A "Expedição Nissan: À procura do início do Brasil", projeto que visitou alguns dos principais sítios de arte rupestre do País, chegou ao fim após a etapa do Pará ter sido finalizada em Alter do Chão. A caravana de quinze picapes Frontier passou por seis estados em cinco etapas, em uma aventura que começou em setembro de 2017, em Minas Gerais. O objetivo da expedição foi contribuir com a cultura e pesquisa científica ao divulgar o rico acervo de pinturas rupestres do Brasil, que não é muito conhecido pelos próprios brasileiros e pouco divulgado na mídia.
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Os expedicionários que participaram das cinco etapas, que passaram por quatro regiões do Brasil – Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste –, conheceram centenas de imagens de animais, plantas e seres humanos pintadas em rochas e pedras, algumas com aproximadamente 30 mil anos, como as encontradas na Serra da Capivara, no Piauí. Também puderam ver de perto itens encontrados em escavações arqueológicas como restos de fogueiras de povos que viveram na região da serra piauiense há 50 mil anos.
O projeto da Nissan teve início em setembro de 2017, em Minas Gerais, com a visita a locais como o paredão da Lapa do Sumidouro, na Serra do Cipó, e ao museu Peter Lund que guarda o crânio da Luzia, fóssil humano (Homo Sapiens) mais antigo encontrado na América – a estimativa é que tenha entre 12.500 a 13 mil anos.
Na sequência, a caravana de expedicionários esteve na Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no Piauí, que tem diversos sítios de arte rupestre, alguns deles considerados os mais importantes do Brasil e do mundo – reconhecidos pela UNESCO como Patrimônio Mundial. Para chegar até lá, o grupo acabou cruzando ainda os estados da Bahia e de Pernambuco.
Depois seguiu para o Mato Grosso, onde visitou as pinturas rupestres mais significativas encontradas na região da Chapada dos Guimarães e na cidade de Jaciara.
A Bahia, que conta com sítios importantes como o da Serra das Paridas, na região de Lençóis, também recebeu o projeto. A cidade de Morro do Chapéu, com centenas de sítios, foi outro destino da expedição no estado nordestino. No Pará, última etapa, o projeto da Nissan visitou a região do Parque Estadual Monte Alegre para conhecer a arte rupestre em sítios como os da Pedra do Mirante e da Pedra do Pilão.
Em todas as etapas, os aventureiros foram acompanhados por arqueólogos com especialização nas pinturas de cada estado visitado para receber informações relevantes sobre os achados, como a tradição de cada conjunto de pinturas de um local.
Para colaborar com o desenvolvimento do turismo nos sítios arqueológicos, a Nissan deixou legados em alguns deles. Entre os apoios da marca destacam-se a parceria para a reforma do deck e trilhas de acesso no sítio arqueológico Lapa do Sumidouro, na Serra do Cipó, Minas Gerais; a doação de equipamentos audiovisuais para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) ministrar palestras na sede do Parque da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso; e a instalação de sinalização para facilitar a visitação e a aquisição de uniformes para funcionários do Parque Estadual Monte Alegre, no Pará.
No total, foram cerca de 3800 quilômetros rodados em estradas asfaltadas ou de terra, a pé ou navegados por rios, como o Amazonas e o Tapajós. Mais de 80 expedicionários, entre jornalistas, convidados e arqueólogos, além de uma equipe de apoio de 30 pessoas, participaram das cinco expedições.
Veja alguns dados e números da "Expedição Nissan: À procura do início do Brasil:
Por onde passou?
6 estados, 19 cidades/localidades
Minas Gerais (1ª etapa): Serra do Cipó (distrito de Santana do Riacho), Lagoa Santa, Matozinhos e Belo Horizonte
Piauí (2ª etapa): Casa Nova, Remanso, Santana do Sobrado, Sobradinho, na Bahia; São Raimundo Nonato, no Piauí, e Petrolina, em Pernambuco
Mato Grosso (3ª etapa): Cuiabá, Jangada, Jaciara e Cidade de Pedra (dentro Chapada dos Guimarães)
Bahia (4ª etapa): Lençóis e Morro do Chapéu
Pará (5ª etapa): Monte Alegre, Santana do Tapará e Santarém
Quantos km percorreu (de picape, a pé e barco)?
Minas Gerais (1ª etapa): 850 km
Piauí (2ª etapa): 932 km
Mato Grosso (3ª etapa): 860 km
Bahia (4ª etapa): 610 km
Pará (5ª etapa): 549 km, sendo 60 km de balsa entre Santarém e Monte Alegre
Quantas pessoas?
As 5 etapas reuniram 110 pessoas, entre jornalistas, convidados, arqueólogos e apoios de logística e de organização
Quantas sítios arqueológicos foram visitados?
18 no total. Somente em Minas Gerais foram cinco
Quantos arqueólogos e/ou historiadores fizeram parte?
6
Minas Gerais (1ª etapa): Alenice Baeta
Piauí (2ª etapa): Alenice Baeta e Niéde Guidon
Mato Grosso (3ª etapa): Caroline Bachelet e Levy Figuti
Bahia (4ª etapa): Carlos Etchevarne
Pará (5ª etapa): Edith Pereira
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