Com uma linha de produtos caminhando para o ostracismo, a Fiat precisou se reinventar. No segmento de hatches, para a montadora, menos é mais: o Mobi é assumidamente o modelo de entrada (posto que era de Palio Fire e Uno Vivace até 2016), enquanto o Uno está um degrau acima e, substituindo todas as versões do Punto e boa parte das opções do Palio, chega o Argo. Vale explicar o significado do nome do modelo: vem do mito grego de Jasão e aos Argonautas que viajavam a bordo da nau Argo, construída pelo semideus Argos, sob orientação da deusa Atena. Depois de cumprida sua missão, Argo foi consagrado a Poseidon e se transformou na Constelação de Argo.
A equipe de design responsável pelo Argo se utilizou de elementos adotados no Toro. De frente, os faróis bi-parábola (com LEDs nas versões mais caras) se espalham pelas laterais e as pontas lembram o igualmente recente Mobi. O capô é longo e possui vincos fortes, que fazem uma discreta continuidade no teto do carro. A grade possui aberturas em colmeia e seu formato lembra o hatch Tipo europeu.
Já o para-choque dianteiro traz visual esportivo mesmo nas versões de entrada, com luzes de neblina circulares e molduras nas extremidades que reforçam a impressão de largura. Lateralmente, destaque para as caixas de roda volumosas e para as sinuosidades em torno das portas e janelas. Já na traseira, as lanternas se prolongam para a tampa do porta-malas, enquanto o logotipo Fiat possui o mesmo padrão de Toro e Mobi, com letras grandes; os refletores dos para-choques são acompanhados de fortes vincos.
Já o interior possui estilo próprio, ainda que vários recursos tenham vindo de outros modelos Fiat, mais notavelmente o Toro. O painel se destaca pelas três saídas de ar centrais envolvidas por uma faixa central; acima delas está o rádio ou central multimídia de 7 polegadas, com moldura saltada do painel e que será item de série desde o modelo Drive 1.3 (sendo equipamento opcional para o Drive 1.0). Já as áreas funcionais, como botões de pisca-alerta, travas, Start&Stop (de série em todos os modelos) e controle de estabilidade estão reunidos num console horizontal elegante.
As saídas de ar laterais formam uma espécie de continuidade com as maçanetas das portas, enquanto o plástico que cobre o quadro de instrumentos é vazado (nos teasers, isto alimentou a falsa expectativa de que o Argo teria como opcional o Head-Up Display). Já o console central possui um layout diferente para cada tipo de câmbio - manual de 5 marchas, automatizado monoembreagem GSR de 5 marchas ou automático com conversor de torque e 6 marchas. Nesta região estão situadas as entradas USB e auxiliar. Atrás do freio de mão, há outra entrada USB completa, que inclui transferência de dados para o sistema de som.
Os painéis de portas possuem insertos de tecido integrados ao puxador. Já os bancos possuem volumes e apoios corporais maiores em relação ao Palio, e o volante possui empunhadura mais espessa, apoio para os polegares, base achatada e apliques pintados.
No quesito segurança, a Fiat destaca a composição da carroceria do Argo, na qual predominam aços de alta resistência, combinado ao uso em menor quantidade de aços ultra-resistentes e hot stamping: em relação ao Punto, o Fiat Argo teve aumento de 7% na rigidez torcional e de 8% na rigidez flexional. Os modelos mais completos terão itens como airbags laterais dianteiros, enquanto a fixação ISOFIX para cadeirinhas infantis e luzes de seta integradas aos retrovisores vêm em todas as versões. A partir do modelo Drive 1.3 GSR, estarão presentes controles eletrônicos de estabilidade e tração, além do Hill-Holder, que segura o carro por alguns segundos para o motorista pisar no acelerador com mais segurança.
Com 4,00 metros de comprimento, 1,72 metro de largura (1,75 m na versão HGT), 1,50 metro de altura e distância entre-eixos de 2,52 metros, o Argo possui habitáculo com boa amplitude (área de 2806 litros), com bom espaço para cabeça, joelhos e cotovelos, enquanto o porta-malas de 300 litros tem formato retangular, com pouca interferência das caixas de roda. O tanque de combustível leva 48 litros.
O banco do motorista conta com ajuste de altura, enquanto o volante vem opcionalmente com regulagens de altura e profundidade. O volante concentra no raio esquerdo comandos do computador de bordo e chamadas telefônicas, enquanto na parte de trás dos raios estão os controles de volume e mudança de música. Tanto o modelo GSR automatizado quando o AT6 automático possuem paddle shifts para trocas de marcha sequenciais no volante.
