Ele chega ao mercado acenando com itens inéditos em sua categoria, novo design e fabricação nacional. O Auto REALIDADE, que já em 2011 havia iniciado a Prova do Nissan March e realizado a avaliação do modelo mexicano no Nissan Inova Show, além de ter publicado diversas outras matérias sobre o carro, não poderia deixar de trazer os detalhes da nova fase do compacto, já disponível nas concessionárias brasileiras. Optamos por aguardar a chegada das versões com motorização 1.0 para trazer mais informações sobre o New March, fabricado em Resende (RJ) e que no final deste ano deve receber a companhia do irmão de projeto Versa, que também passará por uma reestilização.
Externamente, o New March nos transmitiu boa impressão. Ao vivo, as modificações (na frente, com faróis mais agressivos, grade superior com friso em forma de "V" cromado, para-choques encorpados, rodas de liga leve aro 15'' ou 16'' e lanternas com novo desenho interno) conferiram a ele um ar mais contemporâneo, enquanto o March anterior (que continua sendo importado do México) faz o gênero simpático, porém datado (foi apresentado no Brasil em outubro de 2011). No exterior, onde atende pelo nome Micra em alguns mercados, houve duas modificações que não chegaram ao modelo nacional: a tampa traseira prolongada e a luz de neblina traseira no centro do para-choque.
Temos apenas duas ressalvas ao design do novo March: os refletores na frente das lentes dos faróis causam estranheza e em nenhuma versão há luzes de seta nas laterais, o que, dependendo das circunstâncias, pode gerar confusão no trânsito.
Temos apenas duas ressalvas ao design do novo March: os refletores na frente das lentes dos faróis causam estranheza e em nenhuma versão há luzes de seta nas laterais, o que, dependendo das circunstâncias, pode gerar confusão no trânsito.
Por dentro também houve alterações relevantes. Para começar, o volante é o do Sentra, inclusive com botões em seu raio esquerdo, nas versões mais equipadas. O centro do painel foi redesenhado, ganhando saídas de ar retangulares, novos comandos de ar-condicionado e, na versão SL, plástico na cor preto brilhante. O acabamento é bem-cuidado: os bancos contam com costuras duplas acinzentadas (a partir do SV) e os painéis de porta frontais possuem novos tecidos e pintura acinzentada em seus apoios. Sim, o plástico fosco continua predominante e alguns parafusos são expostos, mas não há rebarbas ou falhas críticas de montagem. Aliás, a dupla guarnição foi mantida e garante um fechar de portas digno de carro superior. A ressalva vai para o painel de porta traseiro, sem revestimento nem na versão mais completa. O quadro de instrumentos manteve-se o mesmo, trazendo conta-giros e computador de bordo (com as funções de consumo médio, consumo instantâneo, autonomia, hodômetros trip A e trip B) em todas as versões.
Não houve alterações no espaço interno, que já era suficiente para quatro adultos, com amplo espaço para a cabeça e área justa para joelhos e pernas. Bancos, painéis de porta e o console do piso são basicamente os mesmos, com poucas alterações. Infelizmente, o ocupante do meio do banco de trás vai apenas com o cinto de dois pontos, e ainda com o espaço para pernas consideravelmente limitado pelo túnel e pelo fim do console.
A central multimídia é uma atração à parte: com tela sensível ao toque de 5,8 polegadas, leitor de CD/MP3 (recurso em extinção, eliminado no MyLink da Chevrolet e no MediaNav da Renault), câmera de ré (embora os gráficos exibidos na tela sejam fixos, e assim como o retrovisor do lado direito, os objetos estão um pouco mais próximos do que aparentam), comandos de voz e integração com smartphones por meio do aplicativo NissanConnect, disponível no Play Store para dispositivos Android (ao lado). Há também GPS e conexão com o Facebook (onde é possível conferir feed de notícias, amigos e eventos, além de atualizar status e check-in) e com o Google, realizando a busca de pontos de interesse.
