Em meio a tantos carros novos no mercado brasileiro, está se tornando cada vez mais comum adquirir um modelo zero-quilômetro de forma precipitada - às vezes sem sequer chegar perto dele. Esta prática era mais comum quando se trocava um carro seminovo por um zero da mesma marca e modelo, ou quando o consumidor possui fidelidade à marca. Ainda assim existem diferenças entre, digamos, um Corolla 2011 e outro linha 2014 que mereceriam ser observadas com paciência.
Só que agora é comum comprar carros zero sem fazer um test-drive, ou sequer abrir a porta. Um efeito que se manifesta em alguns carros de imagem e, agora, nos compactos premium. E alguns vendedores, antes de convidar a pessoa a sentar no banco do motorista, já querem saber como vão pagar. Influências das compras via internet de celulares, computadores e outros produtos que serão trocados por outros em poucos anos.
OK, atualmente quem está disposto a comprar um carro novo possui na Internet e na televisão uma ajuda para se definir (antes de ver o automóvel ao vivo, o comprador pode conferir sua potência, torque, itens de série, capacidade do porta-malas...). Mas a mídia também desinforma algumas vezes, ocultando pontos os negativos.
E o exemplo que utilizamos agora é o do Ford New Fiesta 2014. Com a produção nacional, veio também uma reestilização que o nivelou ao visual dos modelos europeu e norte-americano. Mas por dentro, quanta diferença em relação ao mexicano... A começar pelos instrumentos de grafia menos moderna que o anterior. Mas é no acabamento que a frustração é grande: custando quase o mesmo que o Fiesta SE do México, o brasileiro não traz plásticos emborrachados, comandos de áudio no volante nem a vistosa tela no alto do console, trocada por um pequeno visor. As fotos mostram que o estilo moderno do painel continua, mas ao vivo dá saudades do New Fiesta anterior, que mal completou um ano e meio de mercado. Quem simplesmente reservasse um New Fiesta 2014 dando em troca um 2012 poderia se arrepender, mesmo havendo pontos positivos, como o bom nível de equipamentos. Parece exagero, mas uma das vendedoras sugeriu fechar negócio num 1.5 S que sequer estava na loja.
A crítica, portanto, recai sobre a obsolescência programada e aos consumidores que não cobram o direito de um test-drive (afinal, toda a "teoria" pode ser comprometida ao andar com o veículo na prática). Um carro novo pode ser analisado com calma e trocá-lo em um espaço de tempo curto demais representa desperdícios - de dinheiro e de recursos ambientais. Por fim, os concessionários não podem atuar no estilo "compre se quiser": o bom tratamento na revendedora, a apresentação das características do carro e a examinação detalhada do carro pelos consumidores mais atentos deveriam ser item de série em todas as autorizadas para haver a certeza de uma boa compra.
Editado | 04/06/2013
Comentários
Este interior é do modelo básico de 39k que custa 6k a menos do que o modelo mexicano mais barato, e apesar de não ter plástico emborrachado e a central sync tem abs e airbag, inexistentes no mexicano básico que custava 6k a mais.
O modelo 1.5se de 42k não vale a pena, em relação a este tem rodas de liga e mais uma bobagem.
Mais adiante temos o 1.6s de 46k, mesmo preço do mexicano básico.
Este 1.6s tem a mais do que o mexicano básico abs, airbag, esp, controle de tração, controle de estabilidade e ar digital, além disso tem a central sync com display sobre o painel e comandos de áudio no volante.
Considerado que a perda do painel emborrachado e um acabamento mais simples pelo mesmo preço o nosso fiesta oferece muito mais.
Hoje é o melhor custo benefício do mercado.
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