Utilização dos sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS, na sigla em inglês) tem atraído bastante atenção nos últimos anos e contribuído para evitar distrações e acidentes pequenos ou mesmo fatais. Afinal, os recursos são muito úteis e compõem uma lista extensa de cerca de 40 itens.
Só para recordar
alguns: permanência em faixas de rolamento, controle de cruzeiro adaptativo,
frenagem autônoma de emergência, detecção de pedestres e ciclistas, sensor de
ponto cego, detectores de sonolência, pressão e temperatura dos pneus,
assistente em cruzamentos, câmeras de visão em 360 graus, reconhecimento de
sinais de trânsito e por aí vai. Vários deles são obrigatórios ou se tornarão
um dia.
No entanto, cabe a
pergunta: os dispositivos são seguros a longo prazo? Pode ser que não. O
Laboratório Britânico de Pesquisas em Transportes (TRL, em inglês) e a
Organização de Inspeções Técnicas (TÜV, em alemão) de Rheinland, Alemanha
acabam de divulgar um relatório apontando que, até 2029, podem ocorrer mais de
790.000 eventos de risco por ano em estradas dos países da União Europeia (UE) causados
pelo desempenho reduzido dos sistemas.
Matthias Schubert,
vice-presidente executivo da TÜV Rheinland, foi claro: "Deveriam funcionar
de forma confiável por muitos anos. Porém, o estudo mostrou que os assistentes
de permanência em faixa, por exemplo, podem atuar de maneira limitada ao longo
do tempo, trazendo consequências ao trânsito.”
Simularam danos no
para-brisa por pedras ou pedriscos na área da câmera e sua calibração incorreta
após substituição do para-brisa, além de interrupção na comunicação de dados do
veículo ao longo do tempo. Para isso, os componentes foram envelhecidos
artificialmente.
No caso do assistente
de permanência em faixas, quando isso ocorria de modo intencional o sistema se
desativava de imediato. O movimento de retorno abrupto do volante à posição
central pode pegar o motorista de surpresa, se ele não estiver concentrado no
momento. Em uma situação como essa, sem qualquer aviso prévio.
Sucessão no Grupo CAOA
O falecimento do
empresário, de 77 anos, Carlos Alberto de Oliveira Andrade (CAOA), abriu processo
sucessório no maior conglomerado de concessionárias de automóveis do País e com
representação industrial por meio de uma fábrica em Anápolis (GO) e outra em Jacareí
(SP). Sua segunda esposa, Izabela de Oliveira Andrade, assumiu a presidência do
Conselho de Administração do grupo. Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho
(22 anos) e Carlos Philippe de Oliveira Andrade (19 anos) conduzirão os
negócios com os atuais executivos Mauro Correia e Márcio Alfonso.
Médico cirurgião de formação,
Carlos Alberto sempre foi exímio negociador e saiu vencedor de duas batalhas
judiciais. Uma envolvendo a Renault em 1996, quando recebeu uma vultosa indenização.
A mais recente envolveu a Hyundai. O contrato de importação dos veículos
sul-coreanos terminou em 2018 e a marca queria estabelecer a renovação bienal.
CAOA venceu a disputa em tribunal de Frankfurt, Alemanha e o contrato foi
renovado, há menos de um mês, por 10 anos até 2028.
O “Dr. CAOA” sonhava em produzir um carro de projeto 100% brasileiro. Dizia, com razão, que o País reúne condições para tanto.
ALTA RODA
IMPORTAÇÃO de carros usados ainda é realidade em três países da América Latina: México,
Paraguai e Bolívia. Gera distorções e grau de insegurança viária que não
deveriam mais existir. O problema vem sendo discutido esta semana em congresso
da Autodata, sobre o mercado da região. No Brasil, apenas modelos de coleção
com mais de 30 anos de fabricação podem entrar no País, mas se trata de números
residuais.
TAOS, SUV médio da VW, vendeu 1.026 unidades em julho, seu primeiro mês
completo de vendas. Espaço interno, principalmente para os ocupantes do banco
traseiro, além do tamanho do porta-malas, destacam-se. Suspensões independentes
nas quatro rodas são firmes, sem comprometer o conforto. O diâmetro de giro de
11,5 m não favorece muito para estacionar em vagas apertadas ou manobras de
retorno. O motor turbo flex (150 cv) é o mesmo do T-Cross e, assim, se ressente
mais nas acelerações de recuperação com carga total.
NESSES tempos de desemprego alto, o Sindipeças desenvolveu plataforma na internet para inclusão de currículos de candidatos a vagas no setor de autopeças, que serão vistos exclusivamente por cerca de 500 empresas associadas. Essa atitude proativa é relativamente rara e indica oportunidades mesmo em um setor atingido de forma aguda pela pandemia da Covid-19.
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