O porta-malas de 265 litros é razoável neste segmento. Aqui, a novidade é o triângulo envolto em carpete. O encosto traseiro é inteiriço, mas é fácil baixar o banco, suspendendo duas argolas nos extremos do banco de trás. Um tanto mais difícil, para pessoas mais baixinhas, é fechar a tampa do porta-malas: não há puxador ou tiras de tecido para ajudar nesta operação. O estepe permanece dentro do porta-malas.
A central multimídia é uma atração à parte: com tela sensível ao toque de 5,8 polegadas, leitor de CD/MP3 (recurso em extinção, eliminado no MyLink da Chevrolet e no MediaNav da Renault), câmera de ré (embora os gráficos exibidos na tela sejam fixos, e assim como o retrovisor do lado direito, os objetos estão um pouco mais próximos do que aparentam), comandos de voz e integração com smartphones por meio do aplicativo NissanConnect, disponível no Play Store para dispositivos Android (ao lado). Há também GPS e conexão com o Facebook (onde é possível conferir feed de notícias, amigos e eventos, além de atualizar status e check-in) e com o Google, realizando a busca de pontos de interesse.
O porta-malas de 265 litros é razoável neste segmento. Aqui, a novidade é o triângulo envolto em carpete. O encosto traseiro é inteiriço, mas é fácil baixar o banco, suspendendo duas argolas nos extremos do banco de trás. Um tanto mais difícil, para pessoas mais baixinhas, é fechar a tampa do porta-malas: não há puxador ou tiras de tecido para ajudar nesta operação. O estepe permanece dentro do porta-malas.
Mecanicamente, o New March manteve os motores 1.0 e 1.6, raros representantes dos casos em que potência e torque são idênticos com gasolina ou etanol: o motor de 998 cm³ gera 74 cavalos @ 5850 rpm e torque de 10,0 kgfm @ 4350 rpm, enquanto o propulsor de 1598 cm³ produz 111 cv @ 5600 rpm e 15,1 kgfm de torque @ 4000 rpm. Ambos apresentam bom equilíbrio entre desempenho e consumo de combustível: o 1.0 acelera de 0 a 100 km/h em 14,48 segundos (com gasolina) e 13,79 s (com etanol), chegando à velocidade máxima de 167 km/h, tendo boa desenvoltura urbana. Já o modelo 1.6 cumpre a prova do 0 a 100 km/h em 9,88 segundos (gasolina) e 9,49 segundos (etanol), atingindo 191 km/h de velocidade máxima: em vias expressas, a performance é excepcional entre os hatches compactos. Em relação ao consumo, de acordo com o Inmetro, com etanol o March 1.0 alcança 8,7 quilômetros por litro na cidade e 10,4 km/l na estrada; com gasolina, as médias são de 12,5 e 14,8 km/l, na cidade e na estrada, nesta ordem. Já o modelo 1.6 obteve os seguintes números: 8,1 km/l com etanol na cidade, 11,6 km/l com gasolina na cidade, 9,3 km/l com etanol na estrada e 13,2 km/l com gasolina na estrada. O câmbio, sempre manual de cinco marchas, exige certa adaptação de quem é acostumado à transmissão de outros compactos. A carroceria tende a inclinar um pouco mais que o esperado em curvas, mas sem sustos. Em compensação, a absorção de irregularidades do solo é boa.
Já o tanque de combustível, de 41 litros, limita um pouco sua autonomia, para pouco menos de 607 quilômetros na versão 1.0. O reservatório para meio litro de gasolina, para partida a frio com etanol, continua com o bocal próximo aos limpadores de para-brisa. No caso de Teresina, o calor e o alto preço do combustível gerado a partir da cana-de-açúcar na prática desestimulam esta reserva de gasolina.
A direção elétrica do March é bastante suave e possui raio de giro de reduzidos 4,5 metros, o que facilita bastante as manobras. Além disso, sua pegada é melhor que a do modelo anterior, que tinha aro fino. O curso dos pedais acostuma rápido. Já o ar-condicionado é eficiente, mesmo com recirculação de ar e condicionador na posição II (na IV, o barulho é forte). Com ar-condicionado digital, a precisão na escolha da temperatura é ainda maior: a temperatura (com graduação de 1 em 1° C) é selecionada e, ainda que haja variações externas de temperatura, o clima interno é mantido.
