Apesar de tanto tempo sem mudanças, o Golf continua no portfólio da Volkswagen como um modelo maior do que o Polo (porém com as mesmas motorizações 1.6 e 2.0) e inferior, contudo não menos barato, do que o Jetta importado do México. O polêmico design introduzido no mercado em abril de 2007 segue com poucas alterações: a versão Sportline 1.6 possui faróis, grade e lanternas negros, enquanto o 2.0 (exibido no Salão do Automóvel de SP) incorpora as rodas 17'' da Silver Edition (limitada a 50 unidades). Algumas poucas mudanças acompanham a linha VW: os retrovisores são os mesmos do Gol e o volante é um dos disponíveis para o Passat CC.
As boas vendas do Golf são motivo para não tirá-lo de linha: na primeira quinzena útil de dezembro vendeu 777 unidades, mais que Hyundai i30, Fiat Bravo e Citroën C4. Fato é que a geração que está nas lojas (a quarta, de 1997, aposentada em 2003 na Europa) provavelmente dará lugar à sétima, ao lado, já à venda no Velho Continente e que deverá ser produzida no México. Existem dois fortes pontos positivos que não desabonam o Golf frente a concorrentes bem mais modernos.
O primeiro é o acabamento, que faz lembrar os primeiros Audi A3 e de fato é bem cuidado mesmo na versão 1.6. A iluminação dos instrumentos, motivo de reclamação anteriormente, agora realça um quadro completo e bem-cuidado. Detalhes em alumínio, costuras em vermelho, o ar-condicionado Climatronic e o console voltado para o motorista são os destaques. De série, conta com I-System, rodas aro 16'', sensores de estacionamento atrás, airbag duplo, ABS/EBD, piloto automático, sensores de chuva e de luminosidade e sistema de som com CD/MP3/USB/SD Card/Bluetooth. Quem vai atrás conta com porta-copos e bolsão para guardar objetos atrás dos bancos da frente. O que destoa é a fileira de botões abaixo das saídas de ar: dos cinco, apenas dois são habilitados.
Outro fator que engrandece o Golf é a dirigibilidade, seja no modelo com câmbio manual (modelo das fotos) ou o Tiptronic de seis marchas (para o 2.0). O motor 1.6, usado no Gol e Polo, possui 101 cavalos com gasolina e 104 com etanol @ 5750 rpm, com torque de 15,4/15,6 kgfm @ 2500 rpm, suficientes para levá-lo de 0 a 100 km/h em 11,1 segundos, com máxima de 186 km/h (dados da VW com etanol). O Golf ficou de fora do Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro este ano, embora o consumo não seja muito animador. A suspensão fecha o conjunto.
O grande problema é que o preço e a falta de mudanças não se justificam em (quase) 2013. Os concorrentes Bravo, Focus, Cruze Sport6, Tiida e i30 estão em outro patamar de design, conforto, itens de conveniência e especialmente espaço interno: o Golf é apertado para quem vai atrás (são apenas 2,51 metros de entre-eixos) e o porta-malas não é dos maiores (330 litros). Dar R$ 53 484 por um contemporâneo de Fiat Brava e Ford Escort argentino é um exagero ao lembrarmos que o Astra, 2.0, com lista similar de equipamentos, era vendido a R$ 48 000 em seus últimos dias. Isso para não falar no alto preço do seguro, problema recorrente desde 1999. Completo (2.0 Black Edition com todos os opcionais), custa altos R$ 66 418.
Veredicto: O Golf conserva muitas qualidades que fizeram sua fama, mas seus defeitos e o projeto superado estão há muito tempo evidentes. Muitos fãs do carro deixaram de admirá-lo justamente pela falta de novidades e pelos altos custos de compra e seguro. Se o Golf VII vier com preço competitivo, certamente voltará a ser um sonho de consumo entre os hatches médios como foi há 14 anos.
Nota Final_ 7,0
Comentários
So quem tem sabe como eh!!!!
So quem tem sabe como eh!!!!
Postar um comentário
Na seção de comentários do Auto REALIDADE você está livre para escrever o que você achou da matéria.
Caso você queira fazer perguntas maiores, incluir fotos ou tirar dúvidas, envie e-mail para blogautorealidade@hotmail.com
Sua opinião é muito importante para o Auto REALIDADE! Estamos a disposição no Facebook (http://www.facebook.com/AutoREALIDADE), no Instagram (http://www.instagram.com/autorealidade e no Twitter (@AutoREALIDADE).