Texto e imagens de Júlio Max | Colaborador - Francisco Santos
A retração da economia brasileira e seus desdobramentos são perceptíveis no cotidiano, mas onde há crise, também existe oportunidade - e no mercado automotivo, o segmento de utilitários compactos ganhou novos competidores e surpreendeu as já animadoras expectativas para 2015.
Em uma faixa de mercado onde quem dominava era o Ford EcoSport (seguido do Renault Duster), o Honda HR-V criou em torno de si longas filas de espera e até canibalizou a produção de outros modelos da marca. O Peugeot 2008 surpreendeu pela boa lista de equipamentos, belo design e opção de motor turbinado; correndo por fora ainda chegaram o Suzuki S-Cross (com motor eficiente e opção de tração integral na versão GLS) e o JAC T6, com seu design equilibrado (digamos, influenciado pelo Hyundai ix35) e boa oferta de equipamentos e espaço interno. Ford e Chevrolet se mexeram, com a criação da versão Freestyle Plus do EcoSport e a redução do (alto) preço do Tracker nas concessionárias.
Mas nenhum dos modelos chegou perto da popularidade que o Jeep Renegade alcançou no Piauí e está sendo ampliada pelo Brasil - em junho, foi o 3º mais vendido do Estado (atrás apenas de carros populares: Fiat Palio e VW Gol), mantém-se entre os seis mais vendidos em Teresina este mês e lidera as vendas nacionalmente em seu segmento no mês de julho. Grande parte das vendas é da versão Sport - justamente o modelo que o Auto REALIDADE recebeu para esta avaliação!
Em uma faixa de mercado onde quem dominava era o Ford EcoSport (seguido do Renault Duster), o Honda HR-V criou em torno de si longas filas de espera e até canibalizou a produção de outros modelos da marca. O Peugeot 2008 surpreendeu pela boa lista de equipamentos, belo design e opção de motor turbinado; correndo por fora ainda chegaram o Suzuki S-Cross (com motor eficiente e opção de tração integral na versão GLS) e o JAC T6, com seu design equilibrado (digamos, influenciado pelo Hyundai ix35) e boa oferta de equipamentos e espaço interno. Ford e Chevrolet se mexeram, com a criação da versão Freestyle Plus do EcoSport e a redução do (alto) preço do Tracker nas concessionárias.
Mas nenhum dos modelos chegou perto da popularidade que o Jeep Renegade alcançou no Piauí e está sendo ampliada pelo Brasil - em junho, foi o 3º mais vendido do Estado (atrás apenas de carros populares: Fiat Palio e VW Gol), mantém-se entre os seis mais vendidos em Teresina este mês e lidera as vendas nacionalmente em seu segmento no mês de julho. Grande parte das vendas é da versão Sport - justamente o modelo que o Auto REALIDADE recebeu para esta avaliação!
Renegade? Sim, o nome ainda é motivo de estranhamento (especialmente entre os religiosos), mas o batismo casou bem com sua personalidade: é o modelo da Jeep mais compacto, e o segundo (após o Compass, ao lado) que abdica da tração nas quatro rodas - nas versões Sport e Longitude. E por ser pronunciado em inglês, acaba lembrando de suas raízes norte-americanas - aliás, além de Goiana (PE), onde "nosso" carro foi emplacado, o Renegade é produzido em Melfi (Itália), de onde é exportado para Europa e África do Sul.
O design assinado por Jeremy Glover (exterior) e Ian Hedge (interior) agrada pela robustez das formas, que fazem lembrar do velho Jeep Willys, especialmente de frente, com os faróis redondos e a grade em sete barras verticais. Reforçam na impressão do estilo "durão" as rodas aro 16'' com parte central escurecida e calçados em pneus Pirelli Scorpion Verde 215/65, os apliques nos para-choques e laterais na cor preta, além dos para-lamas, da larga coluna traseira, do aerofólio e das lanternas com o X dos galões de combustível, envolvidas em molduras que dão impressão de profundidade. A cor sólida Vermelho Colorado só não é mais chamativa que o Verde Commando, que lembra a pintura militar dos veteranos de guerra.