Já o tanque de combustível, de 41 litros, limita um pouco sua autonomia, para pouco menos de 607 quilômetros na versão 1.0. O reservatório para meio litro de gasolina, para partida a frio com etanol, continua com o bocal próximo aos limpadores de para-brisa. No caso de Teresina, o calor e o alto preço do combustível gerado a partir da cana-de-açúcar na prática desestimulam esta reserva de gasolina.
A direção elétrica do March é bastante suave e possui raio de giro de reduzidos 4,5 metros, o que facilita bastante as manobras. Além disso, sua pegada é melhor que a do modelo anterior, que tinha aro fino. O curso dos pedais acostuma rápido. Já o ar-condicionado é eficiente, mesmo com recirculação de ar e condicionador na posição II (na IV, o barulho é forte). Com ar-condicionado digital, a precisão na escolha da temperatura é ainda maior: a temperatura (com graduação de 1 em 1° C) é selecionada e, ainda que haja variações externas de temperatura, o clima interno é mantido.
Apesar dos preços do March nacional terem sofrido aumento em relação ao mexicano, é importante considerar que todas as versões receberam mais conteúdo. Desde a nova 1.0 Conforto, itens como direção elétrica progressiva com regulagem de altura, ar-condicionado, computador de bordo, banco do motorista com regulagem de altura, airbags frontais de estágio único, freios ABS com EBD e Brake Assist, tampa do tanque de combustível com abertura interna, alarme sonoro para chave no contato e luzes acesas, quatro apoios de cabeça com regulagem de altura, antena de teto, botão cromado da alavanca do freio de mão, banco do motorista com regulagem de altura, cintos de segurança dianteiros com pré-tensionadores e limitadores de carga, console central com três porta-copos e porta-objetos, desembaçador do vidro traseiro com temporizador, para-sóis com espelhos para motorista e passageiro, porta-malas com iluminação, portas dianteiras com porta-objetos e suporte para garrafa, preparação para som, retrovisores externos na cor da carroceria, tomada de 12V e rodas aro 14'' com novas calotas e pneus 165/70 vêm de série. E o preço de R$ 32 990 é atraente (um Celta LT, para ficar em um exemplo popular, parte de R$ 32 490).
A versão 1.0 S (R$ 34 490) vem, ainda, com vidros elétricos nas quatro portas (com função um-toque à janela do motorista), travas elétricas, maçanetas internas cromadas, chave com botões de abertura, alça de teto para o passageiro (!), painéis de portas com revestimento parcial em tecido, limpador de para-brisa com 9 velocidades e controle intermitente ajustável e fechamento das portas e retrovisores externos com regulagem elétrica. Apesar do tampão no lugar do rádio, há preparação para áudio e antena de teto. O pomo da alavanca de câmbio passa a ser prateado, e o botão do freio de mão, cromado. O modelo 1.6 S (R$ 37 490) traz exatamente este mesmo conteúdo.
Já o New March SV, seja 1.0 (R$ 36 990; é o modelo das fotos acima) ou 1.6 (R$ 39 990), vem com faróis de neblina com moldura cromada, rodas de liga leve aro 15'' com pneus 185/60, comandos de áudio e telefone no volante, revestimento dos bancos diferenciado, aerofólio com brake-light e rádio CD Player MP3 Double-DIN com entrada para iPod, função RDS, porta USB (o March anterior não tinha), Bluetooth para viva-voz/sincronização de agenda telefônica e Streaming de músicas.
O modelo com jeitinho esportivo SR está fora do catálogo, mas o novo topo-de-linha SL é bem mais coerente: além de conservar adereços esportivos como faróis e lanternas escurecidos, aerofólio, pneus 185/55 e (belas) rodas aro 16'', ele não possui os adesivos externos (que não agradavam a todos) e vem com interior nitidamente mais caprichado, enquanto o SR era internamente quase igual ao 1.6 S. E mais equipado: traz de série ar-condicionado digital, alarme perimétrico, central multimídia e câmera traseira. Tudo por R$ 42 990.
