Marchionne durante a inauguração da fábrica da Fiat-Jeep em Goiana (Pernambuco) em 2015, junto com a então presidente do Brasil Dilma Rousseff |
O executivo do grupo Fiat-Chrysler Automobiles, Sergio Marchionne, afastado no último sábado de suas posições por conta de complicações após uma cirurgia que o levaram ao coma, faleceu nesta quinta-feira (25), aos 66 anos, em Zurique (Suíça). Sua última aparição pública ocorreu no dia 26 do mês passado, quando demonstrou estar fatigado. No dia 5 deste mês, a FCA declarou que Marchionne tirou licença-médica para se submeter a uma cirurgia no ombro direito e que não seria capaz de retornar a suas atividades. Semanas depois, descobriu-se que seu estado de saúde havia se deteriorado repentinamente.
Fontes da mídia italiana relataram que a piora no estado de saúde foi desencadeada porque Marchionne entrou em coma e contradisseram a declaração da FCA, relatando que sua cirurgia foi na verdade um procedimento muito mais invasivo destinado a combater uma doença não especificada, mas infecciosa de forma agressiva, que havia sido diagnosticada recentemente. Posteriormente foi relatado que Marchionne tinha problemas com a dor crônica em seus ombros que dificultava o movimento do braço, que ele estava tratando com cortisona. Ele foi posteriormente diagnosticado com um sarcoma de ombro invasivo, cuja severidade ele ocultou de John Elkann (herdeiro da família Agnelli) e seus colegas enquanto ele se submetia ao tratamento. Sua cirurgia no ombro fazia parte desse tratamento e foi relatada como uma operação de alto risco que Marchionne estava inicialmente apreensivo. Durante a operação, ele sofreu um derrame provocado por uma embolia cerebral que o colocou em coma. Marchionne supostamente sofreu danos cerebrais permanentes e estava sendo mantido vivo por máquinas de suporte de vida, e os médicos relataram que não havia esperança de recuperação.
Sergio Marchionne deixa sua ex-esposa Orlandina, sua atual companheira Manuela Battezzato e seus dois filhos adultos. O chefão da FCA até a última semana nasceu em 17 de julho de 1952 em Chieti, na Itália. Eleito como membro independente do quadro de diretores da Fiat em 2003, passou a ser CEO da marca italiana no ano seguinte. Em junho de 2009, quando a Fiat adquiriu 20% da Chrysler, Sergio também substituiu o CEO anterior da marca norte-americana. Marchionne, ao invés do terno e gravata, era visto em praticamente todas as aparições públicas trajando blusas de lã, geralmente pretas. Ele também fumava bastante, mesmo em entrevistas.
Após a notícia da morte de Marchionne, John Elkann declarou: “Infelizmente, o que temíamos veio a acontecer. Sergio Marchionne, homem e amigo, se foi. Acredito que a melhor maneira de honrar sua memória é construir o legado que ele nos deixou, continuando a desenvolver os valores humanos de responsabilidade e franqueza dos quais ele foi o mais fervoroso campeão. Minha família e eu seremos eternamente gratos pelo que ele fez. Nossos pensamentos estão com Manuela e seus filhos Alessio e Tyler. Eu peço novamente a todos que respeitem a privacidade da família de Sergio."
Michael Manley foi anunciado no último sábado como novo CEO da FCA. Ele foi o chefão da marca Jeep desde 2009, posição que, em sua própria opinião, foi o ponto de virada em sua carreira - as vendas da marca saltaram de 320 mil unidades em 2009 para 1,23 milhão em 2015.
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