A central multimídia possui tela sensível ao toque de sete polegadas. O sistema é compatível com os aplicativos Apple CarPlay e Android Auto, que espelham a tela do celular e possibilitam o uso dos aplicativos nele instalados - um alento em um carro que, inexplicavelmente, não traz GPS. A central também possui comandos de voz.
Entre o conta-giros e o velocímetro está o computador de bordo personalizável, com display de 3,5 polegadas na versão Drive e, nos modelos 1.8 (Precision e HGT), a tela é colorida de 7 polegadas. É possível conferir: velocímetro digital, alerta de perda de pressão dos pneus, informações de som, gráficos do sensor de estacionamento traseiro, portas abertas, informações mecânicas, ajuste de preferências, entre outras funcionalidades.
Os modelos mais caros contam com sensores de presença instalados nas maçanetas dianteiras externas e na tampa do porta malas, além da partida por botão, como nos Toro mais sofisticados. Da picape também vem a comodidade do ar-condicionado automático digital, embora no Argo seja apenas uma temperatura selecionável para motorista e passageiro.
Os retrovisores externos são rebatíveis eletricamente ao toque de um botão e trazem luzes de cortesia, que acendem assim que as portas são destravadas. Há ainda ajustes elétricos e função “tilt-down”, que ajusta para uma posição mais baixa ao engatar a ré. Também nos modelos mais caros estão presentes: retrovisor interno eletrocrômico, sensor de chuva e acendimento automático dos faróis, oferecidos num pacote conjunto.
Em termos de mecânica, o Argo chega com 3 opções de motorização e outras 3 de transmissão, todas com a última marcha na função Overdrive, para conter consumo de combustível e ruídos do motor. A versão Drive 1.0, com o motor Firefly de 3 cilindros, 6 válvulas, 72/77 cavalos e torque de 10,4/10,9 kgfm (com gasolina e etanol, respectivamente) a 3250 rpm, virá unicamente com câmbio manual de 5 marchas. Com 1105 quilos, o modelo de entrada acelera de 0 a 100 km/h em 14,4/13,4 segundos e alcança a velocidade máxima de 157/162 km/h (também com gasolina e etanol, nesta ordem). Abastecido com etanol, o modelo obtém médias de 9,9 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada; com gasolina, os resultados são de 14,2 km/l na cidade e 15,1 km/l na estrada.
O motor 1.3, também da família Firefly (de 4 cilindros e 8 válvulas, rendendo 101/109 cavalos e torque de 13,7/14,2 kgfm a 3500 rpm, com gasolina/etanol) contará com os câmbios manual de 5 marchas ou automatizado GSR, também com 5 marchas. O Argo Drive 1.3 manual tem peso de 1130 quilos, acelerando de 0 a 100 km/h em 11,8/10,8 segundos e chegando à máxima de 180/184 km/h (com gasolina e etanol). Em termos de consumo, obtém com etanol as marcas de 9,2 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada; com gasolina, chega a 12,9 km/l na cidade e 14,3 km/l na estrada.
Já o Argo GSR 1.3, que possui acionamento do câmbio por teclas (neutro, drive, ré, alternância do modo automático para manual e modo Sport), além do recurso Auto-Up Shift Abort para melhorar retomadas, é um pouco mais pesado (1148 quilos), mas a Fiat declara que o tempo de aceleração de 0 a 100 km/h e a velocidade máxima são idênticos aos do modelo manual. Já o consumo de combustível, com etanol, é de 8,9/10,0 km/l com etanol na cidade e estrada, e com gasolina, de 12,7/14,4 km/l em percurso urbano e rodoviário.
As versões Precision e HGT compartilham o motor 1.8 E.torQ Evo VIS de 16 válvulas, o mesmo usado no Punto Sporting, porém com as melhorias implementadas em Toro e Renegade, como Start&Stop, pré-aquecimento do combustível e coletor de admissão variável: até 4000 rpm, o ar que vai para os cilindros passa por um caminho mais longo, favorecendo o torque, e acima dessa rotação, uma aleta é acionada e faz o ar percorrer um trajeto mais curto, gerando mais potência. Rende 135/139 cavalos a 5750 rpm e o torque é de 18,8/19,3 kgfm a 3750 rpm (com gasolina e etanol). Ambos podem ser equipados com câmbio manual de 5 marchas ou automático com conversor de torque e alavanca de trilho reto, de 6 marchas - o mesmo do Toro, que se destaca pelas trocas suaves e funções como a Neutral Function, recurso que desacopla o motor da transmissão em paradas rápidas de trânsito, evitando a sensação de que está se forçando os freios.
