O Renault Clio (vendido com o sobrenome Mio em alguns mercados) foi, ao lado do Chevrolet Agile, o primeiro carro comercializado nacionalmente a zerar estrelas de proteção a adultos no crash-test frontal a 64 km/h promovido pelo Latin NCAP, já que o modelo não trazia airbags. Com as bolsas infláveis frontais, seu desempenho no teste de colisão melhorou consideravelmente: passou a oferecer 3 estrelas de proteção a adultos - o item de segurança passiva começou a ser instalado de série em países da América Latina - inclusive no Brasil - a partir do início de 2014 (veja aqui).
Porém, logo após a secretaria do Latin NCAP tomar conhecimento de que a produção do Clio foi transferida para a Colômbia e que por lá ele não traz os airbags nem mesmo como opcionais (assim como nosso modelo brasileiro, até 2014), foram retiradas as três estrelas em segurança do Renault, atribuindo-lhe zero estrela para proteção dos ocupantes adultos.
Assim que foi informada do rebaixamento na avaliação do Clio vendido na Colômbia, a Renault se comprometeu a incluir airbags para motorista e passageiro, porém apenas em fevereiro de 2016. Desta forma, por enquanto, o Latin NCAP mantém a classificação de estrelas zeradas no quesito de proteção aos adultos.
Alejandro Furas, Secretário Geral do Latin NCAP, comentou: “Este é um desenlace extremamente decepcionante para um fabricante como a Renault. Em outros mercados, atingiram as cinco estrelas para seus modelos. Por que não cumpriram sua promessa quanto à segurança dos consumidores da América Latina?”.
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