A avaliação do smart fortwo (enfim!)


As perguntas dos curiosos são muitas. “Custa quanto?” “Dá para andar com isso pela cidade?” “É econômico?” “Tem porta-malas?”. E o tamanho do carro é inversamente proporcional ao seu carisma entre as pessoas. Esse é o smart fortwo cabriolet passion 1.0 turbo (tudo em minúsculo, mesmo). Sua estréia no Brasil ocorreu em 2009, mas continua um carrinho caro e raro pelas ruas.



Tridion

De cara se simpatiza com o smart, seja pelo seu design moderno (com detalhes [entre os quais se destaca o Tridion, estrutura metálica que sustenta os painéis plásticos da carroceria] pintados em preto ou cinza, para constratar com a carroceria), ou pelo curto comprimento. É garantia de olhares, e na versão conversível (como a avaliada), o motorista pode se por em evidência.

Para a cidade, é “o” carro. Primeiramente, seus 2,70 metros de comprimento podem ser alojados em praticamente qualquer vaga; seu diâmetro de giro de 8,8 metros permite curvas bem fechadas e o câmbio automatizado de cinco velocidades riscam da lista de preocupações ao volante o ato de trocar marchas. Mas, se você quiser, os paddle-shifts estão lá, além da alavanca tradicional.

Radinho de pilha




O interior é muito agradável. Tudo é moderno e divertido, das estampas dos bancos aos reloginhos que ficam acima das saídas de ar-condicionado. Todos os itens de comodidade estão aqui – mas o sistema de som só possui entrada para CDs/MP3 e rádio AM/FM. Bluetooth? Entrada para dispositivos USB? Não tem. A entrada auxiliar de som é opcional, e são apenas dois alto-falantes. Pelo preço do smart (que você verá mais adiante), é como se entregassem um radinho chinês de pilha.



Engana-se quem acha que vai se espremer a bordo do smart. Apesar de ser estreito, o espaço interno é comparável a de um sedan médio – lembre-se de que o fortwo não possui assentos traseiros, como dá a entender seu nome (“para dois”).

Como um Fusca

O smart cabrio possui um teto de tecido que é removida ou armada manualmente. Seu consumo durante a avaliação ficou na casa dos 10 km/l, média um pouco prejudicada pela baixa quilometragem do modelo.

O que dá vida ao carrinho é o motor 1.0 12V turbo, que no modelo de entrada da linha (mhd, o micro hybrid drive) perde o “caracol” e fica com 71 cavalos. Aqui, rende 84 cv e 12,2 kgfm. Aliás, o propulsor situa-se na traseira, abaixo do forro do porta-malas – igual ao nosso velho conhecido Volkswagen Fusca. E o porta-malas leva 220 litros, um pouco abaixo da média dos carros populares – o Celta, por exemplo, leva 260 litros.



O smart avaliado é um dos remanescentes da linha 2011. No Brasil, está sendo oferecida a linha 2012, que passou por um face-lift. Seu atual preço é de caríssimos R$ 69 900, suficientes para um Renault Fluence ou um Nissan Grand Livina (este último, com lugar para sete pessoas). Mas, olhando por outro lado, é um carro prazeroso de dirigir, muito charmoso e ideal para as cidades. O grande lamento do Auto REALIDADE é que no Brasil não são dados mais incentivos para veículos menores e mais econômicos, embora o governo estude cortes de impostos para alguns veículos 1.0. Nesta categoria se enquadraria o smart, mas ele é mesmo fora do comum: um carrinho que acelera como um carro 2.0, possui quatro airbags, ABS, BAS e EBD e muito espaço interno em sua pequena carroceria.

Veredicto: se você gostou do smart fortwo e “Money is not a problem!”, pode comprar sem medo de se frustrar, desde que seus principais trajetos sejam realizados na cidade, em pisos relativamente bem-conversados. Possui muitas qualidades e os defeitos que se esperam de um projeto assim, como a suspensão dura e as limitações do porta-malas. É só saber se você se encaixa no pequenino fortwo.

Nota Final

9,0



Comentários

Anônimo disse…
Não gostei!

Além de falar mal de um lindo carro ainda da nota 9.0