Detalhes do Suzuki Swift Sport, o hot-hatch de 142 cavalos


Fotos | Júlio Max e Rafael Susae

Aclamado internacionalmente entre os amantes de compactos esportivos, o Suzuki Swift Sport chegou discretamente ao Brasil no final de 2014 - evidentemente só tem o nome em comum ao modelo importado entre 1991 e 1999 (à direita). Entre os dois se passaram duas gerações e ocorreu uma drástica mudança em seu direcionamento de mercado: se nos anos 1990 tinha a intenção de popularizar a marca japonesa no País (tinha inclusive opções de motor 1.0 e carroceria sedan), o atual Swift é direcionado à experiência de dirigir, em um segmento não muito homogêneo, mas que é representado por modelos como Fiat 500 Abarth, Citroën DS3 e Volkswagen Fusca.


Externamente, o Swift Sport não chega a ser apaixonante como o DS3, mas é simpático e atual (a despeito de ter sido lançado em 2010, e por sua vez os principais traços de estilo lembrarem muito os da geração anterior, de 2004). Faróis e lanternas são alongados, as grades são pintadas em cinza-escuro e as rodas são de aro 16'' - itens que valorizam o estilo de sua diminuta carroceria.


Por dentro, o ambiente é mais esportivo do que luxuoso: volante e coifa do câmbio contam com costuras vermelhas; as pedaleiras são de aço inoxidável e os bancos contam com bons apoios laterais. Seu acabamento é simples, com predomínio de plástico texturizado e revestimentos de tecido (afinal, é um esportivo baseado em um compacto acessível). O quadro de instrumentos tem fácil leitura e traz a tela do computador de bordo (monocromática, com consumo, autonomia, temperatura externa e relógio). Central multimídia, só como acessório: o rádio Double-DIN, no entanto, traz CD/MP3/WMA Player e entradas USB e auxiliar, além do Bluetooth. Sua tela segue o mesmo padrão do visor do ar-condicionado digital, bastante eficiente, embora com uma zona de temperatura apenas.


O Swift Sport vem bem-servido de equipamentos (embora se espere mais pelo que custa), trazendo volante com comandos de som e piloto automático (além de regulagem de altura e profundidade), seis airbags (frontais, laterais e de cortina), banco do motorista com regulagem manual de altura, chave tipo canivete com botão de partida, faróis de xenônio e de neblina, freios ABS a disco com distribuição eletrônica da frenagem (EBD), auxílio em frenagens de emergência (BAS) e cancelamento da aceleração ao acionar freio e acelerador juntos (BOS); controles de estabilidade e tração, pré-tensionadores dos cintos dianteiros, botão de partida e luzes de cortesia no centro, na traseira e no porta-malas.

Mesmo com boa-vontade, o porta-malas é pequeno demais (210 litros, trazendo estepe de uso temporário para não tomar ainda mais espaço e banco traseiro bipartido para facilitar o transporte de cargas maiores). Para os passageiros, o espaço interno é bom para a cabeça e aceitável para as pernas. Homologado para levar cinco pessoas, o Swift conta com apoios de cabeça e cintos de segurança de três pontos para todos, além de contar com sistema ISOFIX de fixação de cadeirinhas infantis.


O motor 1.6 16v aspirado rende 142 cavalos e 17,0 kgfm de torque a 4400 rpm, e o câmbio manual traz seis marchas. Olhando-se isoladamente o rendimento teórico do motor não parece grande coisa, mas considerando seu peso-pena de 1065 quilos em uma carroceria de 3,89 metros de comprimento por 1,70 m de largura, a fórmula começa a ficar interessante.

Além do desempenho animador (aceleração de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos, 210 km/h de velocidade máxima), o consumo também é satisfatório: faz 10 km/l na cidade e 12 km/l na estrada (dados do CONPET 2015 do Inmetro). Para condução mais esportiva, é possível desligar o controle de estabilidade pressionando-se sua tecla na fileira de comandos abaixo da saída de ar esquerda.


Sem acessórios, o Swift Sport sai por R$ 75 323 e conta com cinco cores externas: Grafite, Branco, Vermelho, Preto e Azul. A variante Sport R (acima), desenvolvida para o mercado brasileiro e que custa R$ 82 323, traz rodas aro 17'' com pneus Pirelli PZERO, pintura bicolor (nos retrovisores e no teto: Branco com Grafite, Amarelo com Grafite, Grafite com Vermelho e Preto com Vermelho), sensor de estacionamento traseiro, capa do motor com detalhes vermelhos e relações de marcha mais curtas. Os donos de Swift podem participar gratuitamente de Track Days organizados pela montadora no autódromo Velo Città, na cidade de Mogi Guaçu (SP). Também é possível dar uma volta com um piloto profissional ao volante, por R$ 100 - a primeira etapa deste ano acontece no dia 28 de março.



No Salão de São Paulo, a Suzuki apresentou o Swift Sport Cup, baseado no modelo de rua e voltado para as pistas de corrida, trazendo aerofólio traseiro e spoilers mais proeminentes, gaiola interna de proteção, quadro de instrumentos digital, volante e bancos esportivos da OMP, além do tradicional alívio de peso com a retirada de itens supérfluos para as competições. Na Europa, a Swift Cup Series ocorre desde 2006 e os modelos trazem especificações semelhantes ao mostrado no Salão, utilizando motor 1.6 de 150 hp.


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