O Argo Precision manual pesa 1229 quilos e acelera de 0 a 100 km/h em otimistas 9,2 segundos com etanol e 9,6 s com gasolina; a velocidade máxima é de 190 km/h com gasolina e 192 km/h com etanol. Já o consumo de combustível, com etanol, é de 8,0/9,6 km/l na cidade/estrada e, com gasolina, de 11,5 km/l (cidade) e 13,8 km/l (estrada). Com o câmbio AT6, esta versão pesa 1264 quilos, acelera de 0 a 100 km/h em 10,4/11,1 segundos e atinge a velocidade máxima de 191/189 km/h (com etanol e gasolina, nesta ordem). Já em termos de consumo de combustível, obtém com etanol 7,1 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada; abastecido com gasolina, chega a 10,1 km/l na cidade e 13,2 km/l na estrada.
A Fiat declara que o Argo HGT obtém os mesmos números de desempenho da versão Precision, embora seja mais pesado, tendo 1243 quilos com câmbio manual e 1279 quilos com câmbio automático. O HGT manual faz, com etanol, 7,8 km/l na cidade e 9,2 km/l na estrada; com gasolina, os resultados são de 11,4 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada. Equipado com câmbio automático, faz 7,0 km/l com etanol na cidade, 9,1 km/l com etanol na estrada, 9,9 km/l com gasolina na cidade e 12,8 km/l com gasolina na estrada.
As versões Precision e HGT compartilham o motor 1.8 E.torQ Evo VIS de 16 válvulas, o mesmo usado no Punto Sporting, porém com as melhorias implementadas em Toro e Renegade, como Start&Stop, pré-aquecimento do combustível e coletor de admissão variável: até 4000 rpm, o ar que vai para os cilindros passa por um caminho mais longo, favorecendo o torque, e acima dessa rotação, uma aleta é acionada e faz o ar percorrer um trajeto mais curto, gerando mais potência. Rende 135/139 cavalos a 5750 rpm e o torque é de 18,8/19,3 kgfm a 3750 rpm (com gasolina e etanol). Ambos podem ser equipados com câmbio manual de 5 marchas ou automático com conversor de torque e alavanca de trilho reto, de 6 marchas - o mesmo do Toro, que se destaca pelas trocas suaves e funções como a Neutral Function, recurso que desacopla o motor da transmissão em paradas rápidas de trânsito, evitando a sensação de que está se forçando os freios.
O Argo Precision manual pesa 1229 quilos e acelera de 0 a 100 km/h em otimistas 9,2 segundos com etanol e 9,6 s com gasolina; a velocidade máxima é de 190 km/h com gasolina e 192 km/h com etanol. Já o consumo de combustível, com etanol, é de 8,0/9,6 km/l na cidade/estrada e, com gasolina, de 11,5 km/l (cidade) e 13,8 km/l (estrada). Com o câmbio AT6, esta versão pesa 1264 quilos, acelera de 0 a 100 km/h em 10,4/11,1 segundos e atinge a velocidade máxima de 191/189 km/h (com etanol e gasolina, nesta ordem). Já em termos de consumo de combustível, obtém com etanol 7,1 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada; abastecido com gasolina, chega a 10,1 km/l na cidade e 13,2 km/l na estrada.
A Fiat declara que o Argo HGT obtém os mesmos números de desempenho da versão Precision, embora seja mais pesado, tendo 1243 quilos com câmbio manual e 1279 quilos com câmbio automático. O HGT manual faz, com etanol, 7,8 km/l na cidade e 9,2 km/l na estrada; com gasolina, os resultados são de 11,4 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada. Equipado com câmbio automático, faz 7,0 km/l com etanol na cidade, 9,1 km/l com etanol na estrada, 9,9 km/l com gasolina na cidade e 12,8 km/l com gasolina na estrada.
Todas as versões do Argo trazem o Start&Stop, que desliga o motor em paradas de trânsito (quando o carro está em ponto-morto, ou com o freio acionado nos modelos automático/automatizado. Para ligar o motor após a parada, basta soltar o pedal do freio nas versões com transmissão GSR ou automática; já nas versões equipadas com câmbio manual, só é necessário um toque no pedal da embreagem. Outro item de série é a direção elétrica progressiva que se caracteriza pela leveza – o pecado é não contar com variação dessa assistência, que está disponível no Uno ao toque de um botão. Outras características comuns aos modelos são a transmissão por corrente metálica (sem necessidade de troca), pré-aquecimento do combustível quando a temperatura externa está abaixo dos 16 graus e há mais de 70% de etanol no tanque e calibração de suspensão que minimiza as vibrações e solavancos transmitidos à cabine.