A Nissan oferece uma extensa lista de opcionais em suas concessionárias: ponteira de escape cromada, frisos das portas com a inscrição "March" cromada, aerofólio (para as versões 1.0 e 1.6 S), sensor de estacionamento com display ao melhor estilo taxímetro, tapetes (de carpete ou borracha), proteção antiesmagamento dos vidros, trava de estepe, alarme volumétrico, alto-falantes, protetor de cárter, rádios (Pioneer, Kenwood ou Hurricane) e GPS Way Navicity, de 4,3 ou 5 polegadas.
Por enquanto, o New March estará disponível em cinco cores: Azul Pacific, Branco Diamond (ambas perolizadas), Prata Classic, Cinza Magnetic (cores metálicas), além da Preto Premium, sólida. O Vermelho Alert estará disponível a partir do segundo semestre deste ano. As cores perolizadas e metálicas acrescentam R$ 980 ao preço final. Todos os modelos possuem três anos de garantia sem limite de quilometragem e preços de revisões (realizadas a cada 12 meses, ou 10 mil km) tabelados: para os March 1.0, a revisão de 10 000 sai por R$ 199, e a de 20 000 km, por R$ 249, ambas sem custo de mão-de-obra; aos 30 000 km, o valor é de R$ 219; aos 40 000 km, é de R$ 359; aos 50 000 km, paga-se R$ 329, e aos 60 000 km, R$ 399. Já os donos de March 1.6 pagarão a R$ 199 pela revisão de 10 mil quilômetros, R$ 249 pela de 20 mil km, R$ 269 pela de 30 mil km, R$ 329 pela revisão de 40 mil km; R$ 329 pela revisão de 50 mil km e R$ 409 pela de 60 000 km.
A versão 1.0 S (R$ 34 490) vem, ainda, com vidros elétricos nas quatro portas (com função um-toque à janela do motorista), travas elétricas, maçanetas internas cromadas, chave com botões de abertura, alça de teto para o passageiro (!), painéis de portas com revestimento parcial em tecido, limpador de para-brisa com 9 velocidades e controle intermitente ajustável e fechamento das portas e retrovisores externos com regulagem elétrica. Apesar do tampão no lugar do rádio, há preparação para áudio e antena de teto. O pomo da alavanca de câmbio passa a ser prateado, e o botão do freio de mão, cromado. O modelo 1.6 S (R$ 37 490) traz exatamente este mesmo conteúdo.
Já o New March SV, seja 1.0 (R$ 36 990; é o modelo das fotos acima) ou 1.6 (R$ 39 990), vem com faróis de neblina com moldura cromada, rodas de liga leve aro 15'' com pneus 185/60, comandos de áudio e telefone no volante, revestimento dos bancos diferenciado, aerofólio com brake-light e rádio CD Player MP3 Double-DIN com entrada para iPod, função RDS, porta USB (o March anterior não tinha), Bluetooth para viva-voz/sincronização de agenda telefônica e Streaming de músicas.
O modelo com jeitinho esportivo SR está fora do catálogo, mas o novo topo-de-linha SL é bem mais coerente: além de conservar adereços esportivos como faróis e lanternas escurecidos, aerofólio, pneus 185/55 e (belas) rodas aro 16'', ele não possui os adesivos externos (que não agradavam a todos) e vem com interior nitidamente mais caprichado, enquanto o SR era internamente quase igual ao 1.6 S. E mais equipado: traz de série ar-condicionado digital, alarme perimétrico, central multimídia e câmera traseira. Tudo por R$ 42 990.
