Não curtiu as imagens editadas com o Instagram, aplicativo
da Apple que é a maior sensação do Facebook? Na Galeria de Imagens, ao final da
matéria, estão outras fotos sem estes efeitos
Para alegria dos novidadeiros (e desespero de quem pesquisa
por Sonic, the Hedgehog), a Chevrolet traz para o Brasil, em carrocerias
hatchback e sedan e versões LT e LTZ, o Sonic. Conhecido como Aveo no Velho
Continente e Barina na Austrália, o modelo foi antecipado por um carro-conceito
que apareceu no Salão de São Paulo de 2010. Agora, o Sonic (importado da Coreia
do Sul) vem com tudo para encarar seu maior rival – tanto nos EUA como aqui –
Ford New Fiesta, embora a briga se estenda também a todos aos automóveis
conhecidos como compactos premium. Infelizmente só trataremos da versão Sedan
LTZ, única disponível na concessionária que visitamos.
Apesar de estar lá há mais de uma semana, o Sonic Sedan
continua chamando a atenção de quem entra no estande da Chevrolet, inclusive de
interessados no Cruze, por suas dimensões mais compactas por fora, mas que não
comprometem o espaço interno. Seu design, estranho ao ser visto por imagens, é
mais simpático ao vivo, mas os “faróis 3D” nem são tão atraentes assim. As
rodas, aro 16’’ (15’’ no LT), poderiam ser as do Aveo, mais atraentes. As
maçanetas são cromadas. Com visual urbano e que deve agradar a diferentes
faixas de idade, pode ser que o design seja motivo de compra, diferentemente de
Agile e Cobalt, que vendem pelo bom custo-benefício.
Tampa do porta-malas possui pequeno spoiler; sensores de
estacionamento são de série no Sonic LTZ
O interior se assemelha ao Cruze na iluminação Ice Blue e no
volante (com comandos de som e cruise-control na versão LTZ), que é igual.
A
base do painel também lembra bem o Cruze, no formato e na disposição dos
botões, mas ao lado das saídas de ar há dois porta-trecos sem tampa. O
passageiro da frente dispõe de dois porta-luvas, indo acima dele o seu airbag.
Na cabine, são 14 porta-objetos – mas nenhum nas portas de trás. Pena que as
portas não tragam nenhum material para cobrir o plástico duro, disfarçado
apenas pelo visual.
No entanto, os
instrumentos – “de moto”, como fez questão de destacar um vendedor – possui o
layout mais próximo do Cobalt, com conta-giros analógico, à esquerda, e
velocímetro (além de outros dados) na tela digital, com luzes-espia acima e
abaixo dela. No Sonic, estes instrumentos ficam mais saltados e mais visíveis
ao motorista. O visual das saídas de ar lateral é bem interessante, lembra
turbinas de aviões, e os para-sóis possuem um recorte estiloso para acomodar
cartões.
O motor 1.6 16v ECOTEC faz sua estréia no Brasil. Com dutos
do coletor de admissão de comprimento variável e duplo comando de válvulas
variável, rende 116 cavalos com gasolina e 120 com etanol, com torque de
15,8/16,3 mkgf @ 4000 rpm. O desempenho é similar ao do New Fiesta e seu motor
1.6 Sigma, e parelho com câmbio manual ou automático.
Falando no câmbio, o LTZ vem com transmissão automática de
seis velocidades, que equipa o Cruze e vai acompanhar também os futuros Cobalt
e Spin equipados com motor 1.8 Powertrain.
Mereceu até a plaquinha “ECOTEC 6 Speed” do Cruze na traseira, abaixo (no Sonic manual, a placa diz apenas “ECOTEC”).
As retomadas com câmbio manual são
notavelmente mais rápidas, sem comprometer muito as acelerações ou o consumo,
ligeiramente inferiores. Só que as trocas do modo manual só podem ser feitas no
botão da parte superior do pomo da alavanca (no Cruze, as trocas manuais são
feitas movimentando a alavanca). O câmbio manual possui cinco marchas.
O porta-malas oferece
477 litros de capacidade, enquanto o hatch leva só 265, cinco a mais que o
Celta. No banco de trás, bom espaço para a cabeça mas nem tanto para as pernas.
O meio do banco não possui cinto de três pontos ou apoio de cabeça. Pena também
que não há mais do que o duplo airbag disponível (outros modelos da categoria
podem trazer quatro e até sete bolsas infláveis).
O modelo LT, a partir de R$ 46 200, possui dois airbags e freios ABS de série, além
de ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico e rodas de liga leve aro
15’’. Já a versão LTZ (em Teresina, custa R$ 56 000 na carroceria Sedan) vem
com câmbio automático, cruise-control, bancos de couro e som com CD MP3/Bluetooth/USB/entrada
auxiliar.
Veredicto: a
Chevrolet está disposta a trazer consumidores que estão dispostos a comprar um
carro na faixa de R$ 50 a 60 mil e que não se encaixam nas propostas de Agile e
Cobalt. Os Sonic hatch e sedan são modernos, estão presentes em diversos países
e possuem interior, câmbio e propulsor mais eficientes, mas as dimensões
menores e a lista de opcionais pouco interessantes tiram um pouco do brilho do
Sonic, que ainda assim possui muitos atributos para ouriçar a concorrência.
Nota Final
8,8
Galeria de Imagens
Rodas aro 16’’ possuem aspecto ultrapassado; maçanetas são
cromadas, sendo que no hatch, as traseiras estão disfarçadas na altura das
janelas de trás
Sonic é o segundo a receber motores ECOTEC no Brasil, após o
Cruze
Vidro traseiro do sedan é tão amplo que há uma extensa faixa
pontilhada
Visual do sistema de som lembra algo entre Cruze e Camaro
Descansa-braço para motorista também está disponível no New
Fiesta
Sonic é importado da Coreia do Sul e em breve deverá ser
trazido do México, mas o preço não deverá diminuir por conta disso
Painéis de porta não possuem partes emborrachadas ou com tecido
Bancos de couro na versão LTZ
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oltpagenen
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