Agora nacionalizado, Chery Celer 2015 parte de R$ 38 990

Fotos | Júlio Max e Divulgação

Ainda que em meio a greve em sua fábrica na cidade de Jacareí (SP), a Chery apresenta o Celer 2015, nas versões Hatch e Sedan. A produção nacional demandou um investimento de US$ 530 milhões, e o modelo ocupa não só o lugar do Celer lançado no Brasil em 2013, como também o do Cielo, que estava na mesma faixa de preço e parou de ser importado em 2014. É importante ressaltar que, neste momento, apenas 35% dos componentes estão nacionalizados.

Conhecido como Fulwin II na China, o modelo passa por uma reestilização similar ao do equivalente oriental, que envolve faróis com bloco elíptico e formato mais suave, grade com aberturas em forma de paralelogramo, capô com novos vincos e para-choques mais modernos. Rodas de liga leve aro 15'' e faróis de neblina vêm de série. Na versão sedan (nestas imagens), as lanternas passam a se prolongar pela tampa do porta-malas, que foi levemente redesenhada. A Chery resolveu mostrar novamente a versão-conceito "Desert", já revelada no Salão de São Paulo em 2014, com estilo aventureiro.

Internamente, o Celer também ganha novidades em seu painel. O acabamento simples, com materiais predominantemente plásticos e alguns detalhes prateados, lembra o conterrâneo Lifan 530. O quadro de instrumentos com conta-giros e velocímetro "hexagonais" integra uma tela vermelha monocromática do computador de bordo, que mostra consumo, nível do combustível, gráficos do sensor de estacionamento, aviso de revisão e alerta luminoso individual de portas abertas. A cor está presente também no visor do rádio, batizado pomposamente de "Chery Media System" e que integra CD/MP3 Player, entrada USB próxima à alavanca de câmbio e, na versão completa Act, seis alto-falantes.

Um detalhe interessante é que o Celer Sedan é o único do segmento a integrar tampa do porta-malas e vidro traseiro (inclusive com um bagagito ao estilo dos hatchbacks), solução que facilita o acesso aos 450 litros, e que recebeu nome bonito: "openup". O porta-malas pode ser aberto por um comando em sua chave. 

De série, o Chery Celer traz um bom pacote de equipamentos: ar-condicionado, airbag duplo, vidros elétricos na frente e atrás, direção hidráulica, retrovisores com ajustes elétricos, freios com discos ventilados na frente e tambor atrás, com ABS e EBD (distribuição eletrônica de frenagem), ajuste elétrico da altura dos faróis, quatro cintos de três pontos e apoios de cabeça, rádio sem leitor de CD e com dois alto-falantes, sensor de estacionamento traseiro, rodas com calotas e pneus 185/60, quadro de instrumentos com ajuste de luminosidade, desembaçador traseiro (com limpador no hatch) e banco do motorista com regulagem de altura. Os diferenciais da versão Act são: faróis de neblina, alarme antifurto com acionamento na chave, CD Player com 6 alto-falantes e rodas de liga leve.

 

Seu motor 1.5 16v Acteco C-Flex gera, com gasolina, 109 cavalos a 6000 rpm e 14,3 kgfm de torque a 4000 rpm (com etanol, os dados são: 113 cv e 15,5 kgfm). O câmbio é manual, de cinco marchas, e o tanque tem capacidade para 50 litros. De acordo com a Chery, o Celer chega à velocidade máxima de 175 km/h.

O Celer Hatch "de entrada" custa R$ 38 990, enquanto sua versão Act é oferecida por R$ 40 990. Já o Celer Sedan parte de R$ 39 990 e, na versão Act das imagens, seu preço é de R$ 41 990, sem incluir pintura metálica. A gama de cores disponível é composta pelas tonalidades branca, prata, preta, cinza e vermelha. Sua garantia é de 3 anos (antes, eram 5 anos), com revisões a cada 10 000 quilômetros rodados ou 12 meses.

Você gostaria de ver por aqui fotos mais detalhadas e informações mais práticas sobre o Chery Celer? Nós do Auto REALIDADE também. Mas em visita à concessionária local (que não fazemos questão de identificar), foi nulo o interesse da gerente de vendas em ler o kit com as informações do blog e ceder o modelo nacionalizado para uma análise mais detalhada... mas o garantiu para a emissora de TV Cidade Verde, que inclusive em março copiou em seu programa automotivo, sem tirar nem por, trechos de nossa cobertura sobre os veículos antigos expostos no Teresina Shopping - veja o post do Auto REALIDADE aqui e o plágio clicando aqui.

A desculpa dada pela gerente, além da falta de verba para anúncios, foi esdrúxula: "a intenção da matéria da TV é fazer as pessoas virem à loja. Se as pessoas souberem tudo sobre o carro, elas não vão querer vir à nossa loja". Seria desconfiança na qualidade do próprio produto? O detalhe é que absolutamente ninguém estava na concessionária (talvez pelo estacionamento da loja estar entupido de carros da Fiat 0km encalhados).