Quatro motivos para verificar o histórico do carro quando optar por um usado


Por Roberto Bottura*

Vender ou comprar um carro seminovo exige uma série de cuidados de ambas as partes. Enquanto o vendedor descreve seu bem para tentar o melhor preço, o comprador quer se certificar que está pagando o valor correto que aquele determinado automóvel vale. Nem sempre eles falam a mesma língua e o que poderia ser um bom negócio para os dois, acaba se transformando em discussão e briga.


Na era da conectividade, é possível obter informações importantes sobre um veículo de forma online, principalmente o histórico completo do veículo a ser adquirido. Mais do que a vivência do vendedor e a desconfiança do comprador, são esses dados que permitem ter uma visão geral do automóvel e, a partir daí, chegar a um preço que reflita sua real condição. Confira quatro motivos que mostram a importância de conferir o passado do carro antes de concluir o negócio:

1 – Ele pode ter multas e restrições


É a primeira checagem necessária que todo comprador deve fazer. O veículo em questão pode ter multas e impostos que não foram pagos, pendências administrativas com o Detran ou, pior, ser fruto de roubo, furto ou mesmo bloqueios judiciais. É essencial saber todas essas informações por um motivo bem simples: a transferência de titularidade só pode ser concretizada quando essas questões forem resolvidas – inclusive parcelas de IPVA que ainda não venceram.

2 – Não passou por revisão


Quem compra um automóvel espera que ele esteja nas melhores condições, ou seja, tenha feito as revisões necessárias por conta da quilometragem e da idade. Saber se o carro passou por este procedimento (e quando passou) mostra se ele está em ordem ou se há risco de quebrar ou trocar algumas peças logo após a compra. O ideal é, antes de comprar, conferir esse ponto para ter a certeza de que o valor a ser pago é justo.

3 – A estrutura foi reparada em um sinistro

Por melhor que seja o serviço de funilaria e pintura, acidentes sempre deixam marcas – e essas avarias influenciam no preço a ser pago em um carro. Uma boa avaliação consegue identificar sinais de ferrugem, pinturas diferentes da original, pequenos amassados na lataria e peças trocadas. Elas devem ser sempre reparadas de forma a garantir que a estrutura do veículo seja preservada. Fique atento também à conservação do motor, lanternas e maçanetas, que são indicativos do tempo e da falta de manutenção. Pode até parecer um bom negócio no início, mas além do gasto para recuperar essas avarias mal executadas, você pode não conseguir transferir o veículo na hora da compra e ficar com um problemão na mão.

4 – A quilometragem não corresponde à exibida no painel


Um dos melhores indicadores de qualidade e eficiência de um automóvel é, sem dúvida, a quilometragem dele. Aparentemente os carros mais conservados são aqueles que rodaram pouco e não desgastaram suas peças. Contudo, não é incomum alguns comerciantes adulterarem o número de quilômetros rodados para enganarem os compradores e venderem um carro já bem rodado como se fosse seminovo. Para não cair nesse golpe, a dica é olhar o estado de conservação do carro como um todo: se não condizer com o visor do painel, tenha cuidado, cheque as informações existentes no laudo deste veículo ou ainda no Detran.

* Roberto Bottura é CEO da Checkprice, empresa especializada na oferta de informações online de veículos, e também disponibiliza serviços de consultas veiculares, regularizações e transferências sem burocracia.

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