Impressões ao guiar o Fiat Mobi Drive, com motor 1.0 Firefly


Em seu lançamento, o Fiat Mobi chegou com a mesma manjada mecânica do Uno, mas agora que a montadora passou a disponibilizar a versão Drive com o novo 1.0 Firefly de três cilindros, o subcompacto passou a fazer mais sentido no mercado. Primeiramente pelo próprio propulsor: se o 1.0 Fire 4-cilindros de 73/75 cavalos era apenas suficiente para o uso cotidiano e o fazia consumir acima do esperado para um carro compacto, o 1.0 Firefly de 3 cilindros (que rende 72/77 cv) entrega 1 kgfm de torque (10,4/10,9 kgfm) a mais em rotações menores (3250 x 3850 rpm), o que se traduz em maior fôlego nas acelerações e retomadas - o tempo declarado de aceleração de 0 a 100 km/h caiu de 14,6 para 12,8 segundos com gasolina. Mas, ao seguir corretamente as indicações de troca de marcha exibidas no computador de bordo, é grande a chance do motorista se surpreender com o consumo de combustível: registramos 14,9 km/l com gasolina no trajeto de test-drive.


A direção do Mobi, que é hidráulica nas outras versões e já oferecia um nível bom de maciez, ficou levíssima com a assistência elétrica e a função City, ativa por um botão no painel, apenas em baixas velocidades. O raio de giro, no entanto, é o mesmo das outras versões. E, apesar de ser possível girar o volante com um dedo mindinho, em velocidades mais altas é notável a firmeza maior. Suspensão, câmbio e resposta dos pedais permanecem voltados ao conforto: o Mobi é melhor que o Volkswagen up! para lidar com pisos irregulares. No entanto, se os engates do câmbio da Fiat são macios, a precisão da alavanca não é referência para o segmento.


Pegamos um Mobi Drive na mesma chamativa cor Roxo Mirtilo do Like On que avaliamos em outubro. A lista de equipamentos, incluindo opcionais, passa a incluir o console de teto com porta-objetos e espelho central (antes disponível apenas no modelo Way) e o sistema multimídia Live On. Parece estranho ter no centro do painel apenas um suporte no lugar do rádio, mas o computador de bordo ao centro do painel exibe todas as informações do computador de bordo e mais. Temos o útil velocímetro digital, econômetro, informações de som, temperatura externa, consumo e distância percorrida, horímetro do motor e gráficos do sensor de estacionamento traseiro. Para alternar as funções, o volante ganha atalhos também no lado direito, no lugar da velha haste dentro da cúpula do quadro de instrumentos.


O celular vai encaixado no suporte móvel, e com a instalação do aplicativo Live On (para dispositivos iOS e Android), o smartphone se torna a central multimídia, uma alternativa mais descolada ao rádio Uconnect. O pacote completo do Mobi Drive é bastante similar ao do Like On e inclui ajuste de altura para a coluna de direção e o banco do motorista, ar-condicionado (que gelou muito bem em nosso percurso), travas, retrovisores e vidros dianteiros elétricos (com função um-toque), alarme, Cargo Box no porta-malas, chave-canivete com abertura e fechamento dos vidros segurando os botões de travamento e destravamento, faróis de neblina, rodas de liga leve de 14 polegadas, espelhos nos para-sóis, tecido diferenciado nos bancos e porta-revistas traseiros.


Por preços que partem de R$ 40 670 e chegam a R$ 46 688 (como o modelo avaliado, com Kit Tech Live On e a pintura perolizada), o Fiat Mobi passa a valer mais a pena para os consumidores que podem não fazer questão de tanto espaço interno (por utilizarem pouco o porta-malas e usarem o banco traseiro no máximo para caronas), mas que não abrem mão de ter um carro completo para o dia-a-dia e que precisem economizar combustível, mas também desejem um modelo que transmita vivacidade ao dia-a-dia. Agora nos resta esperar que a Fiat ceda um Mobi Drive para uma análise mais completa do uso diário para confirmar estas expectativas...

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