Ninguém discorda de que o MINI Cabrio é um conversível bastante carismático. Mas sua história é relativamente recente, se comparado ao modelo fechado - que completa 60 anos em 2019. O Cabrio produzido em série ganhou as ruas do Reino Unido há pouco mais de 25 anos, em meados de 1993.
Passadas três décadas desde o surgimento do primeiro Mini, o conversível finalmente surgiu em 1991 graças à iniciativa da concessionária Lamm, da cidade alemã de Kappelrodeck. Com estrutura reforçada e subchassi integrado, a qualidade do trabalho de conversão da carroceria impressionou os responsáveis pela matriz da Rover (que na época fabricava o Mini) no Reino Unido. Como resultado, a empresa decidiu produzir uma série de 75 exemplares do Mini Cabrio, apenas para o mercado britânico.
Posteriormente, o Mini Cabrio foi desenvolvido pela Rover Special Products, em parceria com a Karmann da Alemanha, sendo apresentado ao público no British Motor Show, realizado em Birmingham, em outubro de 1992. Logo depois, o conversível entraria em produção na fábrica de Longbridge, no Reino Unido.
Ao todo, 1081 exemplares do Cabrio foram produzidos até agosto de 1996, e que, mais tarde, acabaram se tornando raridades. Por fora, trazia para-choques dianteiro e traseiro exclusivos, arcos das rodas alargados e adereços nos frisos da soleira. O interior trazia alavanca de câmbio de nogueira, volante revestido de couro e tapetes de veludo. Havia só duas opções de pintura: Vermelho Nightfire, com capota vermelha, ou azul Caribe, com teto cinza.
O modelo era disponibilizado apenas com motor de quatro cilindros e 63 cavalos, o mesmo usado no Mini Cooper da época. A versão conversível vinha com teto flexível operado manualmente, enquanto um mecanismo elétrico de abertura da capota era oferecida como opcional.
Após a compra da marca no ano 2000 e a apresentação do MINI do século XXI (agora grafado em letras maiúsculas), os admiradores da condução ao ar livre tiveram de esperar cerca de 4 anos para a chegada de um novo Cabrio.
O MINI Cabrio foi apresentado em 2004, durante o Salão do Automóvel de Genebra, na Suíça. Ele foi lançado no mercado europeu em três versões – One, Cooper e Cooper S. Além dos novos para-choques dianteiros e traseiros, diferenciados em relação ao hatch convencional, a gama de cores externas disponibilizada para o modelo contava com 10 tonalidades.
O teto retrátil passava a ter mecanismo de abertura eletro-hidráulico, podendo ser todo aberto ou parcialmente recuado na parte dianteira, em 40 centímetros, cumprindo a função de um teto solar. A abertura da capota podia ocorrer a velocidades de até 120 km/h.
A tampa traseira abria para baixo, trazendo dobradiças bem aparentes. Havia ainda o Easy Load System, conjunto de suportes e apoios que sustentam o vidro traseiro em posição inclinada, e o encosto do banco traseiro rebatível, aumentando a abertura do porta-malas.
A segunda geração do Cabrio foi revelada no Salão de Detroit de 2009, ano que marcou o 50º aniversário do MINI. Com aprimoramentos no design, motores mais potentes e eficientes, além de um interior mais refinado, neste ano o MINI também começou a ser importado oficialmente para o Brasil.
Barras de proteção, de seção única e que irrompiam apenas em caso de risco de capotamento, combinada à maior rigidez da carroceria, incrementaram a segurança. A capota de tecido teve um aprimoramento acústico, junto com o vidro traseiro com desembaçador. O teto podia ser aberto e fechado em 15 segundos, a velocidades de até 30 km/h.
Um item interessante desta geração do Cabrio foi o instrumento "Always Open Timer", ao lado do conta-giros, que mostrava o tempo de deslocamento com o teto aberto. A função de abertura deslizante da capota foi mantida, assim como o Easy Load System. A tampa traseira passava a vir com dobradiças internas e o volume de armazenamento do bagageiro foi ampliado de 125 para 170 litros, com o teto recolhido, e 660 litros com a capota fechada.
A gama de motores foi expandida. Havia 3 opções a gasolina, de 98, 122 ou 184 cavalos, e duas a diesel, de 112 ou 143 cavalos, sem contar o endiabrado John Cooper Works Cabrio, a gasolina, capaz de entregar 211 cv. Todos contavam com opção de câmbio manual de seis marchas ou automático de seis velocidades.
Em março de 2018, o novo MINI Cabrio foi apresentado no mercado europeu, e ao final do mesmo ano começou a ser vendido no Brasil. Além do teto de acionamento totalmente elétrico, o modelo passa a trazer faróis e lanternas com LEDs, tela multimídia de 6,5 polegadas, chamada de emergência inteligente em caso de acidente, rádio digital e Bluetooth entre outros itens de série. Atualmente, o MINI Cabrio é oferecido em cinco versões – One, Cooper, Cooper S, Cooper D e Cooper SD – equipadas com motores de 3 ou 4 cilindros, movidos a gasolina ou diesel, e associadas a transmissões automáticas ou manuais de seis, sete ou oito marchas. O tempo de abertura da capota é de 18 segundos.
Comentários
Postar um comentário
Na seção de comentários do Auto REALIDADE você está livre para escrever o que você achou da matéria.
Caso você queira fazer perguntas maiores, incluir fotos ou tirar dúvidas, envie e-mail para blogautorealidade@hotmail.com
Sua opinião é muito importante para o Auto REALIDADE! Estamos a disposição no Facebook (http://www.facebook.com/AutoREALIDADE), no Instagram (http://www.instagram.com/autorealidade e no Twitter (@AutoREALIDADE).