Quando chegou ao mercado brasileiro, nos idos de 2003, o Volkswagen Fox foi duramente criticado por seu acabamento pobre e design insosso. A ideia do projeto era oferecer um hatch com melhor aproveitamento de espaço sobre a plataforma do Polo, com preço menor (avançando sobre o Gol GIII). O tempo passou e o Fox foi ganhando derivações (CrossFox e versão exportação em 2005, esta última com alterações para o mercado europeu, e SpaceFox em 2006), em 2007 vieram alterações inspiradas na irmã perua, no ano seguinte houve o recall do banco traseiro (que durante o rebatimento podia chegar a amputar dedos da mão) e em 2009 recebeu uma reestilização que alterou também seu posicionamento de mercado, avançando para a faixa do Polo, que acabara de estrear carroceria nova na Europa. Após doze anos de mercado, as versões hatch e sedan do Polo devem se despedir em poucos meses - e o Fox recebe outra reestilização, ainda sobre a carroceria de 2003, porém com diversos avanços e visual refrescado.
Não há dúvida de que, se o Fox 2010-2014 foi inspirado no Polo europeu, agora o inspirador é o Golf VII. Na frente, o resultado ficou bom: faróis repuxados para cima, para-choque com vincos esportivos e grades laterais que lembram o GTI. Na traseira, um desastre visual: a adaptação de lanternas bipartidas, que dariam impressão de linhas horizontais, só fizeram transparecer sua "verticalidade", por conta do tamanho (e formato) esquisitos. Ao menos em uma coisa ficou como o Golf: a maçaneta da tampa do porta-malas é o próprio emblema da VW.
A título de curiosidade: se o Toyota Etios adota nomes de ritmos musicais em suas cores, o Fox utiliza-se desses nomes para batizar suas rodas e calotas: Folk e Samba são calotas aro 15'', Blues é a calota aro 14'' da versão Bluemotion. No Fox Highline, há uma roda de liga leve aro 15'' chamada de Indie (!) e outra aro 16'', Tango.
Por dentro, quem já esteve ao volante de um Golf VII vai se sentir familiarizado - até porque é o mesmo volante multifuncional de base achatada que está no novo Fox. A central multimídia RNS 315, com tela sensível ao toque de 5,5 polegadas, também é novidade (opcional), assim como alguns itens disponíveis: sensores de estacionamento dianteiros em complemento aos traseiros, faróis de neblina com luz de conversão estática, quadro de instrumentos iluminado permanentemente e direção com assistência elétrica.
Entre os itens de segurança do Fox 2015, destacam-se: ESC (controle eletrônico de estabilidade, na versão topo de linha Highline), ASR (controle de tração), TC (M-ABS, que reeuz o escorregamento das rodas em acelerações ou destracionamento; de série no Highline), EDS (bloqueio eletrônico do diferencial, que atua em situação de baixa tração em uma das rodas motrizes, acionando o freio da roda com menor tração, transferindo o torque para a roda com maior tração, proporcionando assim melhor eficiência à saída do veículo, de forma automática), HHC (assistente de partida em ladeiras com inclinação superior a 5 graus, que mantém o carro parado por 2 segundos após tirar o pé do freio), BAS (sistema de assistência à frenagem), freios a disco nas rodas dianteiras com 280 mm de diâmetro (demandam 15% menos força para realizar a desaceleração), MSR (controle do efeito freio-motor, que evita o escorregamento das rodas em pisos de baixo atrito devido ao efeito do freio-motor) e o GMA (controle do momento de giro, que diminui a possibilidade de giro do veículo em piso com diferentes níveis de atrito).
O novo Fox terá quatro opções de motorização e três de câmbio. Entre os motores 1.0, há o tradicional quatro cilindros TEC, de 72/76 cavalos e 9,7/10,6 kgfm de torque ou o três cilindros, na versão BlueMotion (acima), também utilizado no up!. Este motor gera 75/82 cavalos e 9,7/10,4 kgfm de torque. Com etanol no tanque, o Fox BlueMotion acelera de 0 a 100 km/h em 13,6 segundos e alcança 167 km/h.
Ambos os motores 1.6 receberam o sobrenome MSI, mas o de oito válvulas rende 101/104 cavalos, enquanto o 16v produz 110/120 cv e torque de 15,8/16,8 kgfm. Este último acelera de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos, com máxima de 189 km/h (com etanol).
Além dos câmbios de cinco marchas (manual ou automatizado I-Motion), agora há opção da transmissão manual de seis marchas.
Ao todo são oito versões: Trendline 1.0 (R$ 35 900), BlueMotion 1.0 (R$ 37 690), Comfortline 1.0 (R$ 38 190), Trendline 1.6 (R$ 39 600), Comfortline 1.6 (R$ 41 490, ou R$ 44 590 com câmbio automatizado) e Highline (R$ 48 490, ou R$ 51 790 na versão I-Motion, sem opcionais). Para deixar o Highline 1.6 16v com todos os itens, prepare-se: o preço chega a R$ 63 540.
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karnlongderwea
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