Por enquanto, o New March estará disponível em cinco cores: Azul Pacific, Branco Diamond (ambas perolizadas), Prata Classic, Cinza Magnetic (cores metálicas), além da Preto Premium, sólida. O Vermelho Alert estará disponível a partir do segundo semestre deste ano. As cores perolizadas e metálicas acrescentam R$ 980 ao preço final. Todos os modelos possuem três anos de garantia sem limite de quilometragem e preços de revisões (realizadas a cada 12 meses, ou 10 mil km) tabelados: para os March 1.0, a revisão de 10 000 sai por R$ 199, e a de 20 000 km, por R$ 249, ambas sem custo de mão-de-obra; aos 30 000 km, o valor é de R$ 219; aos 40 000 km, é de R$ 359; aos 50 000 km, paga-se R$ 329, e aos 60 000 km, R$ 399. Já os donos de March 1.6 pagarão a R$ 199 pela revisão de 10 mil quilômetros, R$ 249 pela de 20 mil km, R$ 269 pela de 30 mil km, R$ 329 pela revisão de 40 mil km; R$ 329 pela revisão de 50 mil km e R$ 409 pela de 60 000 km.
Porém, nem tudo é alegria no New March. Há dois pontos que necessitam ser provados: a disponibilidade de peças/serviços pós-vendas de qualidade, ainda deficientes, e um melhor resultado no crash-test do Latin NCAP (o modelo mexicano obteve somente duas de cinco estrelas de proteção a adultos - 7,62 pontos de 16 possíveis - e apenas uma de cinco estrelas de proteção a crianças: 9,68 de 49 possíveis. A Nissan anunciou a aplicação de reforços estruturais no novo modelo, embora ele não possua sistema de fixação de cadeirinhas infantis, de série no Versa). Mas em tese, o Nissan traz um valioso recurso frente ao Etios: o Brake Assist, que aumenta a força aplicada em frenagens de emergência, o que pode fazer a diferença entre frear/desviar ou bater. E por falar no oponente da Toyota...
O duelo: Nissan New March SL versus Toyota Etios XLS
No Auto REALIDADE até contornamos as críticas ao visual do Etios, mas é inevitável falar no carro sem esconder que seu design é bem desagradável aos olhos. E não é só o estilo externo: o quadro de instrumentos central ainda não oferece boa leitura, mesmo com a nova grafia dos instrumentos. Pior ainda é a telinha com hodômetro e marcador de combustível. Mas é preciso lhe fazer justiça: na linha 2014, o Toyota tem acabamento mais detalhado. É verdade que o preço das versões aumentou, mas agora o hatch traz pintura do cofre do motor desde a versão 1.3 X, detalhes na cor black piano e revestimentos dos painéis de portas. E atrás, local para por pequenas garrafas e revestimento das portas, vantagens frente ao March SL (ele dá o troco com alto-falantes nesta área e porta-copo central traseiro). As versões mais completas passam a contar com retrovisores de ajuste elétrico, inaugurados no Etios Cross, mas ainda ficou o círculo onde havia a haste de ajuste manual. Alguns parafusos continuam expostos na carroceria. Etios e March se equivalem na direção leve e no bom espaço interno, com a diferença do Nissan se sobressair pelo espaço para a cabeça, e o Toyota ter mais área para as pernas. E, quem diria, agora é o March que vem apenas com o primer pintado em algumas partes do cofre do motor.
O Etios XLS possui o motor 1.5 16v de 92 cavalos com gasolina e 96,5 cv com etanol, bem menos que os 111 cv do Nissan, o que se reflete no desempenho: aceleração de 0 a 100 km/h em 11,1 segundos e velocidade máxima de 173 km/h. Em contrapartida, as médias de consumo do Toyota foram ligeiramente melhores em relação ao March, com vantagem no consumo urbano, rodando com etanol (8,5 km/l) e com gasolina (12,4 km/l). Somente na estrada, com etanol, o Nissan consome menos (9,3 versus 8,9 km/l). Pena que o Toyota não traga computador de bordo com indicação do consumo na prática. Já no quesito segurança, o Etios se saiu bem no crash-test do Latin NCAP: quatro estrelas de proteção a adultos. Mas, como no March, não há cinto de três pontos nem apoio de cabeça para quem vai no meio do banco traseiro. E, sem sistema Isofix, o resultado para crianças acomodadas em cadeirinhas foi preocupante: duas de cinco estrelas possíveis. Os freios ABS possuem distribuição eletrônica da frenagem.
