Reencontro com o Toyota Etios


O Auto REALIDADE havia publicado no começo do mês de setembro as impressões do Toyota Etios, na época ainda sem preços e versões definidas. Agora o modelo dá as caras nas concessionárias da marca. As imagens são das versões 1.3 (sem nomenclatura), 1.5 XLS hatch e 1.5 XLS sedan.


A Toyota investe pesado na divulgação do compacto. Diversos sites possuem propagandas do Etios, sem falar nas campanhas de TV de cerca de um minuto. Apoiada no carisma de cantores famosos e nas peculiaridades do Etios, a Toyota espera vender 70 mil unidades em 2013.


Desenvolvido no mercado indiano como um autentico carro low-cost, o Etios teve poucas adaptações para o mercado brasileiro, entre elas o aumento da rigidez do chassi (cerca de 15%) e amortecedores enrijecidos. O modelo 1.3 possui grade, maçanetas e retrovisores sem pintura; o XS tem esses itens pintados na cor da carroceria e o XLS possui cromados na frente e na traseira, além de rodas de liga de 15 polegadas. No geral, o Etios não desperta paixões pelo design, mas transmite uma imagem de robustez.


O acabamento definitivo é próximo dos pré-série. O Etios 1.3 não possui conta-giros, direção elétrica ou sistema de som. Os painéis de porta são simples ao extremo, sem pinturas ou partes em tecido.



Já o Etios XLS vem bem equipado, com ar-condicionado, sistema de som, faróis de neblina, entre outros itens. Mas os parafusos dos puxadores de porta ficam expostos.



Aliás, este é só mais um dos sintomas de que o Etios é um modelo low-cost. Só há um limpador de para-brisa na frente, os instrumentos são centrais (com uma pequeníssima tela abaixo deles) e a tampa traseira do sedan não possui revestimento interno.


Contudo, o Etios é bem espaçoso. Com 1,80 metro de altura, sentei atrás sem encostar a cabeça ou as pernas, e todos os comandos estão à mão. O porta-malas comporta 270 litros, e o sedan chega a 562, suficientes para cinco mochilas de viagem, como mostra a foto abaixo.


Os motores 1.3 (84/90 cavalos com gasolina/etanol e 11,9/12,8 kgfm de torque) e 1.5 (92/96,5 cv e 13,9 kgfm) são razoáveis. O primeiro precisa estar em rotações mais altas em algumas condições, causando maior nível de ruído. Na parte sem asfalto do test-drive, tanto o hatch quanto o sedan se sairam bem.


Por R$ 29 990, o Etios traz pouco além do motor 1.3: airbag duplo, para-choques pintados, calotas e avisos indicando portas abertas e uso do cinto. A versão X terá freios ABS com EBD (distribuição eletrônica da frenagem), volante com regulagem de altura, direção elétrica e desembaçador traseiro, por R$ 33 490. O ar-condicionado é opcional e eleva o preço para R$ 36 190. Por R$ 38 790, o Etios XS vem com ar-condicionado, conta-giros, vidros e travas elétricas e sistema de som original da Toyota.



E o 1.5 XLS, que custa R$ 42 790, traz rodas de liga leve, amplo friso cromado na frente e na traseira, alarme e faróis de neblina. (Em Teresina, o preço das versões XS e XLS é R$ 1200 mais alto - o Etios X está R$ 1800 mais caro e o 1.3 custa o preço de tabela).



O modelo sedan terá apenas o motor 1.5, e não terá a versão básica. O X custará R$ 36 190, valor que sobe para R$ 38 890 com ar-condicionado. A versão XS sai por R$ 41 490, enquanto o XLS custará R$ 44 690.

Veredicto: o Etios traz motores competentes na cidade, espaço interno exemplar, itens como direção elétrica e freios ABS com EBD... mas tropeça em diversos âmbitos. O design definitivamente poderia ser mas agradável e o painel com instrumentos centrais e três saídas de ar direcionadas ao passageiro (tendo apenas uma para o motorista) poderia ter sido alterado para o mercado brasileiro. É um bom carro, mas está com preços altos.

Nota Final _ 7,9




Galeria de Imagens




 








Comentários

Anônimo disse…
Pela primeira vez vejo um lançamento com unanimidade negativa. E o pior: é um Toyota! Se pelo menos o painel fosse outro...
Keila Helaine disse…
Este carro é feio que dói. Mais parece o Fiat 147 que comprei na década de 80. kkkkk. A reputação que estão dando ao motor se deve ao Corolla, entretanto, com essa redução de custos em todos os sentidos, sei não viu!