A versão de entrada vem equipada com o motor Firefly 1.0 de três cilindros e câmbio manual de cinco marchas. São itens de série: direção elétrica progressiva, ar-condicionado manual, display de 3,5 polegadas do computador de bordo, banco do motorista com ajuste de altura, cintos de segurança retráteis de três pontos e apoios de cabeça ajustáveis para todos os ocupantes, Start&Stop, fixação ISOFIX para cadeirinhas infantis, travas elétricas com botão físico (nada de destravar direto na maçaneta como em outros Fiat) e vidros dianteiros elétricos.
Traz o motor Firefly 1.3 aliado ao câmbio manual de cinco marchas. Vem de série com monitoramento da pressão dos pneus, central multimídia de 7 polegadas, com tela touchscreen e espelhamento da tela de celulares compatíveis com Apple CarPlay e Android Auto, além de volante com comandos do rádio e telefone e segunda entrada USB no console traseiro.
Além do câmbio automatizado de cinco marchas GSR-Comfort (sigla para Gear Smart Ride), esta versão conta também de série com controles de tração e estabilidade, assistência de partida em ladeiras, paddle-shifts para trocas sequenciais, luzes ambiente, controlador de velocidade de cruzeiro (que habilita os botões à direita no volante), apoio de braço para o motorista, vidros elétricos traseiros e retrovisores externos elétricos com função tilt-down ao engatar a ré.
Com motor 1.8 E.torQ Evo VIS e câmbio manual de cinco marchas, traz de série alarme, faróis de neblina, faróis com luz de posição de LED, rodas de liga leve de 15 polegadas e banco traseiro com encosto bi-partido na proporção 60/40.
Além do câmbio automático de seis marchas com paddle shifts junto ao volante, esta versão traz controle de velocidade de cruzeiro, apoio de braço para o motorista, volante revestido em couro e luzes ambiente.
A versão com estilo esportivo e câmbio manual vem com o display colorido de 7 polegadas no quadro de instrumentos, grade inferior com acabamento vermelho, spoilers, moldura preta na parte inferior da lateral e nas caixas de roda, ponteira de escapamento trapezoidal cromada, rodas de liga leve aro 16 e uma calibração de suspensão mais esportiva. Por dentro, seus diferenciais são a faixa vermelha na parte central do painel. O controle de estabilidade é voltado para uma condução mais esportiva.
Fiat Argo HGT 1.8 AT6 - R$ 70 600
A exemplo das demais versões equipadas com câmbio automático, possui paddle shifts junto ao volante, além do controle automático de velocidade e do apoio de braço para o motorista.
Baseada na versão HGT 1.8 AT6, essa série limitada a 1000 unidades traz um conjunto de acessórios Mopar, montados no Custom Shop da fábrica de Betim. Disponível apenas na cor azul Portofino, o Argo Opening Edition vem com teto, aerofólio e capas dos retrovisores pintados de preto, rodas de alumínio escurecidas (aro 16''), soleiras, tapetes de borracha e carpete, kit de alto-falantes de 60 Watts e o logotipo Mopar nas colunas traseiras. Além disso, o modelo possui as três primeiras revisões inclusas no valor.
A garantia é de 3 anos sem limite de quilometragem, podendo ser estendida em mais 12 ou 24 meses, sendo vinculada ao chassi do carro. Os valores das revisões podem ser diluídos junto com o financiamento na compra. Há ainda a Revisão Sob Medida (previamente programadas e com preços fixos), além de "combos" com os serviços mais procurados ao longo da vida útil do carro, tais como troca de óleo, alinhamento e balanceamento, entre outros e Assistência 24 Horas.
O Welcome Call Argo é o contato de boas-vindas aos clientes, onde são esclarecidas eventuais dúvidas, coletadas as primeiras impressões e apresentada a Central de Serviços ao Cliente. Já o Argo Experience é um serviço exclusivo para os clientes do Fiat Argo HGT. Para eles, será ofertada uma experiência de um tutorial pré-agendado junto à Central de Serviços ao Cliente. Essa experiência consiste em um contato feito por um consultor de vendas especializado, no qual serão apresentados todos os equipamentos do veículo e vídeos com as principais funcionalidades.
A Mopar oferece 53 acessórios desenvolvidos exclusivamente para o Fiat Argo. Entre os destaques estão a central multimídia de 9 polegadas (!), rodas de alumínio aro 16 escurecidas, teto com adesivo plotado em preto fosco, kit de alto-falantes, iluminação interna, engate para reboque, alarme e sensor de estacionamento.
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