Avaliamos o Misubishi Lancer Sportback Ralliart

Quem está curioso pelo Mitsubishi Lancer pode ser recepcionado (ou não) por uma das feras variantes do modelo quase quarentão no Japão. No Brasil, o Lancer é comercializado em quatro versões: 2.0, GT, Sportback Ralliart e, a mais esportiva, Evolution X. Será que, apesar de ser um hatchback, o Lancer Sportback Ralliart honra seu nome e sobrenome?

O visual do Sportback é mais ousado que o Lancer tradicional, mas só de traseira, o que não é exatamente um ponto ruim: o sedan mais discreto guarda para si muitos dos traços ferozes do Evolution X, como a grade trapezoidal (já banalizada no Outlander e no ASX), os faróis e lanternas estreitos e os vincos pela carroceria. O grande aerofólio na tampa traseira chama a atenção, mas as rodas aro 18’’, apesar de belas, estão presentes desde o Lancer básico.

O motor 2.0 MIVEC, turbinado, passa dos 160 cavalos do Lancer GT para 250 cv, com 35 kgfm de torque a 2500 rpm. E honra a tradição de Mitsubishi 4x4. O câmbio Twin Cluch SST automatizado de dupla embreagem e seis marchas é bem sintonizado com o propulsor, e os paddle-shifts atrás do volante são bem dimensionados.

 

No interior, nada de caprichos de acabamento, e mesmo os itens mais chamativos, como o sistema multimídia Clarion (touch-screen, com tela de 7’’, leitor de CD/DVD, GPS, rádio e entrada para dispositivos USB), computador de bordo no centro dos instrumentos e ar-condicionado automático também estão no Lancer GT. O porta-malas é até maior do que o do sedan (450 x 413 litros), assim como o comprimento (4,585 metros x 4,570 m).

 

O Lancer Sportback Ralliart infelizmente foi prejudicado com o novo IPI: o preço do modelo é de R$ 149 990 (unidades 2011/2012). Apesar do desempenho ser pouca coisa inferior ao Evolution X (que possui 290 cv, bancos tipo concha e custa R$ 199 000), é quase o dobro do que custa o Lancer 2.0. Mas quem faz uso esportivo do Mitsubishi não deverá reclamar.

Veredicto: o Sportback Ralliart é justo na sua proposta esportiva, e possui um grande adversário: o Subaru Impreza WRX, igualmente “despojado”, mas com refinamento mecânico (motor 2.5 boxer de 270 cavalos) e visual menos parecido com o das versões mais baratas. E a brincadeira com o Subaru é ligeiramente mais em conta: R$ 130 000. Nessa faixa de preço, custo-benefício conta menos: fala mais alto a admiração pelo Lancer ou pelo Impreza.

 

Nota Final

9,0