Internamente, o Jeep também causa boa impressão, com bom acabamento, espaço farto, vários nichos para guardar objetos e boa diversidade de equipamentos. O volante vindo do Cherokee, com ajuste de altura e profundidade, traz comandos do computador de bordo à esquerda, do controlador de velocidade à direita, revestimento em couro e ainda os botões de som na parte de trás dos raios. Seu quadro de instrumentos, de fácil leitura, integra o visor do computador de bordo com diversas funções: velocímetro (com margem de erro ao redor dos 6%, considerando a velocidade registrada nos radares eletrônicos), pressão dos pneus, temperatura do líquido do radiador, temperatura do óleo, tensão da bateria, autonomia, consumo instantâneo, consumo médio, Trip A e B (Distância em km, km/l médio, tempo de viagem), nome da estação e da música, caso disponível, mensagens, além das configurações da tela e do veículo. Também são mostrados os gráficos do sensor de estacionamento traseiro, a necessidade de reabastecimento, além de portas, tampa traseira e capô abertos (exibindo pequenas imagens da versão Trailhawk).
Uma das obsessões do Renegade é pelas alças de teto: há quatro delas, retráteis (inclusive para o motorista), sendo que para os passageiros traseiros, trazem iluminação e ganchos que funcionam como cabides. O passageiro também pode apoiar as mãos na barra diante de si, acima do porta-luvas. Além disso, o Jeep também ostenta cuidados minuciosos para reduzir o ruído interno, como fechos dos cintos dianteiros com carpete em volta, guarnição tripla das portas, porta-objetos emborrachados nas portas e no console central, extintor de incêndio envolto em carpete (debaixo do banco do motorista) e borrachas rodeando a coluna de direção.
O Renegade comporta bem quatro adultos e uma criança, com folga para pernas e cabeça (o teto solar não invade a área superior). Quem senta no meio do banco de trás conta com largura reduzida do espaço e a intrusão do final do console central, que nesta versão abriga uma tomada de três pinos (opcional). Também é pago à parte o rebatimento elétrico dos retrovisores, feito por um botão logo abaixo dos comandos de ajuste dos espelhos e que ajuda a manter a integridade do carro em vagas apertadas.
O Renegade avaliado trouxe como opcionais itens como o teto solar elétrico panorâmico Command View, que se estende até a parte traseira. Há uma cortina elétrica e um botão que abre apenas o defletor, para aliviar o calor da cabine. Aliás, esta tela frontal funciona como um aerofólio quando o teto está aberto, e reduz a turbulência dentro da cabine, permitindo conversar e escutar o rádio. Mesmo sob poeira, duchas de água e aberturas em movimento, manteve seu funcionamento em ordem. Pena que custe R$ 6700, o que explica tão poucos Jeeps equipados com o acessório.
Outro opcional significativo é o sistema multimídia Uconnect (+ R$ 4600), operado por uma tela sensível ao toque de 5 polegadas, com interface bem semelhante à central disponível nos Fiat Linea (ao lado), Bravo e Punto.
Pode-se escutar música em dispositivos USB (há duas entradas, uma delas dentro do descansa-braço frontal, com foco de luz), conectado à entrada auxiliar, via Bluetooth ou rádio com função RDS (exibindo nome do artista e da música).
Há ainda comandos de voz, navegação GPS TomTom e câmera de ré, com boa captação de imagens, mesmo à noite. A distribuição de som é um ponto forte, com os seis alto-falantes e a possibilidade de ajustar graves/médios/agudos e o balance/fader, além do volume poder ser aumentado conforme a velocidade do carro. Detalhes do álbum/estilo musical e a capa do álbum também são exibidos, caso disponíveis. Porém, não há visualizador de fotos ou vídeos. Mídias como o bom e velho Compact Disc ou os cartões de memória SD e XD também não têm vez.
