O Grupo Volkswagen revelou nesta terça-feira (28) os planos de intensificar a pesquisa para o desenvolvimento de tecnologias baseadas em biocombustíveis. No Brasil, será estabelecido o Centro de Pesquisa & Desenvolvimento voltado para o estudo de soluções tecnológicas baseadas em etanol e outros biocombustíveis para mercados emergentes, visando minimizar as emissões de dióxido de carbono na atmosfera.
Segundo Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina, o plano é de "desenvolver e exportar soluções tecnológicas a partir do uso da energia limpa dos biocombustíveis", compondo uma estratégia complementar às motorizações elétrica, híbrida e à combustão. Di Si também declarou que a Volkswagen pretende atuar em parceria com o Governo Federal, além das universidades e do setor da agroindústria.
O Grupo Volkswagen planeja eliminar gradualmente a produção de veículos a combustão na Europa entre 2033 e 2035. Nos EUA e na China, a previsão é de que o fim destes modelos demore mais algum tempo. Em mercados emergentes como o Brasil, a perspectiva é de uma demora ainda maior para que tenhamos uma gama de automóveis 100% elétricos, por conta de fatores como a indisponibilidade de infraestrutura de carregamento, a disponibilidade de alternativas de energia renovável e o menor nível de renda em comparação com países mais desenvolvidos.
No Brasil, vários argumentos indicam o uso do etanol. Segundo estudo publicado pelo World Wildlife Fund (WWF) Brasil até 2030, os biocombustíveis podem suprir 72% da demanda brasileira de combustível apenas pela otimização das pastagens degradadas atualmente sem competir com a terra necessária para a produção de alimentos. Atualmente, apenas 1,2% do território brasileiro é utilizado para o cultivo de cana-de-açúcar, com 0,8% para produção de etanol (cana e milho). Quase 92% da produção de cana-de-açúcar é colhida no Centro-Sul do Brasil, e os 8% restantes são cultivados na região Nordeste. Isso significa que as áreas cultivadas para a produção de cana-de-açúcar estão localizadas a quase dois mil quilômetros da Amazônia.
A Volkswagen foi a primeira montadora de automóveis do Brasil a disponibilizar no mercado um modelo flex-fuel, no caso, o Gol 1.6 Total Flex, em 2003. Para o anúncio do Centro de Pesquisa & Desenvolvimento de biocombustíveis da Volkswagen no Brasil, a marca revelou um Nivus adesivado com detalhes em verde nos frisos das molduras laterais e dos para-choques dianteiros e traseiros, além de pinças dianteiras de freio na mesma tonalidade.
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