Já fez a sua revisão antes da viagem? Cheque estes itens antes de pegar a estrada


O mês de julho está aí e com ele, as férias de inverno. Momento de realizar muitas viagens, em especial as rodoviárias. Mas para evitar riscos ou inconvenientes durante o trajeto da viagem, é importante que o automóvel esteja em ordem.


Assim, preparamos uma lista de itens importantes a serem checados antes de pegar estrada, mesmo para quem segue a rotina de manutenção recomendada pela fábrica. Importante destacar que a revisão não deve ser feita na véspera, já que se houver necessidade de substituição de alguma peça, pode ser difícil fazer isso de um dia para o outro.

O que é uma REVISÃO GERAL


Carro precisa de manutenção periódica. Ou seja, se o seu já não visita a oficina há um bom tempo, é importante programar uma revisão uns dias antes de pegar a estrada com a família. Peça para que sejam conferidos itens básicos como óleo do motor, sistema de freios e as famosas correias (do alternador, a dentada e a do ar-condicionado), que não podem estar ressecadas ou trincadas, pois dessa forma aumenta o risco de arrebentarem na estrada. E como vivemos em um país tropical, com temperaturas elevadas no verão, é de extrema importância a manutenção do sistema de arrefecimento, para evitar o superaquecimento do motor. Se o sistema de refrigeração do seu carro não foi revisado nos últimos dois anos, é melhor pedir para fazer uma limpeza geral com a reposição do líquido de arrefecimento, para que o motor possa trabalhar na temperatura ideal.

Pneus


Verificar se os pneus estão com bolhas ou com arames aparentes. No caso de haver uma ou mais bolhas, substitua imediatamente a unidade: é um indicativo de dano estrutural na carcaça, havendo sérios riscos de estouro, principalmente na estrada onde o pneu é submetido a altas temperaturas.

Desgaste irregular na banda de rodagem é um indicativo de desalinhamento da suspensão, ou de uso de pressão inadequada no pneu por longos períodos. Além disso, os sulcos devem ter no mínimo 1,6mm de profundidade. Eles são vitais para a correta drenagem de água e garantia da aderência com o solo. Se a marca do TWI (todo pneu tem) estiver na mesma altura da banda de rodagem, o pneu precisa ser substituído.

Cheque a pressão de todos os pneus de acordo com a quantidade de passageiros e bagagem que o carro irá carregar, pois quase todos os modelos exigem pressões diferentes para esta condição.

Triângulo, macaco e chave de roda

Não confira apenas se os itens estão no carro. Faça uma checagem de funcionamento: um triângulo com a haste de apoio quebrada não serve para nada, por exemplo. Não se esqueça de incluir o estepe na inspeção.

Alinhamento da suspensão e balanceamento das rodas

Muitas vezes são deixados de lado. O pior é que seus sintomas costumam aparecer somente em velocidades mais altas: vibrações ao volante, no caso de uma roda desbalanceada; ou direção desalinhada (o carro puxa para um dos lados), no caso de alinhamento fora das especificações de fábrica – que pode ocorrer quando o carro acerta um buraco ou a calçada. Em situações de emergência, um carro desalinhado ou com problemas de direção pode ser extremamente perigoso.

Barulhos na suspensão

Rangidos, batidas estridentes ou ruídos que se assemelham a algo como “batendo metal com metal” devem ser averiguados em empresa especializada. As condições de nosso pavimento podem levar a um desgaste de partes da suspensão antes do prazo previsto na revisão. E quebras com o veículo carregado, são mais frequentes. Dependendo da peça da suspensão como pivôs de bandeja ou braços da caixa de direção, uma quebra pode deixar o carro ingovernável.

Amortecedores

Os amortecedores são componentes ligados diretamente à segurança do veículo. São eles os responsáveis por manter o contato permanente dos pneus com o solo, garantindo a estabilidade do automóvel. A fabricante indica a revisão da peça quando o veículo atingir aproximadamente 40 mil quilômetros ou conforme orientação da montadora. Depois disso, o motorista deve realizar checagens periódicas.

Fluidos

Na estrada, o motor é submetido a um esforço maior que no uso urbano. Por isso, é importante checar o nível, a validade de todos os fluidos e seus respectivos filtros, bem como a presença de vazamentos: líquido de arrefecimento, óleo do motor e transmissão, fluido de freio, direção hidráulica, e nível do combustível do reservatório de partida a frio (carros flex mais antigos). Se o prazo de troca de filtros e fluidos estiver próximo, não há mal em adiantá-lo.

Sistema elétrico


Confira se as lanternas, faróis e piscas estão funcionando corretamente. Substituir uma lâmpada queimada é algo rápido, e pode prevenir um acidente e multa.

Sistema de limpeza dos vidros

Além do funcionamento dos limpadores e desembaçadores, confira o nível do reservatório de limpeza e o estado das palhetas. Se estiverem ressecadas, não farão a limpeza adequada da água. No dia da viagem, limpe bem os vidros: a sujeira reflete luz e dificulta a visão. Em carros sem ar-condicionado, não é má ideia levar um pano de algodão e um spray anti-embaçante. Na chuva farão grande diferença.

Mais itens mecânicos


No caso de você não ter seguido as revisões obrigatórias por um motivo ou outro, leve o veículo numa concessionária. São itens que podem estar funcionando aparentemente bem, mas que poderão apresentar falhas ao serem submetidos ao esforço maior do uso rodoviário. Sistema de ignição e injeção, coifas e juntas homocinéticas e a correia dentada do motor, bem como seus respectivos rolamentos, podem causar uma parada total do carro se tiverem uma falha estrutural.

Na hora de pegar a estrada

NEBLINA: Em algumas regiões do Brasil é comum a incidência de neblina nas estradas nesta época do ano, fator que aumenta o risco de acidente. Saiba que nessa condição você deve usar o farol baixo com o auxiliar de neblina, que ilumina mais próximo do carro e para os lados. E lembre-se: farol e lanterna de neblina só devem ser usados quando houver neblina. Do contrário, só atrapalham a visibilidade de outros motoristas. Nunca usar a luz de neblina traseira acesa, a não ser que a visibilidade esteja reduzida, pois ela pode atrapalhar a visão do motorista que viaja atrás.

ALGUMAS FERRAMENTAS: Nos carros mais modernos, dotados de sistemas eletrônicos, fica difícil pensar em resolver qualquer problema apresentado na estrada. Atualmente, mal se vê o motor do carro, portanto, tentar fazer qualquer intervenção é complicado. Mas não custa nada fazer um kit de viagem com lanterna com pilhas novas, uma chave de fenda e cabos de partida auxiliar (para fazer chupeta), caso a bateria resolva acabar.


PROGRAMANDO A VIAGEM: Leve também água e lanche rápido para evitar paradas desnecessárias, mas também não dirija por períodos superiores a duas horas e encoste ao primeiro sinal de sonolência. Durma bem e evite comidas pesadas antes de pegar a estrada, e não se esqueça do celular com a bateria carregada e o cartão da seguradora. Consulte sempre os sites das rodovias com do DER e das concessionárias de rodovias para saber as condições das estradas.


ATENÇÃO COM O FREIO: Com o carro carregado, e consequentemente mais pesado, é preciso acionar o pedal de freio um pouco antes do que o normal, principalmente se estiver em uma descida com curvas sinuosas. E esqueça aquela velha ideia de colocar o carro em ponto morto, a famosa banguela, acreditando que vai economizar combustível. O que se ganha é muito pouco, comparado ao risco que se corre, pois a sobrecarrega no sistema de freio, pode comprometer uma frenagem de emergência, já que não conta com o auxílio do freio motor.

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