Também é possível programar pela central multimídia a exibição das linhas de guia, função direcional dos faróis de neblina, conferir bússola e temperatura externa, e pelo GPS TomTom, planejar rotas, pesquisar Pontos de Interesse (PI), verificar informações de tráfego, comunicar acidente, radar, polícia... Na prática, o Uconnect apresentou três imperfeições. A primeira é que os comandos de voz quase nunca eram entendidos, seja para ditar telefones ou estações de rádio. Além disso, o relógio desprogramava sem motivo aparente. E, ao receber músicas via Bluetooth, o sistema não conta o tempo decorrido da trilha sonora.
Pode-se escutar música em dispositivos USB (há duas entradas, uma delas dentro do descansa-braço frontal, com foco de luz), conectado à entrada auxiliar, via Bluetooth ou rádio com função RDS (exibindo nome do artista e da música).
Há ainda comandos de voz, navegação GPS TomTom e câmera de ré, com boa captação de imagens, mesmo à noite. A distribuição de som é um ponto forte, com os seis alto-falantes e a possibilidade de ajustar graves/médios/agudos e o balance/fader, além do volume poder ser aumentado conforme a velocidade do carro. Detalhes do álbum/estilo musical e a capa do álbum também são exibidos, caso disponíveis. Porém, não há visualizador de fotos ou vídeos. Mídias como o bom e velho Compact Disc ou os cartões de memória SD e XD também não têm vez.
Também é possível programar pela central multimídia a exibição das linhas de guia, função direcional dos faróis de neblina, conferir bússola e temperatura externa, e pelo GPS TomTom, planejar rotas, pesquisar Pontos de Interesse (PI), verificar informações de tráfego, comunicar acidente, radar, polícia... Na prática, o Uconnect apresentou três imperfeições. A primeira é que os comandos de voz quase nunca eram entendidos, seja para ditar telefones ou estações de rádio. Além disso, o relógio desprogramava sem motivo aparente. E, ao receber músicas via Bluetooth, o sistema não conta o tempo decorrido da trilha sonora.
No quesito segurança, sobressai-se por obter 5 estrelas para adultos e crianças (em cadeirinhas infantis) nos testes de impacto frontal e lateral realizados pelo Latin NCAP, divulgados na semana passada (clique aqui para conferir mais informações).
De série, o Renegade vem com alerta sonoro de cintos de segurança desafivelados para os 5 ocupantes, dois pontos de fixação ISOFIX de cadeirinhas infantis, freios a disco nas 4 rodas (ventilados na dianteira) com ABS, EBD e "panic brake assist"; cintos dianteiros com pré-tensionadores e ajuste de altura, apoios de cabeça reguláveis em altura e cintos de 3 pontos para todos os passageiros, e airbags frontais (com possibilidade de desativação para o passageiro frontal), que podem ser complementados pelo Pacote Segurança, que inclui as bolsas infláveis laterais, de cortina e para os joelhos do motorista (totalizando 7 airbags) e TPMS (monitoramento de pressão individual dos pneus - a propósito, a pressão recomendada com o carro vazio ou com carga moderada é de 32 PSI).
O controle de estabilidade (ativado pelo botão à direita do freio de estacionamento) deixou o Jeep estável mesmo em desvios rápidos de trajetória e pode ser estendido ao engate, um dos cerca de 70 acessórios Mopar; há ainda o controle de tração, sistema de distribuição de torque ativo (que recebeu a pouco honrosa sigla DST...) e o Hill Assist, programável no computador de bordo, que segura o carro por alguns segundos após ser liberado o freio de estacionamento.
Também por questões de segurança, a partida é dada com o pedal da embreagem totalmente acionado, e o freio de estacionamento é acionado apertando-se por cerca de dois segundos junto com o pé no freio.
