Ford prepara relançamento do Bronco para este ano


A Ford está preparando o seu próximo lançamento global, um SUV totalmente novo que carrega a tradição do nome Bronco. Este utilitário se tornou um ícone nos Estados Unidos ao longo dos 30 anos em que foi produzido, de 1966 a 1996. Nascido como um jipe compacto, com chassi próprio, o Bronco tornou-se um utilitário de maior porte nas quatro gerações seguintes, montado sobre o chassi de picapes Série F. Off-road de raiz, com concepção robusta e duas portas, ele teve a produção em encerrada no ano-modelo 1997, abrindo espaço no portfólio da marca para os SUVs familiares de quatro portas.


Em 1969, um Bronco com preparação especial venceu a Mexican 1000 (depois rebatizada como Baja 1000), uma das competições off-road mais desafiadoras do mundo. A Ford homenageou os 50 anos dessa conquista com a apresentação do protótipo Bronco R na Baja 1000 do ano passado, dando algumas pistas (mas não muitas) de como será o novo modelo.


O Bronco de primeira geração (feito de 1966 a 1977) nasceu como um off-road compacto, com 3,85 metros de comprimento. Inicialmente equipado com motor 2.8 de seis cilindros e câmbio manual de três marchas, ganhou depois as opções de motor V8 e transmissão automática.


Seu estilo simples e robusto era marcado pela carroceria de linhas retas e faróis redondos, nas versões perua, picape e roadster aberto (sem portas). Ele tinha um acabamento simples, mas podia receber vários acessórios, como tacômetro, rádio, engate de reboque, tanque auxiliar de combustível, guincho e equipamentos profissionais e de camping.


Em 1967, a perua ganhou o pacote opcional Sport, com itens cromados e o nome Ford na grade pintado de vermelho, depois transformado em modelo de série. A versão roadster saiu de linha em 1968 e a picape, em 1972, concentrando a produção na versão fechada.


Na segunda geração (de 1978 a 1979) o Bronco entrou para o segmento de SUVs de maior porte, crescendo 71 centímetros no comprimento, 28 cm na largura e 10 cm na altura. Ele tinha como base a F-100 4x4, em versão encurtada. O teto rígido removível, agora produzido em fibra e cobrindo apenas a área dos bancos traseiros, em vez da peça inteiriça de aço, continuou a ser uma característica do utilitário, assim como as duas portas, o eixo rígido dianteiro e a tração 4x4.


Esse Bronco de segunda geração durou só dois anos, mas foi um sucesso de vendas, com clientes esperando vários meses na fila pela sua chegada. Era equipado com motor V8 5.8 ou 6.6, e pela primeira vez passou a oferecer capacidade para seis passageiros, com banco inteiriço opcional dianteiro.


O Bronco de terceira geração (de 1980 a 1986) foi baseado na F-150, conservando a distância entre-eixos de 2,64 metros. Além de ganhar suspensão dianteira independente, ele voltou a oferecer um motor seis cilindros 4.9, ao lado do V8. Em 1982, o oval azul na grade dianteira substituiu as letras Ford no capô. Essa geração também foi montada e vendida na Austrália.


A quarta geração do Bronco (de 1987 a 1991) acompanhou as mudanças da oitava geração da Série F, com vários aprimoramentos. A quinta geração do veículo (de 1992 a 1996) renovou o design, alinhado com a nona geração da F-150, e introduziu vários itens de segurança, como cintos traseiros de três pontos, vigas de portas reforçadas e airbag do motorista de série. 


Também por questão de segurança, sua capota deixou de ser removível. Em 1996, a Ford anunciou o encerramento da produção do Bronco.


No Salão de Detroit de 2004, a Ford apresentou o conceito da sexta geração do Bronco, com design inspirado no modelo original e baseado no chassi de perfil retangular fechado da Ranger.

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