A bem de verdade, foram poucos os automóveis que se despediram do mercado brasileiro em 2018 - embora vários "adeus" já estejam previstos para o próximo ano. Sem mais delongas, confira os modelos que já se sabe que não serão mais comercializados no Brasil:
Hyundai Tucson (2005 - 2018)
Praticamente dado como morto pelo mercado brasileiro nos últimos anos, o Hyundai Tucson tem uma longa história no Brasil. Revelado no Salão de São Paulo de 2004, começou a ser vendido no final de 2005 nas versões GL 2.0 e GLS, esta com o motor 2.7 V6. O então SUV de luxo assumiu uma vertente mais popular a partir de 2007, quando chegou a versão GLS 2.0. Seu sucesso - na época, era o automóvel importado mais vendido do Brasil - motivou a produção nacional em Anápolis, Goiás, a partir de 2010 (convivendo nas concessionárias com seu sucessor, o ix35).
Sua última novidade relevante ocorreu em 2012, com a introdução do motor 2.0 Flex. Hoje, mesmo com preço competitivo, bom espaço interno e uma gama interessante de equipamentos - que incluía câmbio automático de 4 marchas, ar-condicionado automático e faróis com acendimento automático - o Tucson perdeu seu público cativo. O ultimato foi dado já no fim de 2018, quando o CAOA Chery Tiggo 5 passou a ocupar seu espaço na linha de montagem de Anápolis.
Sua última novidade relevante ocorreu em 2012, com a introdução do motor 2.0 Flex. Hoje, mesmo com preço competitivo, bom espaço interno e uma gama interessante de equipamentos - que incluía câmbio automático de 4 marchas, ar-condicionado automático e faróis com acendimento automático - o Tucson perdeu seu público cativo. O ultimato foi dado já no fim de 2018, quando o CAOA Chery Tiggo 5 passou a ocupar seu espaço na linha de montagem de Anápolis.
Toyota Etios Cross (2013 - 2018)
A versão aventureira do Etios, caracterizada por uma decoração externa de extremo mau-gosto, chegou ao mercado um ano após o lançamento do hatch fabricado em Sorocaba (SP). Ele acompanhou as evoluções mecânicas e melhorias de acabamento da gama (como a inclusão do quadro de instrumentos digital e os incrementos de força ao motor 1.5), até 2017, quando não foi reestilizado junto com as outras versões e passou a ser vendido só com o câmbio automático de 4 marchas.
Em meados deste ano, o Cross deixou de ser fabricado, juntamente com as versões XLS e Platinum dos Etios Hatch e Sedan. Mas quem é fã de um hatch aventureiro não haverá de ficar órfão, pois a Toyota prepara para 2019 o lançamento da versão X-Road do Yaris - de visual também polêmico.
Chery Celer (2011 - 2018)
A boa aceitação do hatch e do sedã chineses (conhecidos como Fulwin 2 e J2 em outros mercados) motivou a Chery a produzi-los no Brasil, mais especificamente em Salto (SP), a partir de 2015, já reestilizados. Mas nem os preços competitivos, a boa oferta de equipamentos (que incluía CD player com entrada USB, direção hidráulica, ar-condicionado, ajuste de altura do volante e banco do motorista, travas/vidros/retrovisores elétricos) ou o motor 1.5 16 válvulas Flex de 113 cavalos com etanol foram argumentos que encantassem os consumidores nos últimos tempos.
Contudo, o atual Tiggo 2 tem muito a ver com o Celer hatch (observe o estilo das portas, janelas e recorte das lanternas), ainda que tenha sido reformulado para assumir o segmento da moda atual e ganhado novo painel. Aos órfãos do Celer sedã, a alternativa é partir para o Arrizo 5, maior (e mais caro).
Kia Mohave (2008 - 2018)
Esse morreu, mas a única surpresa do mercado era "mas já não tinha saído de linha?". Lançado no Salão do Automóvel de São Paulo de 2008, o Mohave passou 10 anos quase inalterado - apenas com um face-lift discreto em 2016. Com 7 lugares, o Mohave trazia motor 3.0 V6 de 256 cavalos e itens como banco do motorista elétrico, partida por botão, DVD player e sensores dianteiros e traseiros de estacionamento. Entretanto, o layout da cabine estava extremamente defasado e sua presença nas concessionárias era quase nula. Seu lugar será ocupado pelo SUV Telluride, de 8 lugares, ainda sem data definida para chegar ao Brasil.
JAC J5, J6 (2012 - 2018), T8 (2014 - 2018) e T6 (2015 - 2018)
O sedã e a minivan, ambos de porte médio, foram as vítimas deste ano da redução de portfólio da JAC Motors, até hoje sem fábrica estabelecida no Brasil. Com o lançamento do T40 em 2017, já havia sido decretado o fim para os compactos J2, J3 e J3 Turim (sedan). O fim dos modelos J5 e J6, ambos de segmentos já em declínio, foram praticamente simbólicos, já que vendiam muito pouco e não dispunham de câmbio automático. A J6 era uma das poucas opções de 7 lugares com valor abaixo de R$ 100 mil - agora, só Chevrolet Spin e Fiat Doblò atendem a estes requisitos.