De série, o Renegade vem com alerta sonoro de cintos de segurança desafivelados para os 5 ocupantes, dois pontos de fixação ISOFIX de cadeirinhas infantis, freios a disco nas 4 rodas (ventilados na dianteira) com ABS, EBD e "panic brake assist"; cintos dianteiros com pré-tensionadores e ajuste de altura, apoios de cabeça reguláveis em altura e cintos de 3 pontos para todos os passageiros, e airbags frontais (com possibilidade de desativação para o passageiro frontal), que podem ser complementados pelo Pacote Segurança, que inclui as bolsas infláveis laterais, de cortina e para os joelhos do motorista (totalizando 7 airbags) e TPMS (monitoramento de pressão individual dos pneus - a propósito, a pressão recomendada com o carro vazio ou com carga moderada é de 32 PSI).
O controle de estabilidade (ativado pelo botão à direita do freio de estacionamento) deixou o Jeep estável mesmo em desvios rápidos de trajetória e pode ser estendido ao engate, um dos cerca de 70 acessórios Mopar; há ainda o controle de tração, sistema de distribuição de torque ativo (que recebeu a pouco honrosa sigla DST...) e o Hill Assist, programável no computador de bordo, que segura o carro por alguns segundos após ser liberado o freio de estacionamento.
Também por questões de segurança, a partida é dada com o pedal da embreagem totalmente acionado, e o freio de estacionamento é acionado apertando-se por cerca de dois segundos junto com o pé no freio.
O porta-luvas conta com iluminação e espaço razoável para armazenar os documentos.
Os comandos de luzes são intuitivos e há regulagem de altura do farol; o comando mais à direita ajusta a luminosidade do computador de bordo.
À noite, o Renegade se destaca pelos comandos do volante e dos vidros nas quatro portas iluminados - apesar de apenas o quadro do computador de bordo ter graduação de seu brilho, o painel de instrumentos manteve-se cômodo de ler.
O porta-malas tem apenas 260 litros declarados, mas seu aproveitamento é bem melhor que o dos hatches compactos com capacidade similar: o compartimento tem paredes verticais, possibilitando a acomodação de caixas; há ainda ganchos para amarrar cargas, dois pontos de iluminação e tomada 12 Volts (opcional).
O encosto do banco traseiro, bipartido na proporção 60/40, ajuda no transporte de cargas alongadas e amplia a capacidade para até 1300 litros. O forro esconde o estepe (com roda de ferro aro 16'' e pneus 215/65, mesma medida dos outros 4 pneus), além das ferramentas.
O encosto do banco traseiro, bipartido na proporção 60/40, ajuda no transporte de cargas alongadas e amplia a capacidade para até 1300 litros. O forro esconde o estepe (com roda de ferro aro 16'' e pneus 215/65, mesma medida dos outros 4 pneus), além das ferramentas.
O motor é o 1.8 16v E.torQ Evo de quatro cilindros, abastecido com gasolina ou etanol, que rende 130 cavalos e 18,6 kgfm de torque com o combustível derivado do petróleo, ou 132 cv (a 5250 rpm) e 19,1 kgfm a 3750 rotações por minuto, com o combustível derivado da cana-de-açúcar. Trata-se de uma variação da motorização adotada nos Fiat Strada, Weekend e Doblò (Adventure), Linea, Punto (Sporting) e Bravo (exceto T-Jet).
Ainda que a escolha pelo 1.8 (exclusivo do mercado brasileiro) facilite a manutenção/disponibilidade de peças, os ganhos de potência e torque foram limitados pelas exigências do Proconve e escondidos pelo alto peso (em relação aos rivais), de 1393 quilos. Assim, o torque acaba sendo insuficiente em baixas rotações e nas subidas mais íngremes.
