A história do Fiat Prêmio, sedã que completa 35 anos



Em março de 1985, a linhagem do Fiat Uno passou a oferecer uma opção sedã, que recebeu o nome Prêmio. Inicialmente lançado na carroceria de duas portas, o Prêmio foi o primeiro da marca a trazer o motor 1.5 Sevel, com 71,4 cv de potência e torque de 12,3 kgfm (na versão a álcool), alcançando praticamente o mesmo desempenho do Uno SX, mesmo sendo o sedã 134 quilos mais pesado.



O porta-malas, com capacidade de 440 litros, por muito tempo foi o maior da categoria no Brasil, ajudado pelo fato do estepe não estar junto com as bagagens, e sim no cofre do motor, como no Uno. Outra qualidade era a tampa abrir até a altura do para-choque, coisa rara entre os sedãs daquela época.


O Prêmio foi o primeiro carro nacional a oferecer o computador de bordo, apresentando consumo de combustível instantâneo e médio, quilometragem percorrida, autonomia, velocidade média, hora, data e cronômetro, em um display digital à esquerda do velocímetro. Porém, com o computador ele perdia conta-giros e hodômetro parcial.


Em 1987, chegou o Prêmio 4 portas e a versão de luxo CSL, sigla para "Conforto Super Luxo". Neste modelo, as maçanetas passavam a ser salientes e do tipo "gatilho", ao invés de embutidas e empurradas para cima como na carroceria de duas portas. Era uma aposta de risco: em 1985, apenas 7,4% dos carros comercializados no País tinham quatro portas. Mas o Prêmio acabou sendo bem aceito nessa configuração, mesmo as janelas traseiras descendo pela metade e não haver opção de vidro elétrico atrás.

Ainda em 1987, passou a ter disponível o motor 1.5 de 82 cavalos, potência obtida graças à elevação da taxa de compressão do motor, regulagem diferenciada do carburador e o uso do mesmo comando de válvulas do Uno 1.5R. No ano de 1989, o sedã estreou novo quadro de instrumentos, mais completo.

Em 1990, cerca da metade das unidades do Prêmio vinham com quatro portas. Este sucesso inclusive motivou Ford e Volkswagen resgatarem as versões de 4 portas de Escort (Guarujá) e Voyage para a então nova década. Neste ano, o Fiat estreou o 1.6 de 84 cavalos e torque de 13,2 kgfm, mais ágil e econômico que o anterior.


No ano-modelo 1991, a família Uno estreava o novo estilo, com faróis e grade superior mais estreitos, e o Prêmio incorporou estas mudanças, além de itens como o ajuste de altura dos cintos dianteiros.


Em outros mercados da América Latina e Europa, seu nome era Duna. Fez relativo sucesso na Itália e na Argentina, onde também foi produzido. De lá, passou a ser trazido para o Brasil a partir de 1995, mantendo o nome Duna, quando as vendas retraíram. Em seus dez anos de comercialização, o Prêmio teve quase 180 mil unidades emplacadas no Brasil. Sua substituição em nosso mercado ocorreu em 1997, com o lançamento do Fiat Siena, mas na Argentina o Duna foi fabricado até 2000.


O Prêmio destas imagens é um CSL ano e modelo 1994. Entre os equipamentos disponíveis na versão mais completa, estavam: quadro de instrumentos com luzes de check-control e conta-giros, vidros dianteiros elétricos, ar-condicionado, direção hidráulica, relógio digital e porta-revistas para os ocupantes traseiros. Por fora, o requinte estava nos frisos cromados, no brake-light e nas rodas de liga leve de 13 polegadas. Internamente, o destaque era o revestimento em tom azul nos bancos e painéis de porta, além do "electronic check" no quadro de instrumentos quando a ignição era ligada.


Na linha 1994 estavam disponíveis as versões CS e CSL. O CS tinha motor 1.5 a gasolina (67 cavalos) ou álcool (73 cv), ambos com injeção eletrônica de combustível, enquanto o CSL vinha com propulsor 1.6 a gasolina de 83 cavalos (com injeção eletrônica) ou a álcool de 86 cavalos (curiosamente, este modelo ainda mantinha o carburador de corpo duplo).


As duas versões tinham sete opções de cores: Vermelho Monte Carlo, Branco Real, Preto Etna (sólidas), Cinza Argento (metálica), Azul Prussia, Cinza Savelha e Vermelho Granada (perolizadas). 

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