Nas dimensões, Etios e March se equivalem. O Nissan possui 3,827 metros de comprimento (os novos para-choques lhe renderam alguns centímetros a mais), 1,675 m de largura, 1,528 m de altura e 2,45 metros de distância entre-eixos; já o Toyota mede 3,777 metros de comprimento, 1,695 m de largura, 1,51 metro de altura e 2,46 metros entre os eixos. O Etios, contudo, leva pequenas vantagens do porta-malas (de 270 litros, 5 L mais espaçoso) e no tanque de combustível de 45 litros, 4 L maior.
De série, o Etios XLS traz ar-condicionado manual, airbags frontais, direção elétrica progressiva, limpador, lavador e desembaçador traseiro, maçanetas internas na cor prata fosco, vidros, travas e retrovisores externos elétricos, espelho cortesia no para-sol de motorista (Corolla XEi fica devendo...) e passageiro, aerofólio traseiro, porta-luvas de 13 litros com temperatura interna influenciada pelo ar-condicionado, console na cor black piano, revestimento em tecido das portas, acabamento preto na coluna central (exceto veículo na cor preta, assim como o March), saídas de ar com acabamento cromado, rádio Double-DIN com MP3 e entrada USB, alto-falantes (só nas portas da frente) e 2 tweeters, banco traseiro rebatível (inteiriço), rodas de liga leve aro 15'', faróis de neblina, volante com controle de som, alarme, chave com comando de abertura das portas e cromado na grade dianteira e na tampa do porta-malas - itens de March SV a preço superior ao SL. Mesmo equipado, os sinais de economia são gritantes: amortecedor único da tampa do porta-malas do hatch, palheta única do limpador de para-brisa, ausência de regulagem dos cintos de segurança, do banco do motorista e do volante, tampa da entrada USB frágil... e a tabela de preços, pelo visto, acompanhou os reajustes (para cima) dos bem-sucedidos Chevrolet Onix e Hyundai HB20: o Etios XLS custa R$ 45 090, sem incluir pintura metálica. Chega de delongas e vamos às notas:
Design_
New March: 9,0 ------------------------- Etios: 6,0
New March: 9,0 ------------------------- Etios: 6,0
Espaço interno_
New March: 8,5 ------------------------- Etios: 8,5
New March: 8,5 ------------------------- Etios: 8,5
Conforto_
New March: 8,5 ------------------------- Etios: 8,0
Acabamento_
New March: 9,0 ------------------------- Etios: 8,0
Equipamentos_
New March: 9,0 ------------------------- Etios: 7,0
New March: 9,0 ------------------------- Etios: 7,0
Desempenho_
New March: 8,5 ------------------------- Etios: 8,25
New March: 8,5 ------------------------- Etios: 8,25
Segurança_
New March: 8,5 ------------------------- Etios: 9,0
New March: 8,5 ------------------------- Etios: 9,0
Consumo_
New March: 8,75 ------------------------- Etios: 9,0
New March: 8,75 ------------------------- Etios: 9,0
Veredicto: Agora o Nissan March está mais atraente e completo, conservando ainda o bom aproveitamento de espaço interno e os competentes motores 1.0 e 1.6. Sim, ele ainda precisa comprovar sua segurança e ter um pós-venda mais eficiente, mas seus atributos o tornam uma das melhores opções de hatchbacks equipados disponíveis no mercado brasileiro, para azar do Etios, um modelo que já provou ser robusto e espaçoso, mas de pouco apelo estético externo e menos ainda no interior - que nos perdoem os admiradores do Toyota. Bem que o New March poderia trazer ainda mais itens, como teto panorâmico e câmbio automático, oferecidos em outros mercados - mas a versão SL já é muito bem-servida de equipamentos. Resta saber se ele se dará bem no mercado brasileiro...
Notas Finais
New March SL - 8,75
Etios XLS - 7,86
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