Embalado, porém, o Jeep oferece boas retomadas e fôlego para encarar estradas, passando dos 140 km/h com desenvoltura (a máxima é de 180 km/h). E, mesmo que o câmbio automático de 6 marchas possa proporcionar mais conforto na cidade, o manual de 5 marchas ainda permite explorar melhor a força do motor E.torQ.
Ainda que a escolha pelo 1.8 (exclusivo do mercado brasileiro) facilite a manutenção/disponibilidade de peças, os ganhos de potência e torque foram limitados pelas exigências do Proconve e escondidos pelo alto peso (em relação aos rivais), de 1393 quilos. Assim, o torque acaba sendo insuficiente em baixas rotações e nas subidas mais íngremes.
Embalado, porém, o Jeep oferece boas retomadas e fôlego para encarar estradas, passando dos 140 km/h com desenvoltura (a máxima é de 180 km/h). E, mesmo que o câmbio automático de 6 marchas possa proporcionar mais conforto na cidade, o manual de 5 marchas ainda permite explorar melhor a força do motor E.torQ.
Renegade Flex e bomba de combustível: uma história de amor melhor que Crepúsculo |
Para por à prova o Renegade, foi realizada uma jornada de aproximadamente 900 quilômetros (com três abastecimentos), entre a zona urbana de Teresina e a litorânea Luís Correia, passando por Altos, Campo Maior, Buriti dos Lopes, Capitão de Campos e Parnaíba, entre outras cidades do Piauí. Uma dica para quem quer economizar é calibrar os pneus com 38 PSI/2,6 bar (durante nossa viagem, a pressão esteve normal, entre 35 e 32 PSI). Veja os resultados de consumo, com gasolina:
Consumo Urbano
Ar ligado, uma pessoa | 7,4 km/l
Ar ligado, 5 pessoas | 6,8 km/l
Consumo Rodoviário
Ar ligado, 5 pessoas + bagagens | entre 8,7 e 8,9 km/l
Resultado máximo registrado no computador | 14,0 km/l
Descontando-se a queda do Renegade por um posto de gasolina (mesmo considerando seu tanque de 60 litros), trata-se de um carro que transmite solidez ao rodar, com a direção precisa (bem macia nas manobras de estacionamento, ganhando firmeza em velocidade), suspensões independentes que absorvem bem as diversas irregularidades do asfalto brasileiro e até encarar caminhos fora-de-estrada leves sem deixar de lado a estabilidade, carroceria assentada (mesmo com os fortes deslocamentos de ar dos caminhões na estrada ou sob chuva) e boa visibilidade - descontando-se as colunas traseiras largas - graças à posição elevada do motorista, à boa área envidraçada e ao formato "cúbico" do capô.
O Renegade possui garantia de 3 anos (igual aos principais concorrentes), e até o fechamento da matéria estão em operação 131 concessionárias pelo Brasil (duas delas em Teresina, e uma em conclusão em Parnaíba). As revisões do Jeep ocorrem em intervalos de 12 mil quilômetros ou um ano de uso - o que ocorrer primeiro - envolvendo sempre a troca de óleo do motor e de seu filtro, além do filtro de ar e do filtro de combustível, com preços previamente tabelados. A primeira revisão sai por R$ 327; a segunda, por R$ 477. Na revisão de 3 anos/36 mil km rodados, o fluido de freio também é trocado e o valor da revisão passa para R$ 764; a revisão seguinte custará R$ 684, e a de 60 mil quilômetros ou 5 anos substitui também as velas de ignição, ao custo de R$ 947.
Na versão Sport, o Jeep possui 4,23 metros de comprimento, 1,80 m de largura, 1,69 metro de altura (incluindo o rack de teto do modelo das imagens) e distância entre-eixos de 2,57 m. O vão-livre em relação ao solo é de 21 centímetros; seu ângulo de ataque é de 20,4 graus, e o de saída, 29,4º. Sua capacidade de carga útil é de 400 quilos, com força para rebocar até 800 kg.
