um pouco mais prolongado, é possível passar direto da Ré para o Drive. Ao movimentá-la para a posição D, se as portas estiverem fechadas e o condutor estiver com o cinto afivelado, nem sequer é necessário procurar pelo botão do freio de estacionamento para começar a andar com o carro. De forma similar, ao deixar o carro em Parking (apertando-se um botão), o freio de estacionamento é acionado para imobilizar o veículo antes que o motorista precise procurar o botão no canto esquerdo do painel. Outro destaque é o fato da marcha engatada aparecer no quadro de instrumentos mesmo com o câmbio em Drive, ajudando o motorista a entender melhor o gerenciamento da transmissão. 

Mesmo com suas dimensões a meio caminho entre os SUVs médios e os grandes, o GLB tem variados recursos que auxiliam em espaços apertados, como os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros (com indicação sonora e gráfica dinâmica), a função tilt-down (rebatimento para baixo do espelho externo) e a engenhosa câmera de ré que só surge na traseira quando o motorista efetivamente engata a marcha-a-ré, evitando que a lente fique suja. A imagem na tela do sistema multimídia conta com a visualização tradicional, acompanhada das linhas de guia dinâmicas, ou a visão panorâmica, que se estende bastante pelas laterais. Ainda assim, o diâmetro de giro de 11,7 metros é um fator que exige certa atenção em locais estreitos; por outro lado, a assistência da direção tem progressividade e equilíbrio satisfatórios, seja nas manobras de estacionamento ou em velocidades mais altas.

A suspensão independente nas quatro rodas cumpre bem o papel de absorver impactos do piso. Mesmo com as rodas grandes, de 19 polegadas, e os pneus run-flat, tipicamente mais duros do que os comuns, o GLB consegue transmitir um notável índice de conforto para os ocupantes, como se espera de um tradicional Mercedes-Benz. O silêncio na cabine e o baixo nível de vibrações também são dignos de nota. Os extensores dos bancos dianteiros apoiam muito bem as coxas, mas a função cinética dos bancos dianteiros causa movimentações incomuns e demanda um tempo de adaptação.

As trocas de marcha são feitas de forma rápida, mas em determinadas situações (como descidas), mesmo sem o carro estar no modo Sport, a transmissão opta por manter marchas menores engatadas. O motor 1.3 Turbo, parente muito próximo do propulsor que atualmente equipa o Renault Captur, se faz bem mais audível quando o acelerador é totalmente pressionado, mas normalmente seu funcionamento é bem quieto em termos de ruídos e vibrações. Os dados de fábrica são animadores, com um tempo de aceleração de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos, mas, na prática, o peso de 1555 quilos e a área frontal extensa acabam, na prática, fazendo com que o GLB demore um pouco a embalar quando se pisa fundo no pedal do acelerador. Aliás, não seria surpreendente se a Mercedes-Benz iniciasse a qualquer momento as importações de alguma versão mais potente do GLB para o Brasil. A média de consumo de combustível em nosso trajeto majoritariamente urbano e com ar ligado foi de 8,9 km/l.

As ajudas para o condutor são concedidas de forma bem intuitiva. Basta apertar o botão do controle de velocidade de cruzeiro para que o modelo mantenha a velocidade atual, ou deslizar para cima e para baixo para ajustar a quantas o GLB deve andar. A distância segura é mantida de acordo com o que for programado no veículo. O assistente de permanência na faixa de rodagem atua a partir de 60 km/h e sua atuação, em nosso teste, foi discreta em quase todos os momentos, exceto em uma ocasião em que houve o acionamento moderado dos freios sem intervenção do condutor. 

No caso de um dos ocupantes não estar utilizando o cinto de segurança, o "pam pam pam" reproduzido pelo carro lembra o de uma trilha sonora de suspense. O alerta de veículos em pontos cegos, que usualmente apenas acende luzes vermelhas nas lentes dos retrovisores, dispara um alarme no caso do condutor estar dando seta no momento em que outro automóvel está transitando nas proximidades. Com tantas assistências, pode parecer tentador deixar o GLB dirigir sozinho - mas, poucos segundos após largar o volante e os pedais, o carro exibe um alerta visual e sonoro informando ao motorista que ele deve manter as mãos no volante.

Na linha 2022, o GLB teve apenas uma modificação em relação ao modelo 2021 que dirigimos: agora, está disponível o pacote de luzes internas, presentes nas molduras centrais do painel, nos forros das portas, nos contornos do console dianteiro e nas saídas de ar do painel. Vale dizer que o modelo 2021 já possuía os focos de luz na região dos pés.

Vem conferir a Galeria de Fotos do Mercedes-Benz GLB 200 Progressive!



Comentários