Já o fim de linha do T6, lançado há apenas 3 anos, foi um pouco mais surpreendente. Mas, no atual contexto dos SUV's da marca, ele já não fazia sentido. Tabelado em R$ 69.990 e com motor 2.0 Flex de 160 cv mas com câmbio manual de 6 marchas (atualmente ojerizado por grande parte do público-alvo destes carros), ele na teoria custava o mesmo que o T40 com câmbio automático CVT. O ultimato foi dado com o lançamento do T50 (reestilização do T5), mais equipado, sempre automático e com preços partindo de R$ 83.990.
Por fim, a "maxivan" T8, que apesar de ser bem maior que a J6 mantinha a capacidade de 7 lugares, também padeceu de estar em uma má fase neste segmento de vans de luxo, mais apropriada para transporte de passageiros entre pousadas e aeroportos. A concorrente Mercedes-Benz Vito que o diga, mesmo sendo de uma marca bem mais tradicional.
Fiat Uno Sporting (2010 - 2018) e Uno Furgão (2013 - 2018)
A versão esportivada do então novo Uno foi apresentada ao Brasil durante o Salão do Automóvel de São Paulo em 2010, com o motor 1.4 Fire de 88 cavalos que virou motivo de piadas. Meses depois, ganhou a carroceria duas-portas - na época, esse tipo de carroceria tinha certa aceitação entre os hatches compactos. Na reestilização promovida em 2014, ganhou detalhes como saída de escapamento central e rodas estilizadas com "quadrados arredondados", além de um interior mais agradável e da opção do câmbio automatizado Dualogic com acionamento por botões.
Mas foi só em 2016 que o Uno Sporting ficou bom de verdade de dirigir, com a adoção de melhorias como motor 1.3 Firefly de 109 cv com etanol, direção elétrica com modo ainda mais leve em baixas velocidades, visual mais agradável e Start&Stop para poupar combustível. Em 2017, pudemos dirigir por 2 semanas esta versão do Uno e comprovar estas melhorias. Mas, para evitar aos consumidores a dúvida entre levar um Uno completo ou um Argo intermediário, a Fiat resolveu privilegiar o novo modelo.
Já o Uno Furgão, que ainda mantinha o visual do modelo pré-2014 (foi lançado no fim de 2013, junto com a Fiorino), andava com vendas em baixa e teve sua pá de cal na sepultura dada pelo Uno Attractive, versão básica que trouxe de volta o velho motor 1.0 8 válvulas Fire. A Fiat anunciou em outubro o retorno da versão Way. Só que até mesmo este modelo aventureiro já não consta atualmente no configurador do site da marca.
Pelo mundo...
Em meados deste ano, o Cross deixou de ser fabricado, juntamente com as versões XLS e Platinum dos Etios Hatch e Sedan. Mas quem é fã de um hatch aventureiro não haverá de ficar órfão, pois a Toyota prepara para 2019 o lançamento da versão X-Road do Yaris - de visual também polêmico.
Chery Celer (2011 - 2018)
A boa aceitação do hatch e do sedã chineses (conhecidos como Fulwin 2 e J2 em outros mercados) motivou a Chery a produzi-los no Brasil, mais especificamente em Salto (SP), a partir de 2015, já reestilizados. Mas nem os preços competitivos, a boa oferta de equipamentos (que incluía CD player com entrada USB, direção hidráulica, ar-condicionado, ajuste de altura do volante e banco do motorista, travas/vidros/retrovisores elétricos) ou o motor 1.5 16 válvulas Flex de 113 cavalos com etanol foram argumentos que encantassem os consumidores nos últimos tempos.
Contudo, o atual Tiggo 2 tem muito a ver com o Celer hatch (observe o estilo das portas, janelas e recorte das lanternas), ainda que tenha sido reformulado para assumir o segmento da moda atual e ganhado novo painel. Aos órfãos do Celer sedã, a alternativa é partir para o Arrizo 5, maior (e mais caro).
Kia Mohave (2008 - 2018)
Esse morreu, mas a única surpresa do mercado era "mas já não tinha saído de linha?". Lançado no Salão do Automóvel de São Paulo de 2008, o Mohave passou 10 anos quase inalterado - apenas com um face-lift discreto em 2016. Com 7 lugares, o Mohave trazia motor 3.0 V6 de 256 cavalos e itens como banco do motorista elétrico, partida por botão, DVD player e sensores dianteiros e traseiros de estacionamento. Entretanto, o layout da cabine estava extremamente defasado e sua presença nas concessionárias era quase nula. Seu lugar será ocupado pelo SUV Telluride, de 8 lugares, ainda sem data definida para chegar ao Brasil.