A classificação de Renegade & companhia em uma categoria causa polêmica: a sigla SUV (Sport Utility Vehicle) não se adequa a alguns representantes, que não possuem características esportivas. "Crossover" é um termo que indica a fusão das características de diferentes segmentos, mas é impreciso, por ser genérico. (A Space Cross por exemplo mistura as características de perua, utilitário e minivan, mas não compete com os carros mencionados nesta matéria). Então, no Auto REALIDADE optamos por classificá-los como utilitários compactos, por terem a versatilidade de serem utilizados na cidade como automóveis de passeio ou em terrenos fora-de-estrada leves, em carrocerias de tamanho inferior a 4,5 metros de comprimento.
Uma boa sacada da Jeep foi conceder ao Renegade manual a mesma lista de opcionais do Sport automático, algo raro entre seus concorrentes, mais notavelmente o Honda HR-V manual, que é ainda mais básico que o LX AT, sem opcionais e limitado a 1% da produção, o que o torna extremamente difícil de ser encontrado. Duster e EcoSport oferecem o câmbio manual nas versões básicas e também nos modelos 4WD. O Tracker atualmente não traz câmbio manual nem como opcional. Já o Peugeot 2008 oferece a transmissão mecânica tanto no modelo 1.6 aspirado quanto no THP (1.6 turbinado), mas fica devendo o câmbio automático com o propulsor mais potente.
Sem opcionais, o Renegade Sport manual parte de atraentes R$ 69 900 (2 mil reais mais barato que o HR-V mais simples), com um adicional de R$ 1300 ao incluir a pintura metálica Prata Melfi, passando para R$ 75 900 quando equipado com o câmbio automático de 6 marchas. Nas especificações da unidade cedida para o Auto REALIDADE, com os itens dos Pacotes Conforto, Multimídia, Segurança e o teto panorâmico, o Jeep chega a R$ 85 950. Ainda assim, compensa para quem gosta de trocar marchas: este Renegade só fica devendo o ar-condicionado digital de duas zonas, as maçanetas/retrovisores pintados, o banco frontal direito rebatível com porta-objetos e as rodas 17'' em relação à versão Longitude, intermediária com câmbio automático de série.
Sem opcionais, o Renegade Sport manual parte de atraentes R$ 69 900 (2 mil reais mais barato que o HR-V mais simples), com um adicional de R$ 1300 ao incluir a pintura metálica Prata Melfi, passando para R$ 75 900 quando equipado com o câmbio automático de 6 marchas. Nas especificações da unidade cedida para o Auto REALIDADE, com os itens dos Pacotes Conforto, Multimídia, Segurança e o teto panorâmico, o Jeep chega a R$ 85 950. Ainda assim, compensa para quem gosta de trocar marchas: este Renegade só fica devendo o ar-condicionado digital de duas zonas, as maçanetas/retrovisores pintados, o banco frontal direito rebatível com porta-objetos e as rodas 17'' em relação à versão Longitude, intermediária com câmbio automático de série.
Boletim comentado do Jeep Renegade Sport
Design = 8,5
Muitas pessoas ao longo da avaliação disseram que o Renegade Sport é bonito, imponente (e pareciam bem sinceras), e de fato o Jeep tem personalidade forte, ainda que as versões Longitude e especialmente Trailhawk encantem mais, trazendo diferenciais de estilo como rodas, maçanetas na cor do carro, acabamento interno...
Espaço interno = 8,5
Quatro adultos e uma criança encontram boa área para cabeça e pernas, dispondo de vários porta-objetos; o porta-malas não é nominalmente grande, mas possui aproveitamento de espaço interessante.
Conforto = 9,0
Traz um bom isolamento acústico (embora não esconda o som do motor), ótima ergonomia, suspensão que absorve bem as constantes irregularidades do solo e bancos que apoiam o corpo mesmo nas curvas aceleradas.
