No final de 2012, o Citroën Aircross mal havia completado dois anos de mercado, mas já eram traçados os planos para sua reestilização em conjunto com profissionais de design da marca na França. Passados 5 anos e 50 mil unidades comercializadas, eis que surge a linha 2016 da minivan aventureira, fabricada em Porto Real (RJ). O Aircross sepulta de vez o C3 Picasso, trazendo visual mais contemporâneo.
As duas versões com motor 1.5, Start e Live, não terão o estepe externo, item de discórdia para muitos consumidores. Os faróis ficaram mais estreitos e se infiltram na nova grade, alargada. Abaixo deles estão as luzes diurnas de LED, como no C3. Também foram alterados para-choques, rodas aro 16'' ("Tuco"), barras de teto e adesivos laterais. O estepe traseiro ganha uma capa rígida parcial com o duplo chevron da Citroën.
O para-choque dianteiro ganha maior ângulo de ataque e visual que lembra o C4 Cactus. Itens como as molduras das caixas de roda, o estilo dos faróis e as saídas de ar internas seguem o conceito "squarcle", fusão do square (quadrado) com o círculo (circle). O adesivo lateral possui o "Air" vazado, na cor da carroceria. Todas as versões contam com lanternas de máscara negra, cor cinza-escuro nas molduras das luzes de neblina, adesivo lateral, capa dos retrovisores, maçanetas externas, moldura da placa traseira e barras de teto.
Por dentro, o Aircross não mudou tanto quanto o alardeado pela Citroën em releases passados, mas traz novidades interessantes. Além dos bancos com nova padronagem e saídas de ar redesenhadas, o rádio foi substituído pela central multimídia com tela sensível ao toque, e o painel ganha uma faixa horizontal em cor contrastante, batizada "bandeau". Estão disponíveis os acabamentos internos Amalt e Ipanema. A visibilidade é favorecida pelo para-brisa panorâmico em três partes, com um ângulo de visão lateral de 29,5°, e pela altura do banco do motorista, com ângulo de até 26 graus.
Na central multimídia concentram-se: rádio Bluetooth com streaming de músicas, entrada USB 2.0 com corrente de um ampère, exibição de capas de álbuns de música e visualizador de fotos; entrada auxiliar, calculadora e calendário, além MirrorScreen, espelhamento de tela compatível com smartphones Android da Samsung, Nokia, Sony e outras marcas (MirrorLink, via USB ou Wi-Fi) e Apple (CarPlay, via USB dos iPhones 5, 5C, 6 e 6 Plus), disco rígido com 16 GigaBytes de memória para armazenamento de música, reconhecimento de voz por meio de smartphone, GPS com pontos de interesse (restaurantes, concessionárias, etc), modo diurno/noturno automático, memória de trajetos e visão em duas ou três dimensões; câmera de ré e conexão com o aplicativo Link MyCitroën, que através do smartphone, via Bluetooth, permite conferir autonomia, consumo da última semana, hodômetro do carro, dados do último trajeto, localizar veículo e continuar navegação, além de conferir quando será a próxima revisão.
São duas as opções de motorização: 1.5i Flex, de 8 válvulas, bloco e cabeçote de alumínio, que rende 93 cavalos com etanol e 14,3 kgfm a 3000 rpm (também com combustível vegetal, sendo que 86% do torque está disponível a 2000 rpm), com câmbio manual de 5 marchas e classificação A no Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro.
Já o 1.6, batizado "europeicamente" como 120 VTi Flex Start, dispensa reservatório de partida a frio e rende 122 cavalos e 16,4 kgfm de torque com etanol, usando óleo de baixa viscosidade e novos retentores para diminuir consumo e emissões de poluentes. Obteve a classificação B do Inmetro.
A direção passa a ter assistência elétrica e conta com função Parking, que diminui o esforço em manobras de estacionamento. Já o conjunto da suspensão conta com nova barra estabilizadora traseira e novos parâmetros de amortecimento para absorver melhor as irregularidades do solo. O Aircross ganha pneus verdes de uso misto, Pirelli Scorpion ATR 205/60 nas versões 1.6, enquanto as opções Start e Live 1.5 utilizam pneus urbanos Fuel Saver de medida 195/55, com rodas aro 16''.
Para a versão 1.6 está disponível o câmbio automático sequencial de 4 marchas, com trocas manuais na coluna de direção pelos paddles shifts. Tanto a transmissão automática quanto a manual para esta motorização tiveram diferencial alongado em 5% para poupar combustível e receberam a função “EcoDrive”, que altera a relação de marchas para economizar até 5% no ciclo urbano.
O Aircross 1.5 Start (R$ 49 990) traz de série direção elétrica, ar-condicionado manual, freios ABS com REF (Repartidor Eletrônico de Frenagem), rodas de aço aro 16'', faróis com bloco elíptico bipartido, volante com regulagem de altura e profundidade, retrovisores e vidros elétricos, banco dianteiro do motorista com regulagem manual de altura, banco traseiro com encosto bipartido, computador de bordo, limpador, lavador e desembaçador temporizado traseiro, abertura e travamento remoto das portas, dois apoios de cabeça traseiros e protetor de cárter. Como opcional há o rádio com Bluetooth e entrada auxiliar.
A versão Live 1.5 manual (R$ 53 990), que opcionalmente pode vir com motor 1.6 e câmbio automático (R$ 58 990), também sem estepe traseiro, conta com barras de teto longitudinais, rodas de liga leve aro 16'', luzes diurnas de LED, rádio com Bluetooth e entrada auxiliar e, na versão automática, paddle-shift e recurso Eco. Como opcional está disponível a central multimídia com tela touch screen.
O Aircross Feel, com motor 1.6 e câmbio manual (R$ 58 990) ou automático (R$ 63 290), traz estepe aro 16'' de aço com capa de proteção, pneus de uso misto, faróis de neblina, alarme ultrassom, rádio RD6 e luz indicadora de mudança de marcha no quadro de instrumentos para a versão manual. Traz como opcionais central multimídia e sensor de estacionamento traseiro.
Por fim, o Aircross Shine das imagens (somente com motor 1.6 e câmbio automático, pelo preço de R$ 69 290) traz ar-condicionado automático, volante revestido em couro, sensor de estacionamento traseiro, bancos em tecido e couro, câmera de ré, controlador automático de velocidade, faróis com acionamento automático, sensor de chuva e 3 apoios de cabeça traseiros. O opcional é o GPS.
Antenado com o meio ambiente, o Aircross possui 27 quilos de materiais “verdes” em sua fabricação: "tecido-não-tecido" (PET reciclado de garrafa de refrigerante) no acabamento externo do teto e nos revestimentos das laterais do porta-malas, fibras naturais no tampão traseiro e revestimentos laterais do porta-malas, feltros como isolante acústico e base dos tapetes, fibra preta como acabamento dos carpetes, fibra de Hayon usada como reforço dos tapetes, madeira como reforço do tapete do porta-malas e polipropileno reciclado, utilizado nos para-barros.
Iniciado nos primeiros meses de 2013, o projeto de reestilização do "Projeto Ai58R" exigiu investimento de R$ 150 milhões, com cerca de 200.000 quilômetros percorridos em testes, feitos em diversas regiões dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Cerca de 200 profissionais participaram do projeto, sendo 20 pessoas responsáveis somente pelo design do modelo.
O modelo conta com 3 anos de garantia e plano de manutenção com preços fixos, com revisões em intervalos de 10 000 quilômetros, com possibilidade do parcelamento dos custos em quatro pagamentos mensais.
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