Raramente dou minhas opiniões sobre um carro quando pouco
sabe-se dele. Não foi diferente quando surgiu o Chevrolet Cobalt, o “projeto
GSV” baseado na plataforma do Opel Corsa D e que será utilizada pelas minivans
PM5 e PM7. Apresentado como carro-conceito no Salão de Buenos Aires e
disponibilizado à venda nas concessionárias a partir de dezembro, nasceu
dividindo opiniões. E não poderia deixar de avaliar o lançamento para emitir
estas opiniões...
Beleza é bom
Se você não gostou do que viu nas fotos, sua impressão vai piorar ao vê-lo de perto. Até elementos como as maçanetas, que parecem modernos, ficam comuns de perto |
“De feio basta eu” – pensei, ao avistar o Cobalt pela primeira
vez, um dia antes da avaliação. Era um modelo LS, versão de entrada. E minha
primeira impressão não melhorou muito ao avaliar as versões LTZ (fotos de fora
da concessionária) e LT (fotos internas). Faça o teste você também: no primeiro
minuto fica um pouco de simpatia por ser uma novidade da Chevrolet, mas cinco
minutos o deixarão com a impressão que se trata de um velho conhecido. Linhas
quadradas, calotas/rodas nostálgicas, painel digital... Tudo parece com o
Kadett, antigo hatchback da GM que foi lançado em 1989 no Brasil, mas numa
carroceria ampliada, na linha do Vectra, que saiu de linha.
A frente busca inspiração no já cansado Agile, e a traseira
lembra a do Vectra. As rodas e calotas, além de parecerem pequenas perante a
carroceria, são muito feias – um dos itens que mudou do Concept para o modelo
de produção. Um ponto positivo foi a instalação de piscas laterais, mas parece
uma improvisação da peça do Vectra – e é mesmo. Beleza não é fundamental neste
segmento, mas é bom.
Calotas parecem as mesmas do Kadett de 20 anos atrás |
Sem bater a cabeça
Até aqui falamos apenas do visual (uma questão subjetiva e
que pode não ser o fator decisivo de compra). A aposta do Cobalt – “um carro
construído de dentro para fora” – é oferecer um ambiente interno agradável,
moderno e amplo.
Esta é uma tarefa cumprida – o entre-eixos é amplo (2,62 metros, o que permite acomodação de pernas mais do que suficiente) e o teto não
deixa ocupantes mais altos baterem a cabeça ao sair do carro, como ocorre no
Agile. Pena que os bancos, ao menos nos modelos avaliados, eram muito fofos,
problema existente também no Corsa. Uma tentativa de conforto que acaba
prejudicando a sustentação do corpo em manobras mais bruscas.
Não poderia deixar de citar o porta-malas de 563 litros, que
é bem maior do que o anterior recordista da categoria, o Logan, que possui 510
litros. Infelizmente, assim como no Nissan Versa e no sedan da Renault, as
dobradiças da tampa podem amassar a bagagem posicionada perto delas.
O velho retornará
A Chevrolet equipa o Cobalt com o motor 1.4 Econo.Flex
surgido no Prisma em 2006. Desenvolve 97 cavalos com gasolina e 102 com etanol,
gerando 13,0 mkgf de torque, valores inferiores aos 1.6 dos concorrentes. O
consumo de combustível não foi marcado nesta avaliação, mas o nível de ruído do
Cobalt é reduzido.
O Cobalt terá uma nova versão lançada no segundo trimestre
de 2012 equipada com câmbio automático de seis velocidades e o velho motor 1.8
Powertrain, utilizado atualmente apenas no Meriva, que deverá ser descontinuado
até lá. O Cobalt com este novo câmbio foi flagrado pelo Auto REALIDADE em setembro.
Astra e Corsa Sedan saíram de linha para dar lugar ao
Cobalt, que parte de R$ 39 980, trazendo de série ar-condicionado, direção
hidráulica, travas de porta elétricas e desembaçador. Airbags e freios ABS vêm
na versão LT, que custa R$ 43 780 (adicionando ainda vidros elétricos, mas
apenas nas portas da frente). Completo, o Cobalt LTZ chega a R$ 45 980.
Veredicto: o Cobalt avançou em relação ao Agile, mas
continua devendo frente aos rivais. É o mais espaçoso de todos, e maior do que
Vectra e Cruze em algumas dimensões, mas cobra caro e tem motor apenas
razoável.
Nota Final
Comentários
Chevrolet tem que criar vergonha e voltar a fazer carros que as pessoas gostem do visual e não fazerem estes monstrinhos... de equipamento de segurança eu aprovo, resta ver como ele se sai no Latin NCAP.
http://sagass.blogspot.com/2011/12/rapidinhass-cobalt-ss.html
A distância correta entre os eixos do Cobalt é realmente de 262 centímetros. Obrigado pela correção, Alexandro. O texto foi atualizado.
Resumindo o cobalt é uma ótima compra .
digo uma coisa: gosto não se discute.Uma pessoa que compra um carro motor 1.4 o que ele espera que apotência seja de 1.8 ou 2.0? não entedi! é um belíssimo.... carro que atende muito bem a família,não estou nenhum pouco arrependido, futuro comprador ou proprietário do COBALT, têm comentários hipócritas que não se deve levar em considerações.um abraço a todos
Espaço e itens de série surpreende aos mais exigentes e aos invejosos...
E o fato de parecer com modelos atuais ou antigos da GM, não vejo problema, só prova que ele não é filho do padeiro!!!
Gargalhadas!!!
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