A Honda fez um movimento amplo e audacioso na sua linha de modelos no Brasil. Ao mesmo tempo em que lançou a quinta geração (terceira no Brasil) do sedã City, apresentou também o City hatch, além de descontinuar a produção local do Fit e do Civic. Este será importado em 2022 em versão híbrida. O Fit, apesar de considerado um hatch de teto alto no exterior, aqui o mercado o enquadrava como monovolume. O inédito City hatch substitui o Fit. Entregas só começam em março de 2022 e preços a definir.
O sedã custa bem mais
agora, entre R$ 108.300 e 123.100, todos com câmbio automático CVT de sete
marchas, a partir de janeiro. A Honda afirma que ele cresceu em todas as
dimensões, mas a distância entre eixos (2,60 m) continuou a mesma, igual à do
Onix Plus e 5 cm menor que a do Virtus. Em relação ao City anterior ficou 5,3
cm mais largo e 9,4 cm mais longo, porém perdeu um pouco de espaço no
porta-malas (519 litros; antes 536 litros somando volume abaixo da tampa do
assoalho).
Em termos de estilo a
evolução é marcante em frente, traseira e perfil. Versão de topo Touring traz
faróis principais e de neblina de LED. Lanternas de LED estão nas duas outras
versões. O interior também evoluiu, em especial o acabamento interno. Os bancos
dianteiros oferecem mais conforto e apoio lateral. Tela multimídia de 8 pol.
permite espelhar sem fio Android Auto e Apple CarPlay, mas sem carregamento por
indução.
O estreante City
hatch manteve todas as possibilidades de rebatimento do assento e encosto
traseiros, que foram marca registrada do Fit. O espaço para pernas atrás é até
maior no hatch do que no sedã.
Motor de aspiração
natural inteiramente novo, bloco e cabeçote em alumínio, agora com injeção
direta e duplo comando de válvulas com controle variável em admissão e escape, tuchos
hidráulicos (finalmente...) manteve os 1.497 cm³ de cilindrada e ganhou 9% na potência:
126 cv (gasolina ou etanol). O motor 1-litro turbo do Virtus, por exemplo,
entrega 10 cv a menos (gasolina) e apenas mais 2 cv (etanol). Torque de 15,5
kgf.m (G)/15,8 kgf.m (E) perde muito em relação ao Virtus (20,4 kgf.m) e nem
tanto para o turbo de 1 litro do Onix (16,3 kgf.m/16,8 kgf.m). Retomadas,
comuns no trânsito urbano, são boas, porém inferiores aos concorrentes.
O novo City ficou 5% mais
econômico em relação ao anterior. Consumo na cidade, 13,1/9,2 km/l (G/E) e na
estrada, 15,2/10,5 km/l (G/E). O tanque de combustível diminuiu de 46 para 44
litros (no hatch, diminutos 39,6 l). Alcance máximo do sedã em estrada é de 669
km (gasolina) contra 759 km, do Virtus e 660 km, do Onix Plus. No
hatchback, alcance máximo de 585 km.
Particularidade
interessante do câmbio CVT: reduz automaticamente de marcha, quando o carro
detecta início de declive, a fim de poupar os freios.
Melhora importante, que também explica o preço maior, é o pacote de segurança ativa Honda Sensing, pela primeira vez em um produto da marca fabricado aqui. City Touring inclui controle de cruzeiro adaptativo, acionamento do freio ao detectar possível acidente frontal (veículos e pedestres), assistência de permanência em faixa, mitigação de evasão de pista e troca automática de farol alto/baixo. Há seis airbags de série nas três versões.
ALTA RODA
BMW aumenta a aposta no Brasil. Investirá R$ 500 milhões nos próximos três
anos na fábrica de Araquari-SC. Além dos novos X3 e X4, produzirá outro modelo,
inédito, ainda não revelado pela matriz. Adianto que será um SUV, mas como já
existe a nomenclatura completa (X1 a X7) deve se acrescentar uma letra para diferenciá-lo.
Land Rover também anunciou a volta agora da produção do Range Rover Evoque, na
fábrica de Itatiaia (RJ) com recontratação de funcionários.
QUARTA geração do Audi A3 chega sem distinção de preços básicos entre hatch e
sedã: R$ 229.990 (motor 1,4 L/150 cv; câmbio automático, 8 marchas) e R$
264.990 (2 L/190 cv; câmbio automatizado de duas embreagens, 7 marchas). Avaliei
as duas versões, em roteiro rodoviário. Mesmo o A3 de menor potência (motor
igual ao fabricado aqui) entrega desempenho honesto. Distância entre eixos não
mudou, porém o sedã ficou 4 cm mais comprido. Interior refinado, quadro de
instrumentos digital (12,3 pol.), bancos dianteiros 2 cm mais baixos e alavanca
seletora do câmbio substituída por botão de formato diferenciado.
PICAPE mexicana Ford Maverick, a ser lançada em fevereiro próximo, terá opções
como capota marítima elétrica e caçamba com caixas de armazenamento e abertura
assistida da tampa. Assento do banco traseiro é rebatível para trás. Preço
estimado na faixa de R$ 200.000.
KIA STONIC aproveita, a exemplo de outras marcas, a brecha da política brasileira de incentivos e lança o considerado “híbrido leve”. Trata-se do conhecido (há 20 anos) alternador reversível com bateria de 48 V. As vantagens: sistema silencioso desliga-liga do motor, acréscimo de 1,7% na potência e de 19% no torque, além do modo roda-livre para economia de combustível. O SUV compacto sul-coreano tem linhas atraentes e bom espaço interno. R$ 149.990.
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