Mercedes apresenta nova linha AMG: C 63 S, S Coupé e AMG GT S


A Mercedes-Benz promoveu para consumidores seletos e jornalistas o AMG Experience no Autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu (SP), onde foi apresentada a linha AMG - iniciais compostas pelas letras dos sobrenomes dos engenheiros Hans Werner Aufrecht e Erhard Melcher, que estabeleceram a preparadora em Großaspach (Alemanha) - composta por A 45 AMG (o hatchback mais "hot" da marca), CLA 45 AMG (sedan que lembra um cupê de 4 portas), GLA 45 AMG (utilitário esportivo que virou sensação no País), SLK 55 AMG (roadster de dois lugares), E 63 AMG (sedã de estilo executivo, rival do BMW Série 5), CLS 63 AMG (o primogênito entre os sedans com jeitão de cupê) e SL 63 AMG (o tradicional conversível da montadora), além de três novidades que estão chegando às concessionárias da marca: S 63 AMG Coupé 4MATIC (cupê de luxo baseado no Classe S), AMG GT S (rival direto do Porsche 911, apresentado aos brasileiros pouco após sua revelação mundial) e C 63 S (sedan mais apimentado que o CLA 45 AMG).



O Mercedes-AMG C 63 S denuncia sua voracidade de forma discreta, com seu jeito de C 250 Sport anabolizado (ainda mais porque, na montadora da estrela de três pontas, o estilo dos carros mais esportivos se propaga para as versões mais mansas, como não deixam mentir A 250 e CLA Sport, bem parecidos com as respectivas versões 45 AMG). Mas debaixo do capô de alumínio, o motor é o 4.0 V8 biturbo, de massivos 510 cavalos a 5500 rpm e torque de 71,4 kgfm entre 1750 e 4500 rpm, com assinatura do técnico responsável, injeção direta de gasolina piezelétrica e turbocompressores montados "dentro do V" formado pelos cilindros. 


Esta força, aliada à relação peso/potência de 3,2 quilos por cavalo (ainda que seu peso, de 1730 quilos, seja consideravelmente alto para seu porte), é suficiente para o C 63 S acelerar de 0 a 100 km/h em 4,0 segundos e chegar à velocidade máxima de 290 km/h, limitada eletronicamente. Conforme o modo de transmissão escolhido no AMG DYNAMIC SELECT, o som do motor varia, através de defletor na parte da frente do sistema de escapamento, operado de forma variável. O C 63 S herda do Mercedes-AMG GT não só o motor, como o recurso dos coxins do motor dinâmicos, que se adaptam e modificam sua rigidez de acordo com as condições de rodagem e estilo de condução. 


A transmissão é a AMG SPEEDSHIFT MCT, com sete marchas e seletor de modos: nas posições Sport + e Race, as trocas são mais rápidas e a rotação em ponto morto é aumentada; há também os modos Comfort e Sport, para tocadas mais tranquilas, e a função RACE START, onde a rotação ideal para a partida é estabelecida automaticamente, bastando ao condutor soltar o freio e acelerar forte. A suspensão AMG RIDE CONTROL possui amortecimento regulável de três estágios; o diferencial blocante traseiro reduz o escorregamento da roda interna na curva sem intervenção do freio, o controle de estabilidade traz os estágios ESP ON, ESP SPORT Handling Mode e ESP OFF; além disso, a direção eletromecânica traz assistência variável, de acordo com velocidade, a aceleração lateral momentânea e ao modo de condução selecionado no AMG DYNAMIC SELECT.



O Mercedes-AMG C 63 S traz rodas aro 19'' e pneus 245/35 na dianteira e 265/35 na traseira; os discos dianteiros de freio medem 390 milímetros de diâmetro. O sedan teve as molduras dos para-lamas alargadas em 1,4 centímetro, com dianteira 5,4 cm maior que o Classe C "comum", por conta da maior bitola, da acomodação do motor V8 e de reforços na estrutura da carroceria. A grade possui abertura de "dupla lâmina" e a tampa do porta-malas acomoda um discreto aerofólio.



Abrindo-se a porta, a "tela de partida" acende no quadro de instrumentos, com uma animação do carro piscando os faróis e o logotipo AMG aparecendo no visor. O relógio analógico do painel ostenta a grife IWC, enquanto o painel possui frisos de alumínio e forração ÁRTICO preta com costuras salientes em cinza cristal. O volante traz uma faixa que marca a posição alinhada e o velocímetro marca até 320 km/h.



O preço do Mercedes-AMG C 63 S, que chega em junho em todas as concessionárias da marca, é estipulado em US$ 209 900. Mas, se ainda pairam incertezas sobre as cotações do dólar, a montadora resolveu fixar a taxa de conversão em R$ 2,60. Ou seja, por R$ 545 740 é possível estacioná-lo em sua garagem, contra quase R$ 650 mil caso levássemos em consideração a cotação média diária.


Um dos pontos que traduz o refinamento do S 63 Coupé AMG 4MATIC está nos faróis: 94 cristais Swarovski estão incorporados ao conjunto ótico. O modelo possui motor 5.5 V8 BlueDIRECT com 585 cavalos e 91,8 kgfm de torque (!), acelerando de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos, porém atingindo velocidade máxima de "apenas" 250 km/h, barrados eletronicamente. O preço? US$ 349 900 (R$ 909 740).



Já o Mercedes-AMG GT S, destaque da edição passada do Salão do Automóvel de São Paulo, conta com o motor 4.0 V8 AMG Biturbo com 510 cv nesta versão GT S, aliado a uma carroceria mais curta e leve (1645 kg) em relação ao SLS, proporcionando ótimo desempenho: prova do 0 a 100 km/h cumprida em 3,8 segundos e velocidade máxima de 310 km/h. O modelo mais potente, que será acompanhado do AMG GT "sem S", será oferecido no Brasil por US$ 329 900 (US$ 857 740).


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