Seis anos após seu lançamento, a minivan Chevrolet Spin - uma das poucas remanescentes do segmento que segue sendo produzida no Brasil - passa por sua primeira reestilização. As mudanças na parte externa ajudaram a deixar a Spin mais apresentável, já que a anterior era feia a ponto de afastar potenciais compradores. A versão aqui mostrada é a LTZ automática na cor Azul Caribe.
A grade, que segue com o sistema de abertura e fechamento conforme a necessidade, ganhou novos contornos e mais cromados, presentes também nas molduras dos faróis de neblina. As rodas de 16 polegadas são calçadas com pneus 205/60. Nos para-lamas dianteiros, foram adicionadas de volta as luzes de seta. As luzes de posição passam a ser de LED.
Na traseira, assim como o sedã Cobalt que é concebido sob sua mesma plataforma, a Spin passa a ter lanternas que se prolongam para a tampa do porta-malas. Esta, por sua vez, passa a abrigar a placa. No canto esquerdo do para-choque está a lanterna de neblina.
O interior também passou por extensos aprimoramentos. O volante ganhou costuras azuis, que combinam com a cor externa, e nova base. Com ajuste apenas em altura (ao menos sem despencar) e assistência elétrica progressiva, o raio esquerdo concentra os botões do controlador automático de velocidade, enquanto o raio direito traz atalhos de som e telefone.
O quadro de instrumentos passa a ser mais assemelhado ao do Tracker. Os ponteiros, quando o carro está desligado, repousam na vertical. O velocímetro digital, uma das marcas da linha Chevrolet desde a última renovação total de seu portfólio fabricado no Brasil, foi substituído pelo instrumento analógico. À sua direita, uma tela monocromática apresenta as informações do computador de bordo. Sua operação é confusa: os botões incorporados à alavanca de seta estão muito desconcentrados entre si. Entre outras informações, exibe consumo médio, autonomia, vida útil do óleo do motor e perda de pressão dos pneus.
Todas as versões da Spin trazem o ajuste interno de altura dos faróis, muito útil para não ofuscar os outros motoristas quando a parte traseira estiver muito carregada. Este ajuste fica ao lado do comando de escurecer ou aumentar o brilho dos instrumentos. Outra novidade é o acendimento automático dos faróis.
Na versão LTZ, parte dos bancos, painel e forros de porta recebem a cor marrom. Contrastando com os revestimentos de couro nos assentos, todo o painel é feito em plástico duro. As saídas de ar, a parte central do painel, o porta-luvas e os forros de porta foram redesenhados para a linha 2019.
O sistema multimídia MyLink traz as funcionalidades consagradas pela linha Chevrolet: tela sensível ao toque de 7 polegadas, câmera de ré (novidade da linha 2019), entradas USB e auxiliar, som com 4 alto-falantes, espelhamento de tela de celulares compatíveis com Android Auto e Apple CarPlay (permitindo, por exemplo, usar o GPS na tela do carro), reprodutor de fotos e vídeos, além da assistência do OnStar, que nesta versão traz todas as funcionalidades disponíveis e acessíveis também por botões na moldura do retrovisor interno. Há serviços como monitoramento de rota, assistente de recuperação do veículo, chamada automática de emergência em caso de acidente, visualização de informações do carro pelo aplicativo de celular, serviços de concierge junto a uma central de atendentes, entre outros.
O porta-luvas, com tampa que abre para cima, é iluminado. Abaixo deste recipiente há um porta-objetos aberto.
Os vidros possuem acionamento por um-toque, bloqueio das janelas traseiras, recurso anti-esmagamento e abrem ou fecham em conjunto com o comando das portas.
Os passageiros de trás contam com mais comodidade e segurança. A segunda fileira de bancos, que já era bipartida, passa a correr sobre trilhos. A foto abaixo dá uma ideia da diferença de posições entre o banco avançado ou recuado:
Ainda na segunda fileira, agora há cinto de 3 pontos e apoio de cabeça para quem senta no meio do banco. Já as pontas passam a contar com fixações ISOFIX (e Top-Tether, atrás do assento) para uma fixação mais segura das cadeirinhas infantis.
Mesmo com o artifício da segunda fileira corrediça, a terceira fileira continua mais adequada a crianças - uma pessoa com 1,80 metro de altura senta até com bom espaço para a cabeça, porém o espaço para pernas é só o suficiente para não bater os joelhos no banco à frente, e sair do carro é um pouco complicado, apesar das tiras incorporadas aos assentos facilitarem seu rebatimento. O porta-malas, com 7 passageiros, leva só 162 litros.
Mas rebatendo-se a última fileira, o espaço já supera o de muitas peruas, alcançando 553 litros. E com o rebatimento das duas fileiras traseiras, leva-se 952 litros (valores até a altura da linha de cintura da carroceria, e não até o teto). Para não comprometer o espaço para carga, o estepe é do tipo temporário, bem mais fino do que as outras rodas (115/70 com roda de ferro de 16 polegadas).
A Spin LTZ também traz ar-condicionado, nova chave principal canivete (a reserva é simples e sem botões em seu corpo), ajuste de altura do banco do motorista, travas e retrovisores elétricos, limpador/lavador/desembaçador temporizado traseiro, luzes individuais de leitura na dianteira (e luz de teto traseira), sensor de ré, para-sóis com espelhos e destravamento da portinhola do tanque de combustível associado ao destrancamento das portas, além dos itens mencionados ao longo da matéria.
Contrastando com as linhas modernas da carroceria, ao abrir o capô (sem manta de isolamento acústico) se depara com o 1.8 SPE/4, um dos poucos propulsores do mercado que ainda adota o esquema das 8 válvulas e mantém o reservatório de gasolina para partida a frio. A potência é de 106 cavalos com gasolina e 111 cv com etanol, a 5200 rpm. Já o torque é de 16,8 kgfm com gasolina (a 2800 rpm) e 17,7 kgfm com etanol (a 2600 rpm).
Ao longo dos anos, este propulsor foi aprimorado para entregar mais força em baixas rotações, além de reduzir o consumo de combustível. O tanque tem a capacidade de 53 litros.
O câmbio automático de 6 marchas também já pode ser considerado um veterano, estando presente desde o lançamento da própria Spin em 2012. Com conversor de torque e seis marchas, é uma transmissão confiável e traz modo manual de troca de marcha, porém, acionado por botões "+" e "-" no pomo da própria alavanca, pouco ergonômicos.
Além dos itens já referenciados até aqui, o pacote de segurança da Spin LTZ é composto por airbags frontais, alarme, alças de teto, freios ABS com EBD e aviso sonoro em caso do cinto do motorista desafivelado.
A Spin LTZ manual tem preço de R$ 78.490, e a cor do carro das imagens representa acréscimo de mais 1300 reais - só o tom Branco Summit, sólido, e o Azul Blue Eyes, metálico, não são pagos à parte. Para ter a comodidade do câmbio automático, é preciso pagar mais R$ 3500, totalizando R$ 83.290 pelo carro das fotos.
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