Acabamento = 9,0
Os plásticos possuem boa textura e nenhuma rebarba; diversos porta-objetos são emborrachados e as portas contam com boa área forrada de tecido. Além disso, praticamente não há barulhinhos internos (apesar dos menos de 6 mil km totais no hodômetro, "nosso" Renegade já esteve com vários jornalistas).
Equipamentos = 9,5
Praticamente todos os equipamentos que se espera de um carro de R$ 85 mil (até itens supérfluos) estão neste Renegade, incluindo diversos itens de comodidade como câmera de ré, central multimídia, freio de estacionamento elétrico, rebatimento elétrico dos retrovisores e teto solar. Apenas o cômodo ar-condicionado de duas zonas (de série no Longitude) fez falta.
Desempenho = 8,0
O câmbio manual permite explorar melhor a força do motor 1.8 Flex, com potência suficiente quando embalado e boas retomadas de velocidade (embalado por um ronco que combina com seu jeitão parrudo), mas em baixas rotações e nas ladeiras, falta torque e lembra carros de cilindrada inferior.
Segurança = 9,5
É campeão em proteger seus ocupantes: de série, traz controle eletrônico de estabilidade, fixação ISOFIX para cadeirinhas, alerta sonoro dos 5 cintos desafivelados... só não leva 10 porque há modelos nesta faixa de preço que oferecem recursos como Brake Hold e ABS off-road.
Consumo = 6,5
É o ponto fraco do Renegade; em nossas medições, o consumo com gasolina em situações cotidianas (ar ligado, pneus calibrados para uso normal) ficou longe dos resultados registrados no INMETRO, com a autonomia também reduzida. Uma pena a versão 4x4 Diesel ser cara a ponto de remotamente sua economia de combustível recuperar o investimento feito na compra.
Custo-benefício = 8,5
O candidato a levar um utilitário esportivo compacto para casa encontra no Jeep Renegade Sport uma opção interessante em diversos aspectos: seu design herda o jeito durão de seu avô Willys, o pacote de equipamentos (e opcionais) enche os olhos, a segurança comprovada encoraja viagens com toda a família e o modelo se sai bem tanto no anda-e-para da cidade quanto nas ultrapassagens e acelerações na estrada. Uma pena que, com este motor 1.8 Flex, o antenado Renegade - novidade aqui e em todo o mundo - faça jus à velha ideia de Jeep beberrão que existia desde os tempos do Grand Cherokee ZJ. O grupo FCA já estaria trabalhando para equipar o novo Jeep com o moderno propulsor Tigershark? Enquanto essa possibilidade não se concretiza, já estamos ansiosos para andar no Renegade a diesel, mecanicamente bem diferente de seu irmão gêmeo flexível.
Nota Geral = 8,5
As notas são atribuídas considerando a categoria do carro analisado, os atributos oferecidos pelos concorrentes, além das expectativas entre o que o modelo promete e o que, de fato, oferece. Frações de pontuação adotadas: x,0, x,25, x,5, x,75. Critérios - Design = aspecto externo. Espaço interno = amplitude do espaço para passageiros (dianteiros e traseiros) e bagagem. Conforto = suspensão, nível de ruído, posição de dirigir, comodidades. Acabamento = atenção aos detalhes internos. Equipamentos = itens de tecnologia e conforto, sejam de série ou opcionais. Desempenho = aceleração, velocidade máxima, retomada, handling e outros fatores. Segurança = itens de proteção ativa e passiva. Consumo = combustível gasto e autonomia. Custo-benefício = relação de vantagem entre o preço pago e o que o carro entrega.
Agradecimentos | Assessoria da Jeep, United e amigos dos grupos Auto REALIDADE e Confraria Automotiva
Comentários
Pajero Full v6 3.0L faz 9,6 km/l mesmo sendo muuuito mais pesada e muito mais potente.
limpgensoundking
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