JAC J5, J6 (2012 - 2018), T8 (2014 - 2018) e T6 (2015 - 2018)
O sedã e a minivan, ambos de porte médio, foram as vítimas deste ano da redução de portfólio da JAC Motors, até hoje sem fábrica estabelecida no Brasil. Com o lançamento do T40 em 2017, já havia sido decretado o fim para os compactos J2, J3 e J3 Turim (sedan). O fim dos modelos J5 e J6, ambos de segmentos já em declínio, foram praticamente simbólicos, já que vendiam muito pouco e não dispunham de câmbio automático. A J6 era uma das poucas opções de 7 lugares com valor abaixo de R$ 100 mil - agora, só Chevrolet Spin e Fiat Doblò atendem a estes requisitos.
Já o fim de linha do T6, lançado há apenas 3 anos, foi um pouco mais surpreendente. Mas, no atual contexto dos SUV's da marca, ele já não fazia sentido. Tabelado em R$ 69.990 e com motor 2.0 Flex de 160 cv mas com câmbio manual de 6 marchas (atualmente ojerizado por grande parte do público-alvo destes carros), ele na teoria custava o mesmo que o T40 com câmbio automático CVT. O ultimato foi dado com o lançamento do T50 (reestilização do T5), mais equipado, sempre automático e com preços partindo de R$ 83.990.
Por fim, a "maxivan" T8, que apesar de ser bem maior que a J6 mantinha a capacidade de 7 lugares, também padeceu de estar em uma má fase neste segmento de vans de luxo, mais apropriada para transporte de passageiros entre pousadas e aeroportos. A concorrente Mercedes-Benz Vito que o diga, mesmo sendo de uma marca bem mais tradicional.
Fiat Uno Sporting (2010 - 2018) e Uno Furgão (2013 - 2018)
A versão esportivada do então novo Uno foi apresentada ao Brasil durante o Salão do Automóvel de São Paulo em 2010, com o motor 1.4 Fire de 88 cavalos que virou motivo de piadas. Meses depois, ganhou a carroceria duas-portas - na época, esse tipo de carroceria tinha certa aceitação entre os hatches compactos. Na reestilização promovida em 2014, ganhou detalhes como saída de escapamento central e rodas estilizadas com "quadrados arredondados", além de um interior mais agradável e da opção do câmbio automatizado Dualogic com acionamento por botões.
Mas foi só em 2016 que o Uno Sporting ficou bom de verdade de dirigir, com a adoção de melhorias como motor 1.3 Firefly de 109 cv com etanol, direção elétrica com modo ainda mais leve em baixas velocidades, visual mais agradável e Start&Stop para poupar combustível. Em 2017, pudemos dirigir por 2 semanas esta versão do Uno e comprovar estas melhorias. Mas, para evitar aos consumidores a dúvida entre levar um Uno completo ou um Argo intermediário, a Fiat resolveu privilegiar o novo modelo.
Já o Uno Furgão, que ainda mantinha o visual do modelo pré-2014 (foi lançado no fim de 2013, junto com a Fiorino), andava com vendas em baixa e teve sua pá de cal na sepultura dada pelo Uno Attractive, versão básica que trouxe de volta o velho motor 1.0 8 válvulas Fire. A Fiat anunciou em outubro o retorno da versão Way. Só que até mesmo este modelo aventureiro já não consta atualmente no configurador do site da marca.
Pelo mundo...
Chevrolet City Express (2014 - 2018)
A van vendida pela Chevrolet era uma opção "badge-engineered" da Nissan NV200. Chegava a ser curioso ver o emblema da Chevrolet diante de um volante e um quadro de instrumentos praticamente idênticos aos que equipavam o Nissan March no Brasil. Hoje, quem precisa de uma van e não quer sair de marca vai precisar recorrer à velha Chevrolet Express.
A van vendida pela Chevrolet era uma opção "badge-engineered" da Nissan NV200. Chegava a ser curioso ver o emblema da Chevrolet diante de um volante e um quadro de instrumentos praticamente idênticos aos que equipavam o Nissan March no Brasil. Hoje, quem precisa de uma van e não quer sair de marca vai precisar recorrer à velha Chevrolet Express.
Nissan Wingroad (1996 - 2018)
Perua comercializada no Japão, começou a ser produzida em 1996 e sua atual geração remonta a 2005. A plataforma da Wingroad era a mesma da minivan Livina. A Nissan encerrou a produção da station wagon para pessoas físicas em março deste ano, mas a versão "de serviço" continua em produção com o nome NV150 AD.
Perua comercializada no Japão, começou a ser produzida em 1996 e sua atual geração remonta a 2005. A plataforma da Wingroad era a mesma da minivan Livina. A Nissan encerrou a produção da station wagon para pessoas físicas em março deste ano, mas a versão "de serviço" continua em produção com